• terça-feira, 11 de dezembro de 2018




                    Uma bela manhã nascia na bela cidade de Petalburg. O sol mandava seus raios ainda inocentes e tímidos por entre as janelas das casas para despertar os ainda adormecidos moradores que se preparavam para mais um dia em suas rotinas de trabalho. Uma leve brisa vinda do oceano tornava aquela manhã levemente fria e fazia os habitantes tremerem ao colocar os pés descalços no chão frio. No entanto, todos sabiam que logo aquele clima agradável seria substituído pelo calor tão comum na região. Wingulls tímidos despertavam e se espreguiçavam em seus ninhos, já preparando as pequenas gargantas para fazer o estardalhaço rotineiro que faziam no porto. Aquela era uma manhã perfeita para se estar na estrada e respirar o ar puro.
                    No centro pokémon, uma das maiores construções da cidade, tudo ainda estava bem silencioso. As enfermeiras e Chanceys já trabalhavam animadamente em seus compromissos, porém silenciosamente para não despertar os pequenos seres que ali eram abrigados para receber os cuidados veterinários necessários. Em seu quarto, May guardava seus últimos pertences para seguir sua jornada. Juliana já havia despertado e a cama que ocupara estava vazia, por isso a garota sabia que devia andar depressa para não levar uma bronca de Brendan.
                    Dando uma ultima olhada no quarto de paredes brancas que habitara nos últimos dias, a garota deu uma profunda respirada e se dirigiu ao refeitório para tomar a última refeição antes de tomar a rota para a próxima cidade. Depois do nascimento do Ralts, o grupo ficara ali por mais três dias para que o filhote recebesse cuidados médicos adequados e pudesse ser liberado sem qualquer risco a sua saúde. Aquilo fora proposto por May e os outros dois concordaram sem questionar, para o alívio da mesma e da enfermeira Joy. Na noite anterior, ela havia dado alta para o pokémon e os três optaram por partir imediatamente no dia seguinte. O centro pokémon era confortável e fornecia tudo o que eles desejavam, mas para três adolescentes era um espaço limitado em vista do que ainda estavam por conhecer, até mesmo Brendan já estava enjoado daquele lugar.
                    Entrando no refeitório, a garota viu Juliana sentada em uma das mesas com uma cara de sono que parecia que a mesma ia cochilar em cima da mesma. Em sua frente, uma xícara de café e um bolo de milho eram ingeridos vagarosamente pela negra. May serviu-se e se aproximou da amiga.
                    - Bom dia, Ju – Cumprimentou. Ao ouvi-la, a amiga levantou o olhar e sorriu.
                    - Bom dia, flor do dia – Bocejou – Detesto acordar cedo.
                    - Eu também, mas acho que é melhor para não termos que enfrentar ruas lotadas ao sair da cidade – Disse May bebendo um copo do suco de laranja – Falando nisso, onde está Brendan?
                    - Não faço a mínima ideia, geralmente o Sr. Mau humor é o primeiro a se levantar – Respondeu, levantando os olhos e olhando ao redor.
    Dois segundos depois, o adolescente entra na sala com a pior cara que ela acreditava ser humanamente possível fazer. Pegou qualquer coisa aleatoriamente da mesa de café e se dirigiu a elas. May o olhou com uma sobrancelha levantada em um olhar questionador e deu um pequeno sorriso, vendo que ali estava uma oportunidade para se aproveitar.
                    – Você está atrasado – Acusou ela.
                      Cale a boca  – Respondeu o mesmo rispidamente.
                    – Como podemos chegar a algum lugar se você não se dignifica a chegar na hora?  - Provocou novamente e o amigo a olhou com uma cara feia. Sem conseguir conter-se, as duas meninas começaram a rir dele, fazendo o emburrar a cara ainda mais, porém apenas deu de ombros.
    Logo o café da manhã foi terminado e o grupo se levantou para seguir seu caminho. Desceram até a recepção onde estava a enfermeira e pegaram seus pokémons que receberam um último check up e deram uma última olhada no centro sabendo que, apesar de May precisar voltar para lutar por sua insígnia, demorariam algum tempo para estar ali novamente. Deram um ultimo cumprimento e agradecimento a enfermeira e saíram para a rua.
                    Como o grupo previu, ainda era muito cedo e não havia muito movimento por ali. Apenas algumas pessoas e alguns carros circulavam pelas ruas, coisa que não demoraria a mudar, pois em alguns minutos elas estariam cheias por aqueles que se dirigiam a seus empregos, escolas, faculdades ou que simplesmente tivessem algum compromisso na cidade. Por instrução da enfermeira, chegaram a um ponto de ônibus onde pegaram uma linha que se dirigia a saída da cidade – seria o caminho mais fácil se quisessem poupar algumas horas de caminhada.
    Durante o caminho, várias coisas se passavam na cabeça de May e uma delas, a mais preocupante, era o desafio que a aguardava na próxima cidade. Durante os dias que estivera em Petalburg, aproveitara para treinar ao máximo seus pokémons com os treinadores que encontrava, conseguindo vitórias na maioria das vezes. Era interessante a variedade de treinadores que encontrava pela cidade. A maioria, assim como ela, eram iniciantes que estavam apenas de passagem por ali; outros, mais experientes, se aventuravam a tentar conseguir uma insígnia do ginásio. De todos eles, apenas um havia conseguido, e foi com ele que se informou sobre o próximo ginásio.
    Roxanne era a líder do ginásio de Rustboro e dona da maior escola de treinadores da região. Apesar de muito simpática, era rígida com sua avaliação de treinadores, especialmente dos iniciantes. O que mais preocupava a garota entretanto, era a informação adicional que recebera do rapaz. A líder de ginásio usava pokémons do tipo pedra e nenhum dos seus pokémons possuía vantagem contra esse tipo. Pelo contrário, Dustox ainda sofria desvantagem, o que a fazia ficar ainda mais preocupada com o que estava por vir, ela sabia que devia treinar muito se quisesse ser capaz de derrotar a líder.
    Logo o trio chegou à última parada e ao fim da cidade e então começaram a caminhar rumo a próxima rota. Ao seu lado esquerdo, uma linda vista do oceano se erguia diante deles. O mar estava calmo e apenas algumas breves ondas de cristas brancas chegavam até as pequenas praias rochosas, espirrando água quando alcançavam sua barreira final.  A rota 104 era a mais longa que haviam percorrido até então e sem dúvidas a mais bela. Ela se iniciava em Petalburg, atravessando toda uma floresta até chegar a Rustboro, sendo que antes disso atravessava também um grande rio que percorria a região. A rota também era repleta de treinadores, especialmente de pokémons insetos que se deslumbravam com tudo o que podiam encontrar na floresta. Bem raramente, era possível até mesmo achar Beedrills e Combees, mesmo eles não pertencendo a fauna do continente.


    Durante algumas horas o grupo caminhou sem muitas preocupações, sendo que May recebeu o desafio de apenas 3 treinadores e derrotou a todos com facilidade. O bom humor era visto podia ser visto nos três, mesmo o menino escondendo com sua cara de poucos amigos habitual.  No meio do caminho, encontraram uma grande escada que descia em direção à praia e, como estava perto do almoço, optaram por descer para aproveitar a beleza e calmaria do local para se alimentarem.



    Desceram a longa rapidamente a longa escada e já próxima de seu fim, sentiram um delicioso cheiro de comida bem feita e instintivamente, apressaram o passo, chegando até uma bela fogueira com alguns peixes e legumes assando. O cheiro estava maravilhoso e os deixou com água na boca, mas infelizmente, aquela comida não lhes pertencia e deviam se contentar com os próprios sanduiches que haviam trago ou preparem algo sozinhos.
    – Olá! – Disse uma voz por trás deles e os três se assustaram – Haha! Me desculpem tê-los assustado. Meu nome é Simon!
    Eles se viraram e viram um rapaz de pele morena que aparentava ter por volta dos seus 20 anos. Vestia uma roupa típica de pescador nas cores marrom, branco e azul. Em sua cabeça, um boné totalmente branco protegia-o do sol, juntamente com óculos escuros que pareciam ser caros. Carregava apoiada no ombro direito uma longa vara de pescar e presa em seu cinto, havia uma rede com uma pokeball em seu interior. Parecia ser simpático e tanto os olhos verdes quanto seu sorriso aparentavam estar se divertindo com os três.

    – O-oi! – Começou May, incerta do que deveria falar – Me desculpe, senhor. Só estávamos olhando, não mexemos em sua comida.
    – Haha! Eu vi, não se preocupem! – Rodeou-os e sentou em uma das grandes pedras que nomeavam a fogueira e depois olhou-os com uma feição curiosa – São treinadores?
    – Sim, senhor – Respondeu ela.
    – Não precisa me chamar de senhor. Relaxem e sentem-se! – Fez um gesto para outras pedras – Eu também sou treinador, meu nome é Simmon. Normalmente eu os desafiaria para uma batalha, mas meu pokémon acabou de lutar contra outro que eu pesquei, então está um pouco cansado.
    – Nunca vi alguém pescar um pokémon! – Comentou Juliana. Seu continente de origem era bem frio e, além disso, morava longe do mar. Não vira muitos pescadores em sua vida.
    – A maioria das pessoas não tem muito interesse, mas dá pra encontrar criaturas mais incríveis do que se espera nas profundezas. Afinal, todas as vidas vieram da água – Ele retirou os espetos de comida da fogueira – Como não posso oferecer-lhes uma batalha, oferecerei uma refeição. Não são muitos os treinadores que descem até essa parte da praia, eles tem se tornado meio preguiçosos – Riu de seu próprio comentário.
    Os estômagos dos três roncaram e eles aceitaram prontamente a refeição, que estava deliciosa. A carne dos peixes estava macia e derretia na boca e os legumes doces com um leve gosto de defumado. Durante a refeição, o grupo conversou sobre assuntos banais, até Brendan se pronunciou algumas vezes. O clima fresco e agradável favorecia isso e estar longe da agitação da cidade grande era um alívio para todos, pois era algo a que nenhum deles estava acostumado.
    Um calafrio de repente percorreu a espinha de May e ela olhou para o oceano. Não havia nenhuma nuvem grande ou escura a vista e mesmo assim uma profunda certeza veio na mente da menina, uma tempestade estava por vir. Ela levantou-se tão abruptamente que chegou se sentir tonta.
    – Precisamos ir! – Disse alto.
    – Tá louca? Tinha pimenta no seu peixe? – Perguntou Brendan surpeso.
    – Vem vindo uma tempestade! – Ela afirmou com uma certeza que fez os três olharem ao redor procurando nuvens.
    – Não liguem pra ela, deve ser insolação – Debochou o menino, mas ela não lhe deu atenção. Ainda olhava para o mar com uma feição nervosa.
    – Mas quase não tem nuvem no céu, May – Falou Juliana, ainda olhando da amiga para o céu.  Simmon, que olhava a garota sem falar nada, levantou-se e pegou suas coisas.
    – Bem, se tem uma coisa que aprendi com todos os meus anos na beira do mar foi a sempre confiar em meus instintos. De qualquer modo, eu preciso ir para casa. Foi um grande prazer comer com vocês e obrigado pela companhia, passem aqui de novo para me visitarem.
    Os três se levantaram e despediram-se do pescador. Brendan estava de má vontade e acusou a amiga de espantar as pessoas com a loucura dela, coisa que dessa vez foi retribuída com uma cara feia. Simmon riu dos três novamente.
    – Se vocês acham mesmo que está vindo uma tempestade, continuem andando pela praia. Sei que vai parecer estranho, mas é o caminho mais rápido e seguro para chegar até a floresta. No final dela encontrarão outra escadaria como essa que os levará a casa de um grande amigo meu. Ele com certeza os darão abrigo.
    – Muito obrigada pela gentileza, Simmon – Agradeceu Juliana vendo que os outros dois ainda estavam se encarando de forma feia. Quando o rapaz mais velho saiu, ela gritou – Vocês dois, deem um tempo ai!
    Eles então seguiram seu caminho, mas uma faísca estava acessa entre os dois que pareciam que iam se atracar a qualquer minuto. O clima agradável de alguns minutos antes havia sumido. Andaram por algum tempo sem falar nada até que repentinamente uma forte ventania vinda do oceano atingiu-os arrancando a bandana de May que teve que praticamente saltar para que a mesma não fosse levada. Ao olharem no horizonte, grande surpresa tiveram ao ver que imensas nuvens negras, que antes não estavam ali, cobrirem o céu a distância.
    – Eu disse que vinha uma chuva – Falou a garota, convencida, porém ainda preocupada com o temporal que se aproximava.
    – Certeza que você atraiu ela com essa boca amaldiçoada...
    – Precisamos andar depressa, não acho que ela vai demorar muito para nos atingir – Interrompeu a negra querendo encerrar a discussão antes que começasse.
    Eles apressaram o passo, porém parecia que nada no cenário em terra mudava. Quilômetros e mais quilômetros de areia branca de praia se alterava. No oceano, porém, assim como no céu, o cenário era diferente. As ondas agitavam-se cada vez mais, como se estivessem furiosas com alguma ofensa cometida pelo continente. No céu, o cenário não era diferente, nuvens negras eram trazidas por um vento implacável cuja força levantava grande quantidade de areia na direção nos adolescentes que levantavam os braços para proteger os rostos. Uma pequena garoa já se iniciava.
    – Olhem lá – Apontou Brendan – Olhem escada que o pescador mostrou – A chuva agora começa a engrossar, logo estariam ensopados. Na frente deles, uma enorme escadaria podia ser vista. Era muito semelhante à anterior, porém essa parecia ser um pouco menor, para a felicidade deles.
    – Precisamos correr ou não vamos conseguir subir – Gritou a negra.
    O três então começaram a correr pela areia, que já começava a ficar úmida demais e um tanto perigosa. Por sorte, nenhum deles caiu. A escada também era um trajeto arriscado, seria difícil saber como eles conseguiram sem se machucar ou cair em meio a toda água derramada pelo céu. Um temporal não era lugar para crianças, um temporal a beira mar em uma subida íngreme menos ainda. Estavam ofegantes e trêmulos de exaustão quando chegaram ao topo, mas a água que molhava seus corpos logo esfriaria seus corpos e faria com que aqueles tremores fossem de frio.
    A casinha do tal senhor falado por Simmon estava a algumas centenas de metros, em um lugar aparentemente bem mais seguro do que onde estavam. Não era uma casa grande, porém possuía um aspecto aconchegante. Era construída com madeira de qualidade e pintada na cor amarela. As portas e janelas eram brancas, assim como a pequena cerca que rodeava um pequeno deck com duas cadeiras de balanço e uma mesa com guarda sol. Eles correram até lá e bateram na porta, chamaram por alguém, mas a casa parecia estar vazia.


    – Não dá pra gente ficar assim – Disse May completamente encharcada e levou a mão à maçaneta, assustando-se quando a porta se abriu com facilidade – Está aberta! Mas não podemos invadir a casa dos outros...
    – VOCÊ QUER FICAR NA CHUVA? Entra logo, merda! – Disse e tomou a dianteira, empurrando a porta para que pudessem se abrigar. Nenhuma das duas quis argumentar, estavam ensopadas.
    Por dentro, a casa era bem simples. Não haviam muitos móveis, porém tudo estava em seu devido lugar. O mesmo tom de amarelo do exterior também cobria as paredes internas. Pela porta entraram numa sala de estar que era conjugada com cozinha e sala de jantar. Lateralmente, um corredor aparentemente dava para os quartos e o banheiro. A casa não parecia estar abandonada e o fato da porta estar aberta os fazia refletir se acabariam sendo levado pela polícia por invasão de domicílio.
    – Bem acho que não temos muitas alternativas, tirando evoluir rapidamente para criaturas aquáticas – Comentou Juliana olhando ao redor.
                    – Eu estou cansada demais até pra isso. Vamos ver se tem algum banheiro pra tirarmos essas roupas molhadas – Caminhou pela casa em busca de um banheiro.
     Enquanto andava, observou o ambiente. Especialmente as fotografias penduradas na parede. Algumas eram um bastante antigas. A maioria retratava a imagem de um casal muito bonito. Homem e mulher tinham peles morenas e cabelos escuros, sendo o da mulher negro como a noite. Algumas pareciam até mesmo terem sido tiradas fora do continente, em meio a neve ou em frente à uma linda torre que a garota sabia estar no continente de Kalos. Conforme ela foi andando e observando, a qualidade das imagens melhorava, porém o casal estava envelhecendo. Em uma das últimas, a mulher com todos os cabelos já brancos segurava um ovo pokémon com um grande sorriso. Na próxima, o casal estava sentado na mesma varanda onde eles estiveram com um pequeno e fofo Wingull no colo da mulher, o rosto dela estava bem emagrecido, mas o sorriso permanecia belo, principalmente com o beijo na bochecha que ganhara do marido. Na ultima foto, havia apenas homem e pokémon, estando o pássaro no ombro deste, os dois pareciam sorrir, mas nem de longe parecia ser tão alegre quanto na foto anterior.
    Juliana também olhava o mesmo que ela e quando se olharam, ela deu um sorrisinho sem graça e um pouco triste. Aquela casa já havia sido palco de boas lembranças e de muitos momentos de felicidade, porém também havia testemunhado a dor da perda.
    ***
                    A tempestade não abrandava do lado de fora. Fortes pancadas de chuva atingiam o teto e o vento lutava com a parede para ver quem conquistaria o título de resistência. A casa, porém, era muito mais forte do que se imaginava, sobrevivera a muitas tempestades e não seria aquela que a derrubaria. Sua força fora construída durante anos e a madeira estava marcada pelo sentimento de dois jovens apaixonados que construíram sozinhos sua primeira residência. Sem dúvidas aquele lugar ainda se manteria de pé por décadas.
                    Os três estavam sentados na sala após terem se trocado e comido um ensopado feito por Juliana. Ainda não havia sinais do morador da casa e eles optaram por se abrigarem em seus sacos de dormir ali mesmo na sala para que o mesmo não os achasse desrespeitosos.
                    – Eu odeio dormir com os cabelos molhados. No outro dia eles acordam um fuá – Disse May passando a mão pelos cabelos castanhos que secavam aos poucos após a chuva.
                    – Eu também, nem me fale – Foi a vez de Juliana.
                    – Queria estar em casa, na minha cama – O moreno resmungou.
                    – Ah, para com isso. Cadê o animo da viagem?
                    – Foi apagado, levado e carregado com a chuva. Se é que um dia existiu – Ele deitou de costas para as meninas.
                    – Vou fazer ele voltar com uma música – A negra já se animou e pigarreou, preparando-se para cantar. May apenas sorria divertida com a conversa dos dois.
                    – Pelo amor de Arceus, poupe meus ouvidos... – Começou, tampando as orelhas com as mãos.
                    – O pé na estrada eu vou botar, que já tá na hora de iiirr... – Interrompeu a moça já cantarolando uma de suas músicas preferidas de um filme infantil.
                    O trio continuou falante durante mais algum tempo. Eles não perceberam, mas era a primeira de muitas noites que passavam sozinhos e juntos na estrada e, apesar das desavenças, aos poucos acostumavam-se com a presença um do outro. As mais fortes coisas do mundo as vezes são construídas aos poucos e a amizade é uma delas. Talvez em alguns anos, se ainda estiverem juntos, os três se lembrem desse momento e o deem a devida importância, mas por enquanto, basta para eles apenas aproveitarem o “quase agradável” momento em seus sacos de dormir. Afinal, a tempestade ainda rugia lá fora e muitas coisas ainda estavam por vir.



    { 14 comentários... read them below or Comment }

    1. Carol, desculpa só comentar agora. Mas pois bem, gostei muito do capítulo. Tivemos aqui umas coisas bem bacanas, como uma introdução indireta ao meu velho favorito de Hoenn, Briney.

      Gostei bastante dos pequenos detalhes, como o pescador Simmon e suas conversas, tal como gostei do fato de você introduzir o background do Briney por via da descrição de fotos, gostei muito.

      Bem, vou ler o próximo, então falou!

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      1. Oii Sir, desculpa a demora pra responder. Com essa correria de ano novo não to com tempo de quase nada.
        Eu tbm adoro aquele velhinho e seu pássaro marinheiro rs. Acho eles personagens interessantes demais.
        Fico muito feliz que tenha gostado do capítulo. Fiquei preocupada que ele não teve muita ação, por isso quis adicionar detalhes na narração para enriquecê-la.
        Muito obrigada pelo cometário e até a próxima!

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    2. Hello Carol, finamente atingi um cap 'novo' Tive que reler alguns para me situar na história pois não lembrava muito do que havia acontecido :/

      Muito bom o capitulo e meu lado de teorias esta apitando.

      Aqui vai:
      Essa tempestade apesar de ser comum em ilhas tropicais como hoenn é, eu acredito que esta em especifico não seja completamente Natural, na realidade acredito que esta sendo causada pelo pokemon lendario Kyrogre e que por algum motivo May tem uma conexão com ele e percebeu sua aproximação, é claro que ela apenas interpretou a chegada da baleia com apenas uma tempestade pois ainda não conhece essa ligação com o pokemon.

      Bem isto é apenas uma teoria, podia ser só uma tempestade e a pequena tenha apenas uma forte sensibilidade com mudanças sutis no clima kkkk

      Ansioso para ler mais capítulos

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      1. huehuehue como será que a May sentiu a tempestade? Não posso revelar nada ainda, mas vamos ver qual teoria irá ser a certa no final. Lembrando que Hoenn é uma região de verão e May morou perto da praia a vida toda rsrsrs

        Até mais, Anan!

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    3. AaaaaaAaaaaAaaa amei o Simmon, aaAaAAAaAAAA, personagem perfeito, sem defeito algum, coerência, coesão,A-DO-REI, Simmon é tudo para mim ♥♥♥
      Eu gostei deste capítulo de transição e olha que são os capítulos mais difíceis de escrever na minha opinião, acho que se formos parar para ver esse capítulo serviu para introduzir de certa forma Briney e Peeko, sua Wingull, além da esposa de Briney que eu sinto que está falecida???
      Capítulo perfeitíssimo, já vou correndo para o próximo.

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      1. Todo mundo ama o Simmon, seria uma pena se fosse um personagens aleatório que eu tenha criado só pra encher um espaço, não é mesmo?
        Tá, parei.
        Esse capítulo demorou anos pra sair, então realmente foi difícil kkkk E pensar que a fic ficou parada tanto tempo antes dele e agora já estamos no capítulo vinte. Isso me deixa muito feliz. De certa forma, aproveitei ele exatamente para isso mesmo, mudar o ambiente que tinha sido tão conturbado no capítulo anterior para deixar as coisas mais amenas nesse e provocar o caos no próximo novamente.
        Obrigada pelo elogio, Leucro!
        Até a próxima!

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    4. Oie Carol :3
      Tudo bom?

      CHEGUEI NO CAPÍTULO 10 YAY

      Gostei do capítulo, mó climinha de praia, TODO ANIME PRECISA DE UM EPISÓDIO DE PRAIA, QUERO CAPÍTULO SLICE OF LIFE DE PRAIA HAUAHAUAHAUAHAUSHAUA

      A May dá predict em tempestades...A MENINA É FILHA DE KYOGRE, OU TÁ LIGADA, CTZ DEMAIS
      Interessante pensar que se ela realmente tem uma ligação com o titã dos mares quem teria com o Groudon, será que o Brendan vai dar predict em terremotos no futuro?

      Gostei mt da cena olhando os quadros do casal, foi uma cena mó simples mas real me tocou, a vida inteira deles passando tão rápido nos olhos da May, e no final o velhinho sozinho. A vida passa tão rápido não é msm? Isso me deixa triste.

      E MDS COMO EU ACHO FOFINHAS A MAY E A JU ELAS SE OLHANDO E SORRINDO SEM GRAÇA

      Acho que é isto, gostei mt do capítulo, e releve qualquer falta de sentido dá minha parte pq eu não faço sentido depois de meia noite.

      See Ya

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      1. AEEEE AGORA MAIS 1 ANO ATÉ O CAP 20 (nem ouse)
        Todo mundo precisa de um capítulozinho de praia pra relaxar, pena que nem isso os jovi sabem fazer direito pq já atrairam chuva.
        Será que ela tem ligação com ele mesmo? Ela pode ser apenas sensitiva huehue. Olha, não sei se o Brendan tem capacidade pra isso, mas se ele tiver é uma boa ideia.
        Eu usei esse cap mesmo pra fazer essa transição tranquila e dar esse foco no Briney antes do momento em que ele realmente aparecerá e brilhará.
        May e Ju:A VOCÊS: CASAL PERFEITO DE TODA A VIDA JÁ SHIPPO. E o pior é que acabam me fazendo shippar tbm huehuehue
        Obrigada pelo comentário, Grovy! Desculpa a demora para responder.

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    5. Yooo Carol

      Finalmente completei minha primeira dezena em Hoenn, que venham muitas outras.
      Depois de tantos capítulos conturbados e agitados, finalmente um que tenha um ritmo mais calmo. Ou quase né? CHOVEU PA CARALHO

      Muito legal ver uma certa importância com o NPC do pescador, geralmente eles são os ignorados haushuashuauh Mas foi um momento divertido e prazeroso até a mãe Dinah, May, falar que vai chover. Será que isso tem haver com alguma coisa sobrenatural dela? Ou alguma ligação com os lendários de Hoenn? Hmmmmm

      Mesmo assim, choveu demais aaaaaaaaaaaa Corre negada, cuidado com a gripe. Devo admitir que a casinha me lembrou Up, principalmente por causa das fotinhas. AQUELE MALDITO COMEÇO DE FILME QUE FAZ A GENTE CHORAR!

      Espero que o dono do imóvel não pistole muito com os novos hospedes hasuahusuashua Quero conhecer a figura. Parabéns pelo capítulo, Carol

      See ya

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      1. Aeeee, essa primeira dezena escrita a anos atrás kkkk Tomara que eu tenha evoluído dessa épica pra cá. Eu simplesmente NÃO CONSIGO fazer meus personagens terem um dia calmo AAAAA. Pensando por um lado, eles ficaram 2 ou 3 dias no centro, então tiveram tempo de paz o suficiente.
        Simmon melhor pessoa, mas a May tinha q estragar o rolê anunciando essa chova. PORRA MAY! Será que ela tem ligação com os lendários ou apenas um sexto sentido avançado? Quem sabe...
        Eu sou uma pessoa muito triste quando vejo o início daquele filme, embora tenha uma leve influência dele nos capítulos mais atuais. Mas o Briney é tão bonzinho, tadinho. Não acredito que ele iria pistolar com ninguém kkk.
        Obrigada pelo comentário. Star! Fico feliz que tenha gostado do capítulo. Até o próximo!

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    6. Nada melhor pra fazer em madrugada de quarentena, bora seguir me colocando em dia por aqui.

      May farejando tempestade é uma coisa intrigante, ainda mais com a pontinha deixada no capítulo anterior. To gostando desse cheiro de Kyogre; segunda melhor baleia aquática gigante de Hoenn.

      Achei o último parágrafo especialmente bom, que você se permitiu quebrar do roteiro, assumir um eu-narrativo próprio, brincar com o formato das coisas. Sempre bom tornar a prosa mais nossa.

      Mas senti o capítulo razoavelmente formulaico, preso no que o jogo impõe que exista nele. Talvez eu sinta isso por ter jogado esse jogo muito mais do que devia, kkkkkkkkkkk, mas as vezes parece difícil ver sua entre o esqueleto obrigatório, e a sua voz é a parte mais intrigante da história.

      Mas hey, anos de hiato, sempre tem que dar uma alongada nesses músculos narrativos mesmo.

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      1. Kyogre melhor lendário. Baleias gigantes humilham fodase. Que bom que você está gostando, ainda tem muita coisa pra acontecer por aqui com participação dos lendários também.
        Eu quase não me coloco muito na narrativa, nem percebi tanto que havia feito quando escrevi esse capítulo, interessante ver que você notou isso kkkkk Tentarei fazer mais vezes quando o momento for propício.
        Pois é, eu fiquei com muita dúvida ao escrever esse capítulo, se ele deveria acontecer ou não e se eu já deveria ter colocado eles direto na floresta. Mas eu ainda queria fazer alguma interação entre o grupo e essa passagem deles pela casa do Briney para introduzir o personagem. Tirando isso, ainda tem o fato de que ele contribuiu pra trabalhar com uma escrita extremamente enferrujada.
        Enfim, muito obrigada pelo comentário Ex.
        Te vejo nos próximos!

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