quarta-feira, 17 de julho de 2019
As manhãs de Hoenn
eram sempre belas, ou pelo menos, a maior parte delas, mas aquela não iria ser
diferente. O céu aos poucos perdia a tonalidade azul escura que ia se mesclando
aos poucos com o amarelo e laranja dos raios produzidos pelo sol. Wingulls
faziam sua algazarra no posto em busca de comida para roubar de pescadores
desavisados enquanto pequenas Magikarps saltavam de um lado para o outro
tentando comer o que as gaivotas deixavam cair nas águas.
O centro pokémon
naquela manhã estava praticamente lotado, muitos coordenadores iniciantes
vieram tentar a sorte naquele que era um dos primeiros concursos da temporada
do continente, o primeiro do leste de Hoenn. Além disso, vários treinadores das
redondezas, curiosos para ver mais sobre aqueles que seriam as novas promessas
daquele ano ou simplesmente ansiosos por um espetáculo também garantiram sua
presença ali.
Juliana já havia
acordado há algum tempo, perdera o sono nas primeiras horas do amanhecer e desde
então permanecia deitada na cama olhando para o teto e repassando mentalmente
tudo o que havia treinado com seus pokémons. Sua ideia inicial era começar com
Nigel na fase de apresentações e seguir com a Whismur nas próximas, caso
conseguissem pontos o suficiente. Tentava ficar tranquila, já haviam treinado
aquilo várias e várias vezes, mas não conseguia evitar que o frio do nervosismo
preenchesse seu estômago.
Cansada de ficar ali sem fazer nada, a garota
levantou e se dirigiu ao banheiro para tomar um longo e demorado banho numa tentativa
de desanuviar a cabeça. Por alguns momentos quase chegou a conseguir ter
sucesso nesse feito, mas logo a mente voltou a pesar novamente com a sombra do
concurso se aproximando. Saiu cômodo e vestiu sua roupa costumeira e ajeitou os
cabelos. Levaria o vestido novo na bolsa para se trocar no vestiário da arena
de contests. O relógio quase marcava a hora que combinara de se encontrar com
os amigos no refeitório, por isso decidiu que não faria mal chegar ao local
alguns minutos mais cedo.
Caminhou pelos corredores vazios até chegar.
Diferente do que imaginara, já havia várias pessoas se alimentando no local,
muitos deles eram jovens, até mais do que elas. Animados, comentavam sobre os concursos dos Festivais anteriores para os amigos, bem
como falavam de seus pokémons e de qual estratégia esperavam usar naquele dia.
Ela tentou desviar seus pensamentos para ouvir o mínimo possível do que eles
falavam ou aquilo apenas a deixaria mais ansiosa.
Serviu-se de um mingau de aveia e um copo de
leite, algo que seria fácil de engolir visto que o aperto em seu estômago
apenas parecia crescer cada vez mais. Não demorou muito para que os amigos
aparecessem por ali, o primeiro foi Brendan com sua costumeira cara
mal-humorada que, após cumprimentar a garota e perguntar como ela estava, focou
a leitura no jornal e trazia. Logo em seguida May chegou até eles, a cara da
mais nova demonstrava que ela nitidamente ainda estava com sono, mas ao mesmo
tempo animada com o evento que aconteceria daqui a algumas horas.
– Bom dia! Como você está, Ju? – perguntou a
garota ao se sentar. A negra deu um pequeno sorriso.
– Acho que bem... Um pouco nervosa, talvez –
Pouco na verdade era apelido para o que sentia dentro de si, mas não queria
deixar os amigos preocupados com ela.
– Você conseguiu dormir bem essa noite? – a
mais nova questionou novamente. Com o canto do olho, ela viu Brendan paralisar
ao seu lado e levantar ainda mais o jornal sobre o rosto. Quase riu com a cena.
– Eu consegui dormir um pouco, o dia de ontem
me deixou cansada. Só que acabei acordando de madrugada e não consegui mais
fechar os olhos.
– Tente ficar tranquila, vai dar tudo certo –
incentivou a amiga – E tente comer alguma coisa também.
Juliana olhou para o próprio prato que era para
onde se dirigiam os olhos da mais nova. Era verdade que ela mal havia tocado na
comida, o mingau jazia intacto no prato de porcelana, sendo que a única coisa
que ela havia feito foi revirar a mistura de um lado a outro com a colher, sem
levar sequer nenhuma colherada à boca. O mesmo até já devia estar frio.
– Ah, nessas horas de nervosismo a única coisa
que consegue me acalmar é refrigerante de uva – Ela deu de ombros e Brendan
abaixou o jornal, olhando-a com uma cara incrédula.
– Sério que você gosta disso? Esse negócio é
muito ruim.
– Ruim é o seu nariz, refrigerante de uva é
quase um vinho de Dionísio – May riu.
– Se não fosse tão cedo juro que tentava
comprar pra você, mas é provável que as lanchonetes nem abriram ainda.
A última a chegar ali havia sido Lunna, ela não
havia combinado nada com eles, mas ao vê-la, Juliana, que estava de frente para
as mesas com o café da manhã, fez um gesto para a morena se aproximar e se
juntar ao grupo. Pode observar que a mais velha havia ficado feliz com o
convite, sua expressão corporal mudara imediatamente.
– Hei... Bom dia, pessoal – cumprimentou
enquanto se sentava ao lado de May – Caramba, detesto acordar cedo.
– Quem é você, exatamente? – perguntou Brendan
com um olhar frio para a garota nova.
– Essa é Lunna. Ela é nossa amiga, Brendan.
Lunna, esse é o Brendan, ele viaja comigo e com a Ju – May apressou-se em fazer
as apresentações antes que Brendan dissesse mais alguma grosseria.
– Okay – ele deu de ombros e voltou a pegar seu
jornal.
– É um prazer conhecer você também, Brendan –
Disse a garota de olhos verdes em tom sarcástico.
O garoto fixou o olhar na moça e teria dado uma
de suas típicas respostas grossas se Juliana, pressentindo o perigo, não
tivesse mudado o rumo da conversa.
– Ignore ele, Lunna. Ele é birrento assim mesmo
– ela recebeu um olhar mortal do garoto – Vai com a gente para o Concurso?
As garotas continuaram a conversa por algum
tempo, fazendo com que o pensamento do concurso fosse afastado por alguns
minutos. No entanto, o relógio nunca para de girar e por mais que se deseje
atrasar o tempo, ele sempre corre em direção ao futuro. A hora do concurso se
aproximava, a negra, como participante, deveria chegar mais cedo para o
cadastramento, por isso eles logo deixaram a mesa para irem até a recepção
recolherem seus pokémons.
– Boa sorte em seu concurso – desejou a
enfermeira Joy à garota, que agradeceu educadamente.
Decidiram ir andando até a arena de batalhas,
não era uma caminhada tão longa e o clima estava fresco, visto que a manhã
havia acabado de começar. As ruas não estavam tão movimentadas, apesar de tudo
ainda era manhã de domingo e a maioria das pessoas ainda estava em suas casas, mas
logo aquele número iria rapidamente aumentar devido ao evento que aconteceria
naquele dia.
Hoenn fora a primeira região do mundo a criar
os concursos Pokémon. Ali, os Grandes Festivais, competições abertas apenas a
coordenadores que se destacassem obtendo um número maior que 5 fitas a cada
temporada, eram até mais assistidos e adorados do que as ligas pokémons. Top
Coordenadores, os campões desses eventos, tinham os mesmos prestígios do que os
Campeões da Liga; inclusive, uma antiga Top Coordenadora da região, Glacia,
havia há alguns meses entrado na Elite dos 4. Rustboro foi uma das últimas
cidades do continente a aderir aos concursos, no entanto, era uma das poucas da
zona oeste da região que realizavam o evento, talvez por isso a grande comoção
das pessoas no geral.
Depois de caminharem por alguns minutos, os
jovens finalmente chegaram a arena construída à cerca de dois anos. Uma grande
construção de aparência moderna se erguia diante deles, possuía formato
circular com janelas de vidro por toda sua extensão nos andares superiores; o
teto era uma grande cúpula branca com divisões que convergiam para um ponto
central. O estacionamento era grande, diversos treinadores já se encontravam
nele, alguns se dirigindo para a arena e outros batalhavam entre si. À
esquerda, algumas barraquinhas vendiam produtos, sendo a maior parte comida e
brinquedos para crianças. O clima de animação era geral.
– Caramba, como aqui é grande – comentou
Juliana impressionada com tudo o que via. As arenas destinadas para concurso em
Sinnoh não chegavam nem a metade desse tamanho, apenas Hearthome possuía dimensões
realmente próximas do que via ali.
– Isso por que você não viu as arenas de
Lilycove e Slateport, são gigantes. Às vezes eles colocam até uns telões para
ajudar a transmitir as apresentações individuais – disse Lunna lembrando
primeiro festival que assistira há dois anos, ela havia acabado de se mudar
para Hoenn na época.
– Espero chegar lá para ver isso.
Por sorte, quando chegaram à recepção havia
apenas uma pessoa na frente da negra, de modo que eles não precisaram esperar
muito. Ela recebeu um crachá com seu nome, bem como uma garrafa de água e barra
de cereais. Juliana se informou sobre a localização dos vestiários e eles foram
para lá. A essa altura, o grupo estava em um silêncio tenso, parecia não haver
palavras para serem ditas no momento. Aquilo era diferente do ginásio, era uma
apresentação ao vivo, exigia desenvoltura, uma boa conexão entre treinador e
pokémon e ainda habilidade de batalha.
– Vamos logo para as arquibancadas conseguir um
bom lugar – disse May assim que chegaram à porta do vestiário feminino – Boa
sorte, Ju. Estaremos lá na torcida por você.
Juliana, que estivera olhando para a porta do
vestiário com distraída, voltou sua atenção para a amiga.
– Isso mesmo.
Sentem-se lá para me ver vencer – riu enquanto abraçava a amiga.
– Boa sorte – Disse
Brendan e acabou ganhando também um abraço – Ta bom, tá bom, já chega.
Lunna também
desejou sorte para a negra e assim, eles saíram rumo a entrada das arquibancadas
que circundavam a arena. Ela estava sozinha. Um frio na barriga preencheu seu
estômago e precisou reunir toda sua coragem para dar um passo adiante e entrar
no cômodo.
Era um lugar
simples, as paredes eram pintadas de branco e com três trocadores com cortinas
em cor vermelha de cada lado. No centro havia dois sofás compridos de cor
preta. Ao lado da fileira de trocadores do lado esquerdo, duas portas deviam
levar aos banheiros e, na parede oposta à da entrada, havia outra porta que
provavelmente daria na sala de espera que os coordenadores usavam para assistir
uns aos outros enquanto aguardavam sua vez.
Aparentemente não
havia ninguém ali além dela, então apenas fechou a porta e se dirigiu a um dos
trocadores antes que a sala começasse a se encher. Quando terminou de se
vestir, algumas garotas já estavam entrando na sala, Juliana cumprimentou-as
com um aceno e foi para a sala de espera.
Era um lugar bem maior do que ela esteve
anteriormente, havia duas grandes televisões e diversas fileiras de assentos
para que os coordenadores possam assistir as apresentações e batalhas dos
rivais. Caixas de som no teto transmitiam o que era falado na arena pela
apresentadora. Ali já estavam 3 garotos, um deles, o mais loiro encarou-a
durante algum tempo para logo em seguida virar os olhos para o outro lado.
O tempo foi
passando e logo a sala começou a se encher com treinadores de diversas idades e
aparências. Havia duas modalidades de concursos naquele dia, isso fora uma
regra colocada naquela temporada para todos os concursos da região. Os
treinadores se dividiriam entre novatos e veteranos, sendo que aqueles que
possuíam mais de duas fitas ou mais se classificariam como veteranos e
competiriam entre eles. Isso proporcionaria aos treinadores novatos uma
competição mais justa e equilibrada, pois muitas vezes acabavam perdendo
destaque e espaço entre os competidores mais antigos.
O som do público do
lado de fora aumentava cada vez mais à medida que o tempo passada. Ela pegou a
pokebola de Nigel e ficou observando o objeto em suas mãos, fazia tempo que
eles haviam se conhecido, uma situação peculiar de início de amizade, duas
almas solitárias que decidiram que por algum motivo seria melhor andarem
juntos. Ele seria sua escolha naquele dia para a fase de apresentações, já
Whismur ficaria responsável pelas batalhas, ambos os pokémons estavam cientes
de seu papel.
Uma voz se sobressaiu
em meio a balburdia, era a apresentadora do Torneio que começava a anunciar a
competição. As televisões da sala foram ligadas e os competidores se ajuntaram
para assistir o início da transmissão. A televisão exibiu uma mulher ruiva de
belos olhos azuis usando um vestido em tons de rosa e sapatos de mesma cor.
– Bom dia senhoras
e senhores, adultos e crianças. Bom dia a todos que vieram assistir a esse
espetáculo. Meu nome é Lilian e hoje irei apresentar o primeiro concurso de
Rustboro da temporada! – Uma pausa na fala fez o público vibrar – Hoje teremos
como nossos jurados o fabuloso Sr. Raoul Contesta, Chefe do Comitê de Atividades
Pokémon. A sua esquerda, temos mais uma figura importante, o presidente do Fã
Clube Pokémon, Sr. Sukiso. A por último, mas não menos importante, a enfermeira
Joy da cidade de Rustboro.
A câmera focou naqueles
referidos por Lilian mostrando à esquerda um senhor de cabelos parcialmente
grisalhos em um elegante terno vermelho. Ao seu lado, um senhor baixinho de
cabelos cortados rentes e olhos puxados exibia serenidade enquanto a enfermeira
Joy, a única mulher do trio, sorria de maneira tímida, como se ainda não
estivesse acostumada a esse tipo de atenção.
Os primeiros
competidores foram chamados para dar início às apresentações dos iniciantes.
Com a pokéball em mãos, Juliana observava os possíveis adversários e se
questionava a todo o momento se seria capaz de realizar apresentações qualidade
semelhante ao que via, a maioria dos treinadores ali era muito boa.
O garoto que a
encarara foi chamado e se dirigiu à saída para a arena, pelo que ouvira seu
nome era David Wood. Logo de cara ela percebeu que ele tinha certa experiência
com público, pois parecia bem à vontade naquele ambiente. A aparência do garoto
também encantava, cabelos loiros e lisos e olhos azuis por trás de óculos de
armação vermelha. Vestia um elegante blazer branco por cima de uma camisa
vermelha e calças jeans escuras. Retirou do bolso uma pokebola e lançou em
campo, revelando um belo pokémon que logo de cara ela notou que não pertencia à
região. Uma bela serpente de cores verde e bege, a evolução de um dos iniciais
de Unova, Servine.
Sob os comandos de
seu treinador, o Servine deu um salto alto e começou a girar seu corpo ao mesmo
tempo em que executou um ataque chamado Leaf Tornado. Diferente do que se era
executado normalmente, produzido pela cauda do pokémon, este foi liberado em
pequenas ondas esverdeadas de folhas que saíram de todo seu corpo;
observando aquele tipo de movimento
Juliana percebeu que treinador e pokémon deviam ter passado por longas horas de
treino.
O segundo movimento
utilizado foi um Mega Drain, realizado tão rapidamente após o primeiro golpe
que foi o suficiente para conseguir o efeito desejado, absorvendo a energia das
próprias folhas que o pokémon havia criado e fazendo-a caírem secas no chão
junto a ele. Um movimento chamado Growth fez o pokémon brilhar levemente e
crescer um pouco seu tamanho, produzindo uma bela cena final em que ele
cumprimenta o palco com uma reverência.
O público foi à
loucura, sem dúvidas aquela havia sido a melhor apresentação até aquele momento
na opinião do público e dela também. David vez o mesmo movimento que seu Pokémon
e ambos saíram do palco, ele provavelmente passaria para a segunda parte e o
sorriso em seu rosto demonstrava que o garoto sabia disso também. Mais um
competidor foi chamado e finalmente ela ouviu seu nome ser proferido por
Lilian.
Com as mãos frias e
trêmulas, ela se levantou e saiu pela porta por onde o garoto chamado David
havia passado, se deparando com um curto corredor que dava para a arena de
terra do estádio. Ela deu uma pequena pausa para controlar a respiração e
limpou o suor das mãos que quase deixavam a pokeball escapar. Por fim, sem
poder mais esperar, reuniu parte da coragem que precisava e saiu sob as luzes
centrais da arena.
Ela se espantou com
a quantidade de gente reunida ali, apesar de ser algo já esperado pelas dimensões
do lugar. Não conseguia encontrar nenhum dos amigos nas arquibancadas e também
não procurou por muito tempo, todos aqueles rostos dirigidos a ela deixavam-na
um pouco sem jeito. Em suas brincadeiras de infância, quando desfilava pelo
quintal de casa se imaginando campeã do Grande Festival, tudo aquilo parecia
bem mais fácil.
Uma pequena
campainha soou anunciando que ela podia completar sua apresentação. Ela segurou
forte a esfera de Nigel e a lançou para o palco, liberando o pequeno pokémon
bípede azulado. A reação do público ao pokémon foi positiva, a figura fofa
daquele pokémon bebê não era tão comum de se ver entre os treinadores quanto
sua evolução.
– É hora de
brilhar, Nigel! Comece com o seu Bubble
Beam! – Ela ordenou ao pokémon o golpe que eles haviam treinado.
O roedor, porém,
não respondeu aos comandos da negra. Na verdade, sequer parecia ter ouvido
qualquer palavra pronunciada por ela, sua atenção se voltava totalmente para a
arena onde ser encontrava. O pequeno corpo tremeu diante da multidão de olhos
ansiosos que apontavam para ele, os ouvidos sensíveis captavam uma imensa
quantidade de ruídos que se atropelavam e se misturavam em sua cabeça.
– Vamos lá, Nigel –
pediu mais uma vez, o nervosismo tomando conta de seu corpo.
Novamente o roedor
nada respondeu, seu corpo tremia cada vez mais. Subitamente, o pokémon virou-se
e correu de volta para ela, iniciando um choro alto e incontrolável. Não
pensava em apresentação ou em qualquer outra coisa, tudo que queria era voltar
para a segurança de sua pokebola. O público, percebendo a reação do pokémon,
começou a vaiar e pedir que ele fizesse alguma coisa, fazendo com que o choro
da criatura se agravasse ainda mais.
Percebendo a
situação em que estava, Juliana sentiu suas bochechas se avermelharem com a
sensação de ter feito papel de ridículo. Não pensou muito no que estava fazendo
a seguir, apenas retornou o pokémon para a esfera bicolor e saiu correndo dali.
As lágrimas pela vergonha agora começavam a cair como uma cascata, se ela
pudesse entraria na terra como um Digglet e nunca mais sairia a luz do dia
novamente. Mal viu enquanto passava porta atrás de porta indo em direção à
saída.
Acabou por chegar à
saída dos fundos do lugar, onde não havia tanto movimento, todos provavelmente
estavam concentrados no concurso que agora se desenrolava. Em sua frente havia
uma larga escadaria de pedra que levava para as ruas mais baixas da cidade onde
era possível ver o movimento de carros em ambas as direções. Ela sentou-se em um
dos degraus mais altos, colocando os cotovelos sobre as pernas e levando as
mãos ao rosto para tentar conter as lágrimas que caiam.
Já devia esperar
por isso, não acreditava em sua própria presunção em acreditar que conseguiria
fazer aquele tipo de coisa. As coisas nunca davam certo para ela, porque dariam
hoje? Por que tudo seria diferente? Viajar com outras pessoas, capturar mais
pokémon, vestir um roupa bonita, nada daquilo mudava quem ela era.
– Ju? – ouviu uma
voz chamá-la baixinho e reconheceu como a voz de May, por isso não se virou
para olhar. Não queria que nenhum dos amigos a visse assim.
– Eu estou bem...
Só preciso ficar sozinha um pouco...
– Ju... – ela
chamou novamente, porém mais próxima dessa vez – Não foi sua culpa, esse tipo
de coisa acontece.
Ela deu um sorriso
irônico enquanto tirava a mão dos olhos que sabiam já estar vermelhos.
– Não May, não acontece.
Eu não deveria ter mandado o Nigel para se apresentar... Ele não estava pronto
para isso. Pra falar a verdade, nem sei se um dia estará... Um Coordenador que
não consegue nem fazer seu próprio pokémon se apresentar, parece até uma piada.
– Ah, qual é... –
Ela ouviu outra voz e se virou, dessa vez havia sido Lunna, que acompanhara os
outros dois quando viu o que aconteceu – Para de bobagem, quem nunca fez esse
tipo de coisa na vida? A gente erra e faz bobagem o tempo inteiro.
– Você não tá
ajudando muito – resmungou Brendan com as mãos no bolso.
– E você está
ajudando muito parado aí como um espantalho... – retrucou a mais velha em
resposta.
– Já ouviu falar da
expressão, “bem ajuda quem não atrapalha”? Talvez você devesse...
– Já chega, vocês
dois! – gritou May e ambos se calaram, não era costume da treinadora elevar a
voz. Ao ver que obteve o resultado desejado, ela tornou a falar em tom suave
com a amiga – Entendo que você queira ficar sozinha, vamos te dar um tempo.
Estaremos aqui perto caso precise de nós.
Deu um abraço de
lado um pouco sem jeito na amiga e levantou-se, indo em direção aos outros dois
para dar mais espaço à negra. Ela não concordava com aquilo, queria ficar perto
da outra, mas a verdade é que se tivesse perdido sua primeira batalha de ginásio,
talvez quisesse o mesmo que ela pedia naquele momento.
Um longo momento
seguiu-se em silêncio enquanto ela observava os próprios dedos entrelaçados sob
o colo. Sentiu uma presença se aproximar-se dela e imaginou que fosse um dos
amigos, por isso não olhou para ver quem era. Um leve pesar pairava em sua
consciência pela sensação de talvez tê-los tratado mal, afina, eles queriam
apenas ajudá-la. A pessoa que se aproximara sentou-se então ao seu lado e ela
ira se desculpar, quando uma voz inesperada a fez se calar.
– Olá – disse a voz
e Juliana virou o rosto para olhar para sua dona, quase não a reconhecendo de
imediato – Espero que não tenha se esquecido de mim.
– Ellie! – a negra
abraçou a mulher que há poucos dias havia acolhido-os em sua casa após a
difícil travessia da floresta de Petalburg.
Naquela tarde,
Ellie vestia roupas a trabalho, estava levemente suja e terra e mantinha os
cabelos presos. Hoje, no entanto, sua aparência havia mudado, deixando muito
mais evidente a idade jovem da mulher. Os longos cabelos castanhos estavam
soltos, rosto levemente maquiado e roupas casuais evidenciavam a simplicidade
que adotara como estilo de vida.
– Como você está? O
que veio fazer aqui na cidade? Como está o Jonas? Não deu nem pra vê-lo depois
que chegamos aqui – continuou animadamente enquanto os eventos anteriores
sumiam temporariamente de sua cabeça. A mais velha riu da garota.
– Calma... Estou
bem e Jonas também, ficou um pouco mais atrás conversando com a May e o
Brendan. Vim para cidade para ver o concurso de hoje – Respondeu enquanto
tentava se lembrar de todas as perguntas.
A lembrança do
contest voltou a sua mente e ela sentiu as lágrimas preencherem as pálpebras.
– Então você viu
aquilo – murmurou ajeitando a barra do próprio vestido.
– Vi sim e sinto
muito, mas não precisa fazer essa cara. É o seu primeiro concurso, certo?
– É sim e
provavelmente deveria ser o último. Que tipo de coordenador não consegue se
quer que seu pokémon execute um simples comando no palco? – novamente as
lágrimas voltaram a escorrer de seu rosto e ela limpou irritada.
– Não diga
bobagens, sei que parece horrível agora, mas foi só um concurso, o primeiro de
muitos. – Ela cruzou as penas e ajeitou melhor a postura na estrada – Além
disso, já vi acontecerem coisas piores. Sabia que uma coordenadora vomitou no
palco na sua primeira apresentação? Ela não chegou nem a lançar seu pokémon. E
adivinha quem foi a premiada?
A negra deu de
ombros, não conhecia muito sobre os grandes coordenadores de Hoenn, apenas
sabia que o número era razoavelmente grande. A resposta da outra surpreendeu-a,
apenas um simples gesto apontando para si mesma.
– Isso é sério? –
questionou Juliana, incrédula.
– Seriíssimo. Você
foi até melhor que eu, inclusive, pois teve coragem de se apresentar e se
portar no meio de toda aquela gente. Eu fiquei simplesmente apavorada.
– E você continuou
participando de concursos?
– Sim, participei
por um bom tempo – respondeu a mais velha enquanto levantava-se – Então abandone
essa postura triste e prepare-se para os próximos concursos, você ainda tem um
longo percurso pela frente.
Respirando fundo, a
adolescente levantou-se e viu Jonas se aproximar com os amigos. Ele também se
vestia de maneira mais casual, assim como a esposa, usando bermuda preta e uma
camisa branca de mangas curtas. Carregava uma caixa em mãos e caminhava na
direção dela com um sorriso, o rosto, no entanto demonstrava no fundo um leve
ar de cansaço.
– Ei, Juju... Como
está? – perguntou ele com um tom levemente receoso.
– Estou bem agora –
respondeu com um pequeno sorriso enquanto olhava para Ellie. A verdade é que
ainda estava triste, mas as palavras da mulher a fizeram se sentir melhor.
– Que bom! – ele
então estendeu para a garota a caixa que carregava – A Corporação Devon
gostaria de agradecer a vocês toda ajuda prestada com os documentos roubados. O
presidente, Sr. Stone, queria agradecê-los pessoalmente, mas infelizmente houve
um contratempo que o obrigou a se ausentar da cidade por uns dias.
Juliana pegou a
caixa e abriu-a, no interior desta havia um objeto de cor amarela com detalhes
laranja semelhante a um celular. Ela segurou o objeto com uma das mãos e
movimentou-o, revelando uma tela que aparentemente era sensível ao toque.
– É a última
invenção de nossa companhia, um objeto para treinadores em jornada. Embora
ainda esteja em fase de aprimoramento, já tem várias funções úteis como mapa,
telefone e armazenamento de dados dos treinadores – explicou enquanto a
adolescente ficava de boca aberta, nunca pensaria que teria condições de ter um
objeto como aquele.
– Obrigada! Eu
adorei! – agradeceu enquanto abraçava o homem.
Inesperadamente um
toque se fez ouvir e Jonas sacou o celular, franzindo a testa ao ver a imagem
em sua tela. Aparentemente havia sido uma mensagem de texto, pois ele apenas
digitou algo em resposta e guardou o aparelho.
– Com licença
crianças, preciso resolver um problema. Foi um prazer muito grande
reencontrá-los e mais uma vez agradeço pelos serviços prestados à empresa.
– Jonas, o que
aconteceu? – perguntou Ellie com feição levemente preocupada.
– Algo
razoavelmente sério, querida. Mais tarde converso com você.
Os garotos se
despediram agradecendo pelo presente e ele saiu andando rumo ao estacionamento
do lado oposto. Uma ligeira gota de suor agora escorria por sua face.
– Então, crianças.
O que pretendem fazer agora? – questionou a mais velha, olhando para o estádio
do qual acabaram de sair – Voltarão para ver o resto da competição? – Juliana
negou com a cabeça.
– Acho que prefiro
ficar por aqui mesmo... – Com certeza aquele estádio, no momento, era o último
lugar onde ela gostaria de entrar.
– Vou ficar por
aqui também – Anunciou May, em seguida olhou para Lunna que lhe deu um pequeno
sorriso.
– Eu vou voltar
para o concurso também – piscou para a mais nova – A gente se vê por aí então.
Até mais, Ju!
O grupo se despediu e as duas mais velhas
voltaram para a arena, restando apenas o trio cujos membros ainda estavam sem
saber o que dizer uns para os outros. Mais uma vez a negra sentiu certo pesar,
ambos se preocupavam com ela, talvez tivesse sido rude demais. Abriu a boca
para proferir palavras que pediriam perdão, mas foram outras que saíram de sua
boca.
– Obrigada por estarem aqui .
– Onde mais nós estaríamos? – May riu e se
dirigiu à escada, sentando-se nesta. Os outros a seguiram, mas assim que se acomodaram
ao seu lado, ela levantou-se novamente de uma vez – Esperem um pouco!
Após o pedido saiu correndo do lugar em direção
ao estacionamento. Os outros dois apenas se entreolharam sem entender o que ela
fora fazer, mas logo a dúvida deles foi sanada quando a mesma voltou com
algumas latas de algo que parecia ser refrigerante em mãos.
– Pra que isso? – perguntou Brendan ao olhar a
lata – Eu detesto refrigerante de uva. Parece que estou ingerindo uma dose de
diabetes.
– Eu amo! Pode deixar pra mim que eu bebo tudo
– disse a negra já abrindo sua lata.
– À vontade... –
Disse ele colocando a lata no chão próximo a ela.
– Espere! Segure-a
de novo! – A mais velha ergueu o próprio refrigerante – Um brinde a nossa
passada por Rustboro! Por todas as coisas boas e ruins que aconteceram aqui e
por termos dado um importante passo para alcançarmos nossos sonhos!
– Por sairmos
também porque não aguento mais esse lugar – resmungou o menino.
– Rumo a Dewford
agora – completou May e os três bateram as latas.
Fazia uma manhã
bonita de céu azul e o sol esquentava o solo cada vez mais. A passagem dos
treinadores por Rustboro havia chegado ao fim e agora eles deveriam escolher
seu próximo destino e seguir em jornada. Apesar da tristeza da primeira derrota,
sentimentos bons passavam pelo coração da coordenadora após o apoio de seus
amigos e de Ellie. Ainda haveria muitos concursos e muitas novas oportunidades
que poderiam lhe dar um caminho brilhante no futuro, afinal, nossa verdadeira
vitória está na capacidade de se levantar após uma derrota.
Tag :
Capítulos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que belo capítulo Carol,
ResponderExcluirGostei muito de ver um inicio ruim para a ju, não que eu goste de ver ela perder, mas pq eu adoro ver personagens evoluindo e se tornando treinadores/coordenadores melhores.
Muito bom também foi ver mais da Lunna neste capítulo, sempre bom ver uns rostos diferentes entre os protagonistas padrões, gostei também de ver o casal novamente S2
Para mim o mais bonito deste capítulo foi a cena que lhe deu inspiração para a imagem final, gostei muito de ver a amizade dos 3 se aflorando neste pequeno brinde para finalizar a estadia deles nesta cidade.
É isso Carol, gostei muito da capítulo e espero pelo próximo.
Abraços e até lá!
Oiie Anan!
ExcluirQue bom que você gostou do cap, fiquei com muita dó da Ju escrevendo ele, mas as vezes essas coisas acontecem, derrotas também são importantes para o crescimento dos personagens.
Tinha que dar mais uma ressaltada na Lunna nesse capítulo rs, originalmente ela estava cotada para aparecer apenas nele, mas com o capítulo anterior a participação dela nesse arco acabou ficando bem completa.
Fiquei um longo tempo imaginando como finalizar esse capítulo até decidir fazer essa ceninha, afinal, foram logos dias (ou meses, no nosso caso) nessa cidade e eles passaram por várias coisas, então quis dar uma finalização digna para ele.
Muito obrigada pelo comentário Anan! Logo mais teremos cap novo por aqui. Abraços!
Depois de lutar com a tela de toque do meu celular, cheguei até aqui.
ResponderExcluirCarol, fiquei bastante surpreso ao terminar o capítulo. Foi um capítulo que foi simples mas fez o que devia. Desde mostrar a insegurança de Juliana ali no centro Pokémon e os amigos tentando dar uma força (tirando Brendam) até o fracasso na apresentação, e a conversa com Ellie. O apoio mostrado pelos amigos ali na cena do refrigerante (inclusive Brendam) foi bastante importante.
Vimos também Jonas presenteado nossos treinadores com as pokegears, e a apresentação do loiríssimo David Wood. Tudo isso tenho certeza que virá a calhar no futuro.
Você mandou bem nesse capítulo sobre falha e superação, Carol! Valeu e até depois!
Ps: tu falou que as arenas de Sinnoh são menores! Olha a audácia! Quê isso!
Huehuehue Imagens não me fazem não duvidar disso.
ExcluirPois é Napo, fiquei um pouco relutante na hora de postar esse capítulo porque ele realmente ficou simples, tentei deixar o mais interessante possível em questão de conteúdo, mas o resultado acabou que não ficou muito diferente. Que bom que o resultado final agradou. Foi bom retratar essas cenas porque acaba que em jornada não damos muita atenção ao fato de que os protagonistas acabam realmente gostando muito uns dos outros, afinal passam praticamente 24h por dia juntos.
Que bom que você se atentou aos personagens que apareceram, eles vão ser importantes no decorrer da história, provavelmente parecerão várias outras vezes.
Mas é vdd, as arenas de Hoenn são muito maiores rs. Até confirmei com o Anan pra ele não dar uma surtadinha rs.
Muito obrigada por comentar. Te vejo no próximo capítulo!
Opa
ResponderExcluirÓtimo capítulo, Carol. Não esperava o que aconteceu, mas até que é bem lógico, considerando a personalidade do Pokémon. Olha, eu confesso que quando li que o Pokémon não se mexeu eu comecei a rir de nervoso. Parei de ler e fiquei rindo. Mano, eu sou muito fraco a vergonha alheia. "Ah não... shshahshshahs não pode ser hahshahsh", essa é basicamente minha reação.
Bom, teve o garoto lá que se não fosse importante você não mostrava. E legal, ele parece ser de Unova.
Gostei do conselho da Ellie, confesso que pelo nome eu não lembrei quem era de primeira. Ela usou a velha tática pra levantar a moral de uma pessoa: dizer que alguém foi pior.
"Tirei 5..."
"Meu, tá bom, um pontinho pra média, ruim é o Fulano que tirou 4".
Bom, isso foi um fechamento de arco, né?
Gostei bastante do que aconteceu nessa cidade, mas concordo come o Brendan quando ele disse que vamos finalmente sair de rustboro.
Obrigado pela atenção e até mais, Carol.
Oi Alefin, que bom acordar e ver um comentário seu por aqui!
ExcluirEu imaginei que esse evento do contest ia ser um pouco inesperado e receei que vocês quisessem me matar depois kkkkk Eu também sou fraca com vergonha alheia, me deu um nervoso escrevendo e me forcei a me manter firme. Sou tão sensível que quando vejo um episódio de qualquer coisa que eu sei que tem vergonha alheia eu salto pra não ter essa sensação.
kkkkkk Sim, teve o garotinho que apareceu por aqui e que vai aparecer de novo. Já pus a imagem dele pra vocês não se esquecerem de quem ele é.
Eu imaginei que vocês não fossem lembrar, pra falar a verdade ela nem estava cotada para aparecer de novo nessa altura do campeonato, mas eu precisava de uma figura importante surgindo nessa fase, então me lembrei dela. Já adianto que ela terá mais momentos importantes na fic porque acabou que gostei muito da personagem rs.
Sim, o arco já está praticamente fechado, pelo menos na parte da jornada de nossos protagonistas. Até eu estou enjoada de Rustboro, afinal, foram meses que ficamos por aqui (mesmo que na fic tenham sido dias), já está na hora de mudarmos os ares.
Obrigada pelo comentário, Alefin. Até o próximo capítulo!
Oi Carol, esse capítulo foi muito doído, tadinho da minha menina Ju, tadinha, ela merece o mundo, eu compreendo total ela nesse capítulo do concurso, o Azurill mal conseguindo se mover, tadinho, eu vou comprar refri de uva pra ela e pau no cu do Brendan que não gosta, ele que lute. Eu amei a Ellie dando conselhos para a Ju e levantando a moral dela, a Ellie é com certeza uma das melhores pessoas do mundo, um anjo. Ai, amo que amo.
ResponderExcluirVou ler o próximo capítulo já que é todo para a Ju, até lá.
A Ju é boa demais para esse mundo, os Concursos não merecem ela. Entendo o Brendan não gostar de refri de uva, mas ele que lute, se a Ju gosta, nós beberemos eternamente. Eu amo a Ellie e me senti muito feliz por ter criado ela. Ellie, sempre irei te proteger de todos os haters e todas as maldades do mundo, Amém.
ExcluirObrigada pelo comentário, Leucro. Até a próxima!
Hey Carol, tudo bom?
ResponderExcluirO PRIMEIRO CONTEST QUE EMOÇÃO, mas não foi exatamente o que eu e a Ju esperávamos.
É engraçado ver a quebra da expectativa, pq vendo os caps passados e toda a preparação da Ju inclusive a última captura dá a idéia de que ela tá bem preparada, e ela realmente estava, mas só na teoria. Mas é só o primeiro contest dela, ainda tem muito o que acontecer e muito o que aprender.
Também tivemos esse David, seria ele o rival de nossa guerreirinha? Talvez, mas é curioso que ele tenha um inicial de Unova, o que traz ele até as terras de Hoenn?
E TADINHO DO NIGEL, ELE É MÓ FOFINHO E O PESSOAL FICA VAIANDO ELE, BANDO DE VACILÃO
Depois teve o pessoal aparecendo pra consolar, e dentre eles tem a May abraçando a Ju, tão fofinhas, EU SHIPPO.
E até o Brendan apareceu sem reclamar tanto pra terminar com essa cena deles sentados na escada brindando pela jornada deles, e de certa forma a sua amizade.
No mais é isto, gostei do cap e agora QUERO VER A JU BRILHANDO NA CARA DE QUEM VAIOU ELA
See Ya
AAAA Contests são maravilhosos, pena que a Ju tem uma autora sacana que não deixa ninguém em paz. Ela estava preparada sim, afinal, treinou bastante, mas as vezes, por mais que nos esforcemos, a vida nos mostra que as coisas não acontecerão exatamente da nossa maneira e bola pra frente, segue a vida, ainda temos muito chão para percorrer.
ExcluirPRECISAMOS PROTEGER O NIGEL PARA SEMPRE dessas pessoas VACILONAS AAAAA
Brendan nos raros momentos de bom humor deles. Finalmente sairemos de Rustboro e a jornada seguirá em frente. Vamos ver o que o destino aguarda para nossos jovens.
Obrigada pelo comentário, Grovy! Te vejo no próximo capítulo.
Abraços!
Yoo Carol
ResponderExcluirIt's contest time!
Imagino o nervosismo real da Juliana, me fez lembrar as apresentações da faculdade e em como os professores encaravam a gente como se fossem arrancar nossas almas hahshahshahsha
OLHA UM TREINADOR COM UM POKÉMON DE UNOVA. Uma Servine ainda, eu não escolheria melhor <3 Melhor inicial. Será que David é um potencial rival para a Juliana?
Poor Juliana :( Eu fiquei com dó do pequeno Nigel chorando, ele é apenas um bebê.
Foi bem triste ver que nada saiu como o planejado, mas eu sei que isso vai servir como aprendizado para ela no futuro <3
Eu adorei a Ellie confortando ela e o Jonas sendo incrível! Casalzão da porra <3
Eu adorei essa cena final com direito a imagem e tudo mais, me faz lembrar em como esse trio se completa :3
See ya
Pobre Ju, eu também detesto quando pessoas ficam me olhando e me avaliando, parece que ficam esperando a gente errar AAAAAA
ExcluirUM TREINADOR DE UNOVA PQ SIM rs Independente de ser ou não um treinador legal ,já é um rival para a Ju, afinal, os dois vão se enfrentar no Grande Festival.
PROTECT NIGEL, tadinho, tem uma razão para ele agir assim, apesar de ser essencialmente um pokémon covarde.
Ellie e Jonas são os melhores personagens da fic e quem discorda é nazista. Engraçado como inicialmente iam ser um casal sem importância, mas fui criando tanta coisa para eles que acabaram por ser super importantes para a história.
Fico muito feliz que tenha gostado, Star! Foi feito com mto carinho para vocês.
Obrigada pelo comentário! Te vejo no próximo capítulo!