segunda-feira, 1 de julho de 2019
O fim de tarde chegava em Rustoboro, aos poucos a quantidade de carros
que transitava pela rua tinha seu último pico do dia, antes de, por fim,
atingir a quietude das ruas vazias. O céu os poucos se tingia de pigmentos
alaranjados a medida que o sol preparava-se para descansar por trás das
montanhas. Tailows já aqueciam suas cordas vocais prontos para uma nova
orquestra desorganizada que garantiria a conquista das fêmeas para a reprodução
da espécie.
Em terra, nos
fundos do centro pokémon, May batalhava contra mais um dos treinadores que a
desafiara após a batalha contra Roxanne. Parecia que a notícia da vitória da
garota se espalhara como incêndio em campo de trigo entre os estudantes e, por
conta disso, todos pareciam ansiosos por ter a oportunidade de batalhar aquela
que vencera a líder da cidade. Apesar de Roxanne ser gentil, ela não dava
moleza para as crianças, testando-as ao máximo para que se mostrem dignas de
portar suas insígnias.
– Termine com o
Copycat, Skitty! – Ordenou a treinadora e Skitty deu um salto e acertou as
patas com força no chão, recriando o Magnitude, o último movimento lançado pelo Geodude contra quem lutava. O golpe causou um grande tremor na área foi
superefetivo para o pokémon que acabou ficando fora de combate.
Com um sorriso, o
garoto que aparentava ter uns 11 ou 12 anos chamou de volta seu pokémon para a
pokeball. Apesar da derrota, parecia
estar empolgado.
– Puxa, você é
forte assim como dizem, não é a toa que ganhou da Prof. Roxanne! – May ficou um
pouco sem graça com a fala do garoto e fez um gesto displicente com a mão.
– Eu apenas me
esforcei. Pelo que eu vi da Roxanne, ela pegou bem leve comigo.
– Ela nunca pega
leve com ninguém – O menino riu – Muito obrigado pela batalha. Espero que eu
tenha a chance de ter uma revanche algum dia. Até mais!
Foi até a garota e
estendeu e despediu-se com um aperto de mão, saindo pelas laterais do campo
para ir em direção ao centro pokémon. May abaixou-se e fez um sinal para
Skitty, que lambia suas patas após a batalha, aproximar-se. A gata correu
alegremente até ela e ronronou ao receber um afago carinhoso de sua treinadora
nas costas.
– Você foi muito
bem hoje. Quantos foram mesmo? 6? Achou que é seu novo recorde – A gata miou
baixo em resposta. Aparentemente estava mais interessada em receber uma boa
coçada em uma área que não alcançava do que no elogio – Vem, vamos ao centro
para que você possa descansar.
A gata pulou em seu
ombro e a garota levantou-se, andando calmamente até por entre os campos até
chegar à entrada do prédio. A sala de recepção estava bem movimentada, aquele
horário era um dos picos de funcionamento do local. Para facilitar o trabalho
das enfermeiras, retornou sua pokémon para a esfera e aguardou pacientemente
sua vez de atendimento. Após deixar Skitty sob os cuidados de uma Chansey
solícita, ela subiu alguns andares até o quarto.
Optou por tomar um
longo banho e lavar os cabelos que já se encontravam um pouco oleosos depois da
correria do dia. Enquanto a água deslizava pelo corpo magro, imagens de tudo
que vivera depois que saíra de casa passavam por sua cabeça, não pareciam ter
se passado semanas, e sim meses desde que recebera sua Skitty. Uma lembrança
amarga veio em sua mente e, mesmo em contato com a água quente, seu corpo
tremeu.
Fazia dias em que
tentava não pensar nisso, algo como abstrair o pensamento de sua mente para que
continuasse a seguir normalmente, mas hora ou outra a lembrança da existência
da mãe a fazia perder o sono. Saber que ela estava por aí a fazia ter vontade
de largar tudo aquilo, toda sua jornada como treinadora e ir atrás dela. Mas o
que diria, afinal? Questionaria sobre o passado? Perguntaria por que nenhuma
vez só tentara entrar em contato com ela? Poderia ficar por horas ali pensando
e não chegaria a uma conclusão. A verdade é que lhe faltava coragem, por mais
que o desejo de encontrar sua progenitora fosse enorme, suas pernas tremiam só
de se imaginar cara a cara com ela.
Passou a mão pelos
cabelos para tirar o condicionador e enquanto se secava, decidiu deixar esse
assunto para lá por hora, pensar naquilo deixava-a angustiada. Saiu do banheiro
e vestiu um short jeans e blusa branca caída no ombro. Naquele momento o céu
formava uma bela pintura em tons de laranja e roxo tocando as montanhas azuis
ao norte. As luzes da cidade começavam a se acender, complementando ainda mais
a paisagem de tons mornos. Sua mente estava tão concentrada na visão em sua
frente que a menina acabou por se assustar com três batidas dadas na porta de
seu quarto, fazendo-a pular na própria cama de susto.
– Maay! – ela
reconheceu a voz da amiga e foi até a porta para abri-la. Juliana estava
esperando-a na entrada com um sorriso constrangido.
– Tudo bem, Ju?
Aconteceu alguma coisa?
– Não, é que eu
precisava da sua ajuda. Eu estava conversando com o pessoal lá na embaixo e
fiquei sabendo que por aqui é comum os coordenadores usarem de roupas mais
bonitas para participar dos concursos e eu ainda não tenho nenhuma.
– Vixi, Ju. O que
vamos fazer? Será que dá tempo de comprar alguma amanhã pela manhã?
– Eu acho que não
dá tempo, os coordenadores tem que estar na arena de apresentações bem cedo. A enfermeira Joy me disse que aqui na cidade
tem um shopping que talvez tenha algo que eu goste. Sabe, naquelas lojonas
mesmo que tem um monte de roupa igual porque não sou rica. Você pode vir comigo?
– Claro, vou com
você sim – pegou a mochila que estava no chão do quarto e pôs no ombro – Você
vai chamar o Brendan?
– Ele estava lá
embaixo mexendo em um dos computadores do centro, disse que não iria porque não
tem a mínima paciência para esperar mulheres provando roupas – a negra revirou
os olhos – Ele é um chato.
– Pelo menos não
contaremos com os ótimos comentários sarcásticos dele sobre tudo – a mais nova
deu de ombros e saiu do quarto fechando a porta.
Caminhando
tranquilamente pelas ruas de Rustboro, as duas garotas observavam a maioria das
lojas se fechando enquanto alguns bares e lanchonetes começavam a se abrir,
preparando-se para o movimento da noite que estava perto de começar. No meio do
caminho, May notou a amiga anormalmente quieta e presa em seus próprios
pensamentos, ocasionando um silêncio quase incômodo. Decidiu tentar puxar
assunto de alguma forma, mas não sabia o que dizer, então optou por começar
pelo mais simples.
– Já sabe o que vai
comprar, Ju? – perguntou ela um pouco sem jeito, mas não obteve resposta da
negra. Na verdade ela sequer parecera ter ouvido – Ju?
– O que? O que você
disse? – Finalmente pareceu voltar a si e deu um sorriso sem graça que não chegou
a seus olhos.
– Aconteceu alguma
coisa? Você não parece bem.
– Está tudo ótimo,
não se preocupe – Deu um sorriso maior dessa vez, sorriso este que não
convenceu a mais nova.
– Ju, eu sei que a
gente não se conhece há tanto tempo assim, mas quero que você saiba que já te
considero minha amiga. Você pode contar comigo para o que precisar e mesmo que
você não queria me falar nada agora, eu estarei aqui pra ouvir quando quiser.
Ela deu um pequeno
suspiro e voltou seus olhos para o céu num olhar distante. Parecia estar
tentando compreender seus próprios sentimentos.
– Acho que é esse
concurso, não sei se estou realmente preparada para ele. Sinto que meu
treinamento não parece suficiente e que eu talvez não deva fazer esse tipo de
coisa.
May parou de andar
e segurou o pulso da amiga firmemente. Nunca imaginou que ela fosse demonstrar
algum tipo de insegurança, pois sempre demonstrou bastante confiança.
– Não diga mais
esse tipo de coisa. Você treinou bastante esses dias, estudou sobre concursos e
se informou bastante sobre os costumes da região. Na competição terão muitos
competidores fortes, talvez muito mais do que a gente imagina, mas sei que você
fará algo incrível.
A negra deu um
sorriso e se aproximou da amiga para abraçá-la.
– Obrigada, é muito
bom ouvir isso de alguém – segurou a mão da amiga e puxou-a – Vou parar de
bobagem. Vamos lá, temos trabalho a fazer!
Algum tempo depois
elas chegaram ao local desejado. Apesar de ter boas dimensões, o shopping de Rustboro
era pequeno se comparado aos demais da região. Possuía apenas três andares,
sendo o andar mais inferior usado em boa parte como estacionamento. Alguns
carros podiam ser vistos nesse, bem como pessoas andando em direção à saída,
algumas em pequenos grupos conversando animadas e outras poucas carregando
sacolas.
Elas caminharam até
a entrada onde se deparam com um belo local com iluminação suave e uma bela
decoração em tons de marfim e marrom. No centro erguiam-se pequenas palmeiras
verdejantes e, no teto, a hera bem cuidada descia delicadamente de pequenos
canteiros do topo plantados cuidadosamente para receberem a luz solar.
– Onde você quer
ir? – perguntou May um pouco confusa pela quantidade de lojas com tantos itens
atrativos para as garotas.
– Ah, vamos só ir
dando uma volta por aí – respondeu a outra dando de ombros.
Por algum tempo
elas andaram apenas observando os itens ao redor, sem nada captar tanto a
atenção da mais velha. Até que finalmente a mesma parou para olhar em um
manequim que exibia um simples e delicado vestido rodado nas cores preta e
branca com detalhes em flores pintadas em tons vermelho e salmão. Os olhos da garota brilharam diante do
modelo.
– Esse é bonito,
quer dar uma entrada pra experimentar?
– Eu... Acho que
não... – Disse a negra dando um suspiro triste e virou-se para continuar a
andar.
– Espera... Mas,
por quê? – questionou a mais nova sem entender, pelo olhar da amiga podia ver
que ela havia gostado bastante do modelo.
Juliana virou-se
para a amiga, em seu rosto havia uma expressão de tristeza misturada com outra
que May não soube identificar. Parecia ponderar em sua mente se deveria falar
algo ou não. Por fim, apenas olhou para o chão e deu um suspiro antes de olhar
novamente para a amiga.
– Esse tipo de
loja... Eles geralmente não atendem bem a todos os tipos de pessoas... Não
estão certos, mas existem certas situações que prefiro evitar.
– O que você quer
dizer? – perguntou a mais nova, ainda sem entender. Juliana deu de ombros.
– Ah... Você já deve
ter notado que...
– May? – Uma voz
feminina falou ao lado delas fazendo ambas virarem os rostos para verem quem
era sua dona.
A garota que a
chamara vinha de encontro a elas, de início May não a reconheceu, mas logo veio
a lembrança de alguns dias atrás e do encontro na frente do ginásio de
Petalburg. Aquela era Lunna, a filha de Norman, líder do ginásio da cidade.
Naquele dia a morena estava diferente, ao invés do look formal que a vira
usando naquela tarde, hoje a garota vestia apenas um short jeans e uma blusa
preta sobreposta por uma camisa azul turquesa. O cabelo negro como a noite
estava jogado lateralmente preso em uma trança frouxa e, no pescoço, um colar
quase da mesma cor de seus olhos brilhava. May mais uma vez a achou linda e
mais uma vez sentiu seu rosto a-avermelhar-se.
– O-oi Lunna!
Não... Não esperava t-te ver aqui – falou e imediatamente se sentiu ridícula
por está gaguejando. A mais velha apenas riu e abraçou a garota para
cumprimentá-la.
– Bem, eu já
esperava que você estivesse aqui. Já desafiou a Roxanne? – perguntou animada.
– E-eu consegui
ganhar a insígnia.
– Já? Bem, não é
menos do que esperava da minha rival, não é mesmo? – deu uma piscada para May
que em resposta deu um sorriso tímido.
– Oiiii –
pronunciou-se Juliana com um brilho de curiosidade e humor nos olhos.
– Nossa, que falta
de educação a minha. Prazer – estendeu a mão para a negra – Sou Lunna Palmer.
– Meu nome é
Juliana Harley. O prazer é meu – respondeu enquanto aceitava o aperto de mão da
garota.
– Então... Vocês
decidiram dar um passeio por aqui?
– N-Na verdade a
gente veio procurar uma roupa para a Ju participar do Concurso amanhã.
– Você é Coordenadora?
Eu vim para ver as apresentações também. Não faz meu estilo participar, mas
adoro assistir esse tipo de competição.
– Ah, então vá
mesmo lá amanhã pra me ver brilhar – a negra estava rindo.
– Estarei sim, pode
deixar – Ela colocou as mãos no bolso e deu um pequeno sorriso – Bem, eu estou
só de boa rodando por aqui e não quero atrapalhar vocês. Foi muito bom te ver
de novo, May.
– Ah, mas... T-tá
bom. Foi bom ver...
– Você quer vir com
a gente? – interrompeu a negra, animadamente – Sempre é bom ter opiniões para
ver esse tipo de coisa.
– Se eu não for
incomodar...
– Claro que não! Se
você é amiga da May já é bem vinda. Não é, May? – A mais nova assustou-se com a
menção de seu nome e seu rosto voltou a tingir-se de um tom escarlate.
– E-Eu... Er...
C-Claro que sim. Pode vir.
Lunna abriu um
grande sorriso ao ouvir a fala da mais nova.
– Tudo bem então.
Só vamos sair daqui quando você estiver dentro da roupa perfeita.
– A-A Ju viu um
vestido ali que gostou, mas não quis experimentar... – disse May apontando para
a loja.
– Ué... Por que
não? – perguntou a mais velha e Juliana apenas deu um pequeno sorriso sem
graça.
– Ela tava falando
algo sobre o tipo de loja, não entendi bem...
Algo passou
rapidamente pelos olhos verdes da mais velha e diferente de May, parecia ter
compreendido uma situação que não havia sido dita em palavras.
– Se tiver algum
problema mandamos eles à merda. Anda, vamos lá experimentar seu vestido – Saiu
andando e fez sinal com a cabeça para as garotas seguirem-na.
Por dentro, a loja
mantinha a beleza do exterior com móveis de aspecto moderno e cadeiras bem
dispostas. Uma música ambiente tocava em tom baixo para trazer um clima
relaxante ao lugar. Uma das atendentes foi até elas e a negra pediu para provar
o vestido da estante enquanto as garotas sentavam-se nas cadeiras para esperar.
Enquanto esperavam, May contou à mais velha mais sobre sua batalha de ginásio,
estando esta bastante curiosa em saber a estratégia da garota, visto que ela
tinha dois pokémons com desvantagens.
A conversa se
estenderia por muito tempo se não tivesse sido interrompida pela saída da negra
dos provadores, ganhando a atenção das duas. O rosto da mais nova se iluminou
de alegria ao ver a amiga, ela estava realmente linda.
– Você está linda,
Ju. Ficou muito bom em você – elogiou ela.
– Realmente, o
vestido ficou incrível – concordou Lunna.
Juliana também
aparentou estar bastante satisfeita com o aspecto da roupa em seu corpo. Após
experimentar mais algumas outras peças, ela optou por comprar o vestido que
tinha atraído seu amor à primeira vista. Por sorte, todas as peças da loja
estavam em promoção e ela conseguiu um belo desconto na roupa.
– E ai, o que vocês
querem fazer agora? – perguntou Lunna após saírem da loja.
– Bem, eu não
sei... Mas não posso gastar mais dinheiro depois desse vestido – riu a negra
enquanto exibia a sacola animadamente.
– Porque não vamos
à sessão de jogos? Não se preocupem com o dinheiro, fica por minha conta hoje –
fez a proposta para as meninas que se entreolharam.
– Por mim tudo
bem... – respondeu May com um sorriso.
– Vamos lá, então.
Sou ótima naqueles jogos de dança!
O tempo foi
passando rapidamente enquanto as garotas se divertiam entre os jogos. Num
determinado momento, Juliana viu uma movimentação do lado de fora da porta e,
vendo que as outras duas estavam entretidas em um jogo de tiro contra aliens,
saiu para ver do que se tratava.
Do lado de fora,
dois dos seguranças do shopping fazia força para prender um Zigzagoon que se
sacudia desesperado. Em sua boca, firmemente preso entre os dentes, estava um
frasco que parecia ser algum tipo de colônia.
– Mais um desses
ladrãozinhos miseráveis por aqui. Não sei o que diabos esse shopping tem que
atrai pokémons selvagens para cá.
– Também não sei,
mas só essa semana é o quinto. O pior é que eles sempre têm que aparecer para
roubar algo.
A negra ergueu uma
sobrancelha, porque diabos um Zigzagoon roubaria um produto de beleza? Na
verdade, porque qualquer pokémon roubaria qualquer item ali se não fosse por
comida?
Num movimento ágil
que surpreendeu até mesmo Juliana, o guaxinim lançou o frasco que segurava no
rosto de um de seus captores e mordeu com força a mão daquele que o segurava,
fazendo-o dar um berro e soltá-lo no chão. Aproveitando-se disso, o Pokémon
saiu em disparada na direção à sala onde a garota estava e passou direto por
ela, indo em direção a um dos cantos do lugar.
Curiosa, ela
decidiu seguir o pokémon por entre os jogos até chegar a uma parede onde havia
uma porta parcialmente aberta que deveria servir para manutenção do prédio ou
uso particular nos funcionários. Aproveitando que não estava sendo observada,
ela empurrou a porta e viu que a mesma tava travada; teria desistido naquele
momento se a bisbilhotice não falasse mais alto e a fizesse se espremer pelo
pequeno vão que a porta aberta deixava.
Viu que estava em
um pequeno corredor onde, ao seu lado direito, havia uma espécie de quadro de
energia gigante ao lado de um medidor que devia controlar a eletricidade
dirigida para a sala. Na frente, uma escada em espiral estreita e atulhada de subia
em direção ao topo da construção.
Com cuidado para
não se machucar e nem quebrar nada, ela seguiu pela escada quase saltando por
entre os objetos e as caixas e achou que nunca chegaria ao topo até finalmente
chegar até um pequeno e estreito cômodo onde não havia nada exceto uma porta de
metal, que se abriu facilmente com o seu empurrar.
O ar frio tocou
imediatamente o rosto que já estava levemente suado pela subida e ela notou que
havia chegado ao teto da construção. O céu estava parcialmente coberto de
nuvens, mas em alguns pontos estrelas teimosas insistiam em aparecer para
observar a superfície do planeta. Um leve aroma adocicado atingiu suas narinas
fazendo-a inconscientemente querer descobrir de onde vinha aquele perfume
agradável. Colocou a sacola que ainda carregava dentro do pequeno quarto que
protegia a escada dos ataques do tempo e andou calmamente na direção da fonte
do perfume.
A visão que teve
seria engraçada se não fosse tão absolutamente estranha. Em uma tenta
toscamente construída no teto da construção estava sentada uma exuberante
Roselia e ao redor da mesma, uma grande pilha de itens diversos se erguia,
desde comida à roupas e acessórios esportivos. Na frente da criatura, vários
pokémons se amontoavam, estes sequer se mexiam, como se de alguma forma
estivessem hipnotizados. Haviam diversos Zigzagoons, Pochyennas, Seedots e até
mesmo um Machop. Rapidamente veio o em sua mente o esclarecimento sobre o que
acontecia naquele lugar e ela teve vontade de rir.
– Ei, bonitinha! –
Gritou a garota – Detesto interromper seu reinado, mas você está causando
problemas a esses pokémons e ao shopping, então é melhor parar com isso.
A Roselia apenas a
olhou e deu um sorriso torto, os pokémons por outro lado, não pareceram ficar
nada felizes com aquela intrusa inesperada e se levantaram, já se posicionando
para o ataque. A negra não se intimidou, outra ideia agora se passava por sua
mente, aquela pokémon de planta parecia realmente forte e ela a queria para seu
time.
– Whismur, Niguel,
saiam! – liberou seus pokémons. A rosada parecia pronta para o combate, já o
pequeno azulado olhava para a cena com receio.
– Roseelia –
Grunhiu a pokémon e os que a veneravam iniciaram o ataque.
Não foi trabalho
para a negra e seus pokémons defenderem-se. Aqueles não eram pokémons de
batalha, provavelmente eram apenas criaturas selvagens que por um infeliz
destino caíram nas garras adocicadas da pokémon de planta. Com uma coordenação
de ataques de Bubble Beam e Echoed Voice, Whismur e Azurill conseguiram
derrotar a todos ali. Juliana parabenizou seus pokémons enquanto observavam a
Roselia levantar nem um pouco satisfeita.
– Não me leve a
mal, achei você bem forte e não vou desistir até tê-la como meu pokémon – A
Pokémon flor pareceu lisonjeada pelo elogio, mas isso não a impediu de se
posicionar para a batalha.
As rosas de seu
braço atingiram uma coloração brilhante e várias folhas luminosas e coloridas
saíram das mesmas, indo em direção aos dois pokémons.
– Cuidado, vocês
dois! Não sejam atingidos! – Os pokémons ouviram e desviaram-se na medida do
possível, mas não conseguiram evitar todas as folhas e acabaram com alguns
cortes provocados pelas lâminas afiadas.
Juliana soube então
que aquela era uma pokémon de alto nível e que teria trabalho para vencê-la,
aliada também a um pouco de sorte.
– Whismur, tente
afastar as folhas de vocês com o Echoed Voice. Nigel, use o Helping Hand – A
Pokémon rosada deu um poderoso grito que conseguiu por pouco evitar que algumas
folhas atingissem-nos.
Juliana percebeu a eficácia do treinamento
naquele momento, com trabalho conseguiram modular os gritos de Whismur de modo
que não a incomodassem mais e sim apenas aos pokémons. Nigel espertamente havia
tampado as orelhas no momento em que o movimento foi executado e logo em
seguida liberou uma leve corrente elétrica de coloração azulada que se dirigiu
à sua parceira, energizando seus músculos.
– Acerta-a com o Stomp agora, Whismur! –
Ordenou e a pokémon saiu para o ataque, acertando um chute em cheio o rosto da
Roselia com uma força aumentada em 50% devido ao auxílio de Nigel.
No entanto, os três mal tiveram tempo de
comemorar o movimento bem sucedido. Um brilho azul-esverdeado recobriu o corpo
de Whismur e ela imediatamente sentiu parte de suas forças se esvaindo. Esse
mesmo brilho saiu de seu corpo e se dirigiu a Roselia, fazendo a mesma
recuperar-se dos danos sofridos pelo golpe anterior.
– Merda, ela sabe o Giga Drain – comentou
Juliana, surpresa – Agora sim que te capturo. Supersonic agora, garota!
Mais um dos gritos da rosada teve o efeito
desejado, esse, porém de frequência incrivelmente alta. Os tímpanos de Roselia
chacoalharam e ela imediatamente perdeu boa parte de seu senso de equilíbrio e
orientação. Foi o suficiente para Juliana coordenar mais um ataque sincronizado
de Helping Hand e Stomp de seus pokémons. A pokémon de planta no entanto, não
se permitia resistir e a todo momento usava seu Giga Drain para recuperar-se do
dano da luta, e, embora falha-se na maioria das vezes, quando acertava causava
um dano imenso aos seus oponentes, que já se encontravam exaustos.
Um Giga Drain dirigido para Nigel o deixou fora
de combate, agora restavam apenas as duas pokémons na partida, ambas exaustas e
ambas se negavam a desistir. As flores da planta brilharam e delas saiu uma
onda de espinhos venenosos num aquele conhecido como Poison Sting. Whismur
ouviu o pedido de sua treinadora para se esquivar, mas não seria o que ela
faria, sabia que aquele golpe não teria forças para derrubá-la e por isso
correu na direção de sua oponente, levando-o de frente. O espanto da pokémon de
grama foi tão grande que ela mal teve reação para o poderoso Stomp que mais uma
vez-lhe atingiu, deixando-a fora de combate. Poucos segundos depois, o veneno
mostrou seu efeito ardiloso e a rosada caiu debilitada.
Juliana rapidamente sacou a esfera bicolor e
lançou sobre a Roselia caída. Uma onda de cor vermelha saiu de dentro da mesma
quando ela se abriu e sugou a pokémon para seu interior. A esfera caiu
solitária no chão e balançou algumas vezes, indo de um lado para o outro até
finalmente parar de se mover, anunciando a captura feita com sucesso.
– Isso aí! – Ela deu um pequeno pulinho em
comemoração, em seguida retirou da mochila um antídoto que fez sua pokémon
beber – Sua teimosa! Não faça mais isso, não adianta nada vencer uma batalha e
ficar desse jeito depois!
Após chamar de volta seus pokémons e pegar a
pokeball com sua mais nova Roselia, ela observou as criaturas que havia vencido
e aos poucos despertavam.
– É melhor vocês saírem daqui logo e devolverem
as coisas que pegaram. Vão ter problemas se os seguranças, polícia ou sei lá o
que chegarem aqui.
Depois de dito isso, a garota pegou seu vestido
e seguiu de volta por onde tinha vindo. Após passar pela porta por onde tinha
entrado e caminhar um pouco pelo lugar, encontrou as duas garotas na entrada da
sala de jogos com cara de preocupadas. Aparentemente pareciam debater sobre
alguma coisa. Ela se aproximou com um sorriso.
– Olá! Perdi algo? – May arregalou os olhos e
suspirou de alívio ao vê-la.
– Como assim perdeu algo, sua louca? Você
sumiu? Onde estava? Eu já estava indo procurar a polícia.
– Estava ajudando a segurança – Riu enquanto as
meninas fizeram uma cara confusa – Deixem pra lá, vamos voltar para o centro.
Ah, eu capturei um pokémon.
– Como assim, capturou um pokémon?
– No shopping?
– Vamos, eu pago um sorvete para vocês enquanto
conto a história.
***
Já eram quase 22 da noite quando as garotas
finalmente chegaram de novo ao centro pokémon. O clima entre elas era alegre,
como se há muito tempo não tivessem esse tipo de momento. Lunna também estava
hospedada no centro, para alegria das garotas que tiveram uma boa companhia
para voltar para casa.
– Por que você não
foi de moto até o shopping? – perguntou May enquanto elas subiam as escadas, já
com bem menos vergonha do que tivera inicialmente. Lunna deu de ombros.
– Estacionamento
nesses lugares sempre é caro pra cacete. Acaba que o caminho não é tão longe.
– Entendi – Deu um
pequeno sorriso.
– Qual é o andar de
vocês? – perguntou Lunna.
– O meu fica no
terceiro – respondeu Juliana.
– O meu no quarto –
foi a vez de May falar.
– Ah, o meu também.
Então acho que vamos continuar subindo. Boa noite, Juliana! Gostei muito de te
conhecer.
– Boa noite, Ju. Até amanhã! – Despediu-se May.
– Boa noite, meninas. Muito obrigada por hoje.
Foi um prazer te conhecer também, Lunna.
A morena deu um sorriso e continuou subindo as
escadas com a mais nova enquanto Juliana continuou seu caminho pelo corredor.
Mal acreditava que tudo tivesse acabado tão bem, fazia tempos em que não tinha
um dia assim. Havia sido bom passar seu dia com amigos, apesar de Brendan não
ter ido.
Ficou surpresa ao encontrar um papel preso com
fita adesiva em sua porta, parecia ser uma folha arrancada de um caderno
qualquer.
“Vocês demoram muito, fiquei com sono e fui
dormir.
Não fique nervosa e durma direito.
Brendan”
Ela ficou por algum
tempo encarando o papel, sem saber o que fazer por achar aquilo engraçado e ao
mesmo tempo fofo. Foi um movimento ao seu lado que a vez virar o rosto e notar
que Lunna descia as escadas e andava pelo corredor, distraída. Quando percebeu
a sua presença, ainda parada em frente à porta, viu-a paralisar e seu rosto
corar levemente. A negra sentiu os olhos da outra inspecionarem seu rosto, como
se tentando lê-la e, em resposta, deu apenas um sorriso e um piscar de olho.
Isso pareceu suficiente para Lunna, que também sorriu e assentiu com a cabeça. Havia
coisas que simplesmente não precisavam ser ditas.
A
noite já estava avançada e conforme as horas passavam, o concurso se
aproximava. No dia seguinte seria o tão esperado concurso de Juliana. Estaria
ela realmente preparada? Que emoções aguardavam por eles naquele dia?
Tag :
Capítulos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Oi Carol, beleza?
ResponderExcluirPois bem, aqui temos um capítulo mais casual, né? Pouca aparição do Brendam, na verdade acho que foi nula. Tivemos muito de Juliana, em compensação.
Juliana mostrou um pouco mais de si mesma aqui, e bem, é interessante ver um pouco da preparação dela pro contest, vimos aqui o receio dela em relação a certos ambientes, um medo de sofrer algum tipo de discriminação. Vemos também a May com dificuldades de entender algumas dessas coisas, embora dando suporte para a amiga, como indo para o shopping com a amiga e lhe ajudando a tomar coragem para entrar na loja, embora com a ajuda da Lunna, lógico.
Temos aqui também uma batalha com utilizações interessantes dos golpes da série, e um dois contra um ali nessa mesma batalha com a Rosélia. Com essa batalha, a Juliana ganha um novo Pokémon pra poder usar mais tarde.
Por fim, digo que foi legal ver ali o bilhete que o Brendam deixa pra Juliana, mostrando novamente que ele importa sim com as questões delas, mesmo que não demonstre muito isso.
Então Carol, acho que é só. Valeu e até depois!
Fala aí, Napo! Joia?
ExcluirSim, sim, a ideia do capítulo era fazer algo mais tranquilo, principalmente para não acumular Concurso e captura em um só. Optei por fazer esse sem o Brendan porque acaba que ele ia ficar meio a segundo plano com as garotas lá. Hoje foi o dia das garotas brilharem.
A Ju nesse capítulo mostrou um pouco mais de si, inseguranças, medos, mas tem muito mais sobre ela que vou revelar ainda, acho que vocês vão se surpreender. A May ainda é muito imatura e inocente, não vê maldade nas coisas e nas pessoas, sempre foi uma criança criada dentro de casa, diferente da Ju.
Eu amo Roselias, esse pokémon tinha que entrar na fic de algum deles e essa tem uma personalidade bem marcante e própria, espero que vocês gostem dela.
O Brendan é chato, mas algumas vezes ele se importa sim. Inclusive gosta bastante das garotas.
Obrigada pelo comentário, Napo! Te vejo nos próximos!
Olá Carol, como você está?
ResponderExcluirBem estou aqui para te deixar um pequeno comentário neste seu maravilhoso novo capítulo, quanta coisa que aconteceu, nem sei por onde começar, bem, melhor que seja pelo começo!
Nossa pequena May já está começando a ser uma grande batalhadora! Foi muito legal ver ela no começo deste capítulo ganhando dos estudantes da Roxane, pobres garotos, apanhando da garota e ela ainda diz que a Roxane pegou leve.
A cena dela pensando na mãe nos puxa para lembrar que o passado ainda precisa ser resolvido, eu esqueço que preciso fazer mais disso com o Alex, ele também tem muita mágoa no passado. Gosto de ver que a May pensa sobre isso.
Pena que o chato do Brendan não quis ir com as meninas nas lojas de roupa, podia ter tido uma ceninha dele admirando a Ju com o vestido para a apresentação, bem ainda vamos ter essa chance no capítulo 17 quando a jovem for se apresentar! Falando desta apresentação, parece que ela mostrou durante o cap ainda não estar totalmente confiante de como vai se sair, ou talvez Ju estava perdida em seus pensamentos, ainda não estou certo, mas de novo, bom ver esses mini conflitos emocionais das garotas.
A Luna voltou! Que saudades eu tava dessa garota que fez eu trocar o nome da Lua, hehe graças a ela o nome da minha personagem combina muito melhor com a cena que o nome é revelado! Bem era de se esperar que o estilo da Luna era mais de pancadaria, mas não sabia que ela curtia assistir as apresentações, bem no fundo está ainda é Hoenn, tu pode não participar, mas tu ainda gosta de ver os contests.
"Não se preocupem com o dinheiro, fica por minha conta hoje" vish, a Lunna é burguesa que nem o Carlos, cadê a humildade gente!
Meu Deus, aquele Zigzagoon maroto deu pick up no shopping kkkkk alguém segura esse ladrão safado! Me diverti quando esse bandidinho apareceu, Ju fez errado, devia ter desafiado o Zigzagoon para pegar pro time dela, essa roselia ai ta com nada. Sobre a batalha contra ela, ficou muito bom, gostei de ver a Juliana coordenando os pokémon para batalharem em dupla, ahh batalha em dupla como eu amo isso! Me enganei, o zigs pode sair livre, essa roselia sim merece ser da nossa maravilhosa Ju!
Ps: minha mente bugou na batalha quando tentei imaginar o Azurill dando um helping hand hehe, tá mais para helping feet
Cena do final foi linda, muito bonito ver o Brendan mandando esses bilhetinhos.
Tenho certeza que o dia que virá trará um grande concurso para a negra!
Abraços Carol e até o próximo!
Oii, Anan! Tudo bem?
Excluirhuehue as vezes a gente acaba esquecendo de colocar o treinamento deles, então é bom escrever algo do tipo para provar que ela treina sim kkkk Já tá se preparando para o próximo gym, meu orgulho essa menina.
Cara, esse é um dos maiores problemas que ainda vejo na minha fic, depois da descoberta sobre a mãe da May, eu coloquei muito pouco sobre ela pensando na mãe na fic. Daqui em diante prometo que vou tentar melhorar isso kkkk
Todo mundo ama o chato do Brendan, mas ele é tão chato que ia irritar as meninas e divertir a gente, fora que nem sei se a Lunna continuaria com elas se o Brendan estivesse lá porque ele é chato rs. Ele ainda verá a Ju de vestido e linda para o contest.
Será que ela está preparada? Quem sabe o que se passa naquela cabecinha (só eu sei muahahah).
HAHA quem chamou primeiro fui eu, o nome é meu rsrs. Ainda bem que fiz isso pois o nome combinou bem com a personagem e a cena dela falando o nome foi bem legal. Todo mundo gosta de pancadaria, eu entendo a Lunna kkkk Em Hoenn você TEM que gostar de concurso, se não gosta de mandam pra Sinnoh que não tem huehue Como são competições tão tradicionais na região, pensei que fosse um evento tipo copa pra eles, que todo mundo para pra ver. Lunna é filha d líder de ginásio, ela é rycaaaaa
O Zigzagoon é ninja, se a Roselia não fosse tão incrível e falaria que a Ju pegou o poke errado e deixou escapar o mascote do Chuck Norris. Ela quase deu conta dos dois pokes e a Ju ia ter que ir nos murros. Releva e finja que são mãos huehue
Brendan é fofinho bem raramente, beeem raramente mesmo. Foi algo não intencional essa cena, só queria dar uma pequena participaçãozinha dele no cap, mesmo ele não aparecendo.
Muito obrigada pelo comentário, Anan! Te vejo nos próximos caps.
Buenas Noches
ResponderExcluirDessa vez veio um capítulo mais tranquilo, preparando o terreno e o psicológico da Ju para o Contest.
Gostei da participação da Luna, aqui ela parece menos babaca, kkkk. Mentira, no outro cap ela ja tinha se mostrado uma pessoa bacana.
E meu Arceus, a May fica envergonhada perto de todo mundo, parece até eu :gugu:
Bom, essa roselia é uma boa aquisição pra um Coordenador. Espero que ajude nossa garota amiga com isso.
Hum... Gostei que você colocou a menção de racismo, legal tratar esse assunto. Mas em relação a isso eu gostei muito de você não colocar um ato de racismo agora. Assim não fica previsível e ainda prepara para um acontecimento futuro, que não vai ficar jogado.
Então, Brendan se importando com outras pessoas, quem diria. Bom, ainda quero ver o que ele vai fazer. Ele tá muito sø vagabundando kkkkkkk.
Bom, acho que é isso. Até mais!!!!
Oeee Alefin...
ExcluirPois é, fiquei muito na dúvida sobre existir ou não esse capítulo porque achei que ele poderia ficar muito parado ou muito chato, mas dai vim que tinha que fazer pois começava a dar um foco a mais na Ju, já que ela será a protagonista do próximo e fazer com que os eventos não sejam tão corridos.
Não é só você, querido, eu pareço cv muito, mas pessoalmente sou bem tímida também, principalmente perto de pessoas novas ou quem eu tenha algum tipo de interesse.
Eu amoooo essa pokémon e iria defender a presença dela até o fim porque ela é minha queridinha. Já estava cotada para entrar na equipe da Ju há muito tempo.
Sim, eu gostei de você ter percebido e quis trazer esse assunto a tona na fic, mas como é algo bastante delicado a se discutir, quis ir abordando-o aos poucos para não ser abordado superficialmente e nem ficar muito pesado.
Brendan é um caso a parte, ele ainda terá os momentos dele e o real motivo dele para tudo kkkk Por enquanto está feliz de ser apenas um vagabundo.
Obrigada pelo comentário, Alefu. Te vejo nos próximos capítulos!
Ju dona do capítulo, rainha de tudo, deusa em seu próprio direito, amo que amo, quero mais cenas dela, aAaAaAaAaaaAAAAh!!!!
ResponderExcluirCapítulo lindo meu pai, coesão, coerência, conceito, incrível, a Ju batalhando contra aquele Roselia e o capturando = tudo para mim. Ai Carol, esse capítulo é lindo de maravilhoso, eu nem me importei com a insuportável da Lunna nesse capítulo mas foi muito visível o gay panic da May por ela e eu tô ???????
Vou ler o próximo capítulo
Ju é nossa religião e ter um capítulo só pra ela é mais que merecido, bem como ter capturado pokémon mais poderoso da guilda nesse momento.
ExcluirTadinha da Lunna kkkk As vezes a jovi só queria companhia, mas eu sentia que vc ia ter um leve surto de indignação nesse capítulo kkkk
Obrigada pelo comentário, Leucro! Te vejo nos próximos!
Yoo Carol
ResponderExcluirQue capítulo gostosinho de ler. É um tempo de descanso para tantos capítulos com ação, e isso foi retratado maravilhosamente <3
To sentindo que a May ta se mostrando um pouco bi, talvez seja só da personalidade dela, mas eu to gostando em como você explora isso aos poucos :3 Ela merece ser feliz acima de tudo <3
ESSA CENA DA ROSELIA NO TELHADO, só os pokémon gado rodeando ela haushuashuahushu Imagino a beldade que deve ser essa criatura. Achei super criativo.
Só fiquei complexada com a ideia da loja e da Ju, será que ela teve medo de sofrer preconceito pela classe social ou até mesmo racismo? São assuntos polêmicos e responsáveis para trabalhar :3
Foi uma capítulo divertidissimo, Carol. Agora é hora da Ju brilhar <3
See ya
Em meio à tantos capítulos de agitação era bom ter algo do tipo, fugindo da rotina e demonstrando que no fim, as garotas são apenas adolescentes comuns.
ExcluirAAAA a May em sua longa jornada pra descobrir sua sexualidade, é muito fofinho e engraçado escrever isso por ser algo que também acabei passando. Nunca é fácil, provavelmente também não vai ser pra ela, mas essa jornada também é uma busca pelo autoconhecimento.
ROSELIA RAINHA DO GADO, criei ela em homenagem à todos nós da Neo Aliança q se juntar tudo dá um rebanho huehuehue
Sim, são assuntos bem difíceis de se escrever e ainda estou refletindo sobre isso para não escrever nenhuma besteira.
Fico muito feliz que tenha gostado do capítulo. Espero que os próximos continuem te agradando.
Até a próxima, Star!