• quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

    Especial – Minha pequena May
                    Ela olhava pela varanda de seu apartamento. Era sem dúvida uma das mulheres mais bonitas de toda Hoenn. Os cabelos castanho-acobreados dançavam com o toque do vento e os olhos azuis quase se misturavam com a tonalidade do céu. Vestia um leve vestido branco que deixava bem perceptível a barriga de cinco meses, sobre a qual a mulher mantinha a mão em uma constante carícia. Sentia-se realizada, agora todos podiam ver que ela já não andava sozinha.
                    Logo o barulho de chaves destrancando a porta fez-se ouvir e ela virou-se, sorrindo ao ver o marido entrar no aposento. Assim que a viu, o homem também sorriu, encantado pela beleza da mulher em sua frente, James Primrose se sentia o homem mais sortudo do mundo, ainda não acreditava que ela havia aceitado se casar com ele.
                    - Está pronta, querida? – Perguntou enquanto se aproximava e dava-lhe um suave beijo nos lábios, todo o cansaço do trabalho do dia sumira de seu rosto.
                    - Estou sim – Respondeu sorrindo enquanto levantava-se – O bebê esteve agitado a manhã inteira. Mal deixou a mamãe se concentrar no trabalho, não é, meu amor? – A última parte foi dirigida à barriga a qual acariciava.
                    - Se você cantou pra ele não o culpo – Observou ele e em seguida abaixou-se e imitou uma voz infantil - A mamãe tem a voz mais linda do mundo não é, papai? – Dayene riu e deu um leve tapa no ombro do marido.
                    - Bobo! Sabe que eu canto mal pra caramba!
                    - Ai! – Reclamou, fingindo uma face magoada – Não me culpe se acho tudo o que você faz perfeito – Continuou, fazendo-a dar um sorriso - Apesar de achar que umas aulas de canto poderiam ajudar.
                    Ela fechou a cara e deu-lhe um tapa mais forte que o anterior. Em seguida, foi até a mesa da sala e pegou sua bolsa e conferindo se tudo o que precisava estava ali. Logo sentiu os braços do marido ao seu redor e sua respiração acariciando-lhe suavemente o pescoço causando-lhe arrepios. Seu corpo inteiro parecia exultante ao simples toque dele.
                    - Você é a melhor mulher do mundo. Toda vez que te escuto pronunciar meu nome sinto que o mundo inteiro revira pela sensação de borboletas em meu estômago. Acredite, sua voz para mim é como o cantar de mil anjos, não poderia ser mais perfeita – Dayane sentiu que seu coração iria saltar do peito com aquelas palavras, seu marido às vezes tinha o dom de deixá-la muda. Sempre fora assim, desde que começaram a viajar juntos pela primeira vez, por isso, ela sabia que não precisava dizer nada e apenas virar-se e tocar-lhe os lábios com os seus para dizer que sentia a mesma coisa por ele.
                    James retribuiu o beijo e, naquele instante, o mundo foi novamente só deles. Lembrou-se naquele fim de tarde na praia de Slateport, quando ele era apenas um jovem inseguro que se declarava para a sua melhor amiga, por quem era apaixonado há muito tempo. De como ali mesmo ela dissera que também estava apaixonada e do primeiro beijo de ambos. Naquele dia ele tivera certeza, aquele sempre seria o melhor dia da sua vida. A ruiva afastou vagarosamente se rosto do dele e escorou a cabeça em seu ombro.
                    - Amor, por mais que eu goste de estar aqui, temos que ir logo ou perderemos o horário da consulta – Disse ela com a respiração afetada. Aquilo finalmente despertou-o.
                    - Santo Arceus, a consulta! Me esqueci da consulta! – Ele levou a mão aos cabelos e a mulher riu.
                    - Calma querido, ainda estamos no horário, mas precisamos ir logo – Isso pareceu acalmá-lo um pouco.
                    - Isso, isso, sim. No horário – Pegou a carteira e as chaves do carro que deixara sobre a mesa e a bolsa da esposa que revirou os olhos, ele nunca a deixava carregar peso, por menor que fosse. Segurou sua mão carinhosamente enquanto a puxava para a porta. De repente, parou como se tivesse lembrado subitamente de algo e logo depois virou-se para roubar dela um rápido beijo – Para dar sorte.
                    Dayane riu e balançou a cabeça negativamente.
                    - Esperanças de que seja menino ou menina? – Perguntou animada.
                    - Na verdade, estou mais desejando que tenha todos os dedos das mãos e pés. Dois olhos, um nariz e uma boca e que estes estejam no lugar certo. O resto pra mim está ótimo.
                    Andaram rumo ao elevador e apertaram o botão do térreo, ambos em silêncio desfrutando da companhia um do outro. O elevador se abriu poucos segundos depois no andar desejado e se dirigiram ao carro.
                    - Mas se eu pudesse dar um chute, diria que é uma menina. Mamãe dizia que a barriga dos meninos é mais pontuda – Falou fazendo a mulher rir alto.
                    - Só vamos torcer para que ele ou ela esteja de boa vontade e nos deixe ver dessa vez – Comentou sorrindo.
                    Dirigir pelas ruas naquele horário era relativamente tranqüilo, o clima estava fresco e o transito não muito conturbado. Além disso, a clínica era próxima, apenas 10 minutos de carro de sua casa. Assim que viu as paredes marrons e os vidros escuros da fachada do lugar, ela se remexeu no lugar, ansiosa. Queria muito poder ver imagens de seu bebê, ouvir seu coraçãozinho apressado dizendo o quanto estava vivo e saudável e, é claro, saber se teria em seus braços um garotinho agitado ou uma garotinha meiga.



                    O carro foi estacionado no estacionamento exclusivo na frente da clínica e logo o homem já estava do outro lado para ajudá-la a sair do veículo, não que ela precisasse, é claro. Aquelas atitudes a faziam revirar os olhos, mas se o marido sentia-se melhor com aquilo, não se importava em deixá-lo fingir que era importante vez ou outra.
                    A recepção estava vazia, exceto pela recepcionista que digitava algo em seu computador. O balcão feito de madeira com tonalidades de marrom claro com o nome da consultório na parede de fundo. A esquerda, haviam dois grandes sofás marrom escuro e duas poltronas de estofado bege. Algumas pequenas plantas se distribuíam pelo local e na parede, havia uma televisão de plasma reproduzindo a novela da tarde.
                    A mulher se dirigiu a recepcionista, que se chamava Ângela, para confirmar seu horário e pagar a consulta e então sentou-se, esperando ser chamada, o que, segundo a outra, aconteceria em poucos segundos. Pegou uma revista qualquer para ler enquanto James digitava algo em seu celular, parecia ser um assunto importante e provavelmente relacionado ao trabalho, por isso, ela não o incomodou.
                    Ouviu então um barulho no corredor ao lado da recepção e logo uma mulher acompanhada do marido apareceu por lá, sorrindo com um envelope na mão. Ambos possuíam mais de quarenta e aparentavam uma felicidade que emanava pelo local. Ângela perguntou como havia sido e a senhora, sem nunca deixar de sorrir, disse que estava grávida sim e que não era apenas um bebê, mas gêmeos. Dayane se perguntou como seria se ela também estivesse grávida de gêmeos, James ficaria feliz, mas com certeza surtaria por algum tempo.
                    O telefone da recepção tocou, fazendo-a sobressaltar-se e logo ouviu seu nome ser chamado, juntamente com a orientação entrar na primeira porta a esquerda do corredor e assim ela o fez, acompanhada por James. A médica já esperava por eles, era uma bela moça loira de olhos verdes. Seu nome era Jennifer e havia sido colega de sala de Dayane. As duas sempre foram muito amigas, mas acabaram se afastando um pouco quando a ruiva decidiu sair em jornada.
                    Algumas perguntas básicas sobre a gestação foram feitas, apenas para seguir o protocolo de maneira adequada, visto que a médica já conhecia todos os mínimos detalhes da gravidez, foi a primeira pessoa a quem Dayane procurara quando seu teste deu positivo. A seguir, ela apontou para a cadeira aonde seria feito o ultrassom. A ruiva sentou-se e levantou o vestido para expor a barriga, não sem corar diante do olhar de ambos que a encaravam. Jenny cobriu seu quadril com um lençol qualquer e aplicou-lhe o gel frio sobre a barriga, observando a ruiva estremecer ao contato.
                    - Alguma expectativa com relação ao sexo? – Perguntou para o casal. Ambos sorriram e negaram.
                    - Não, mas ele acha que é uma menina. Disse que minha barriga não está pontuda o suficiente – A resposta foi acompanhada de um riso suave. A médica sorriu.
                    - Eu também acho que é uma menina, mas vamos ver o que dizem as imagens – Disse enquanto pressionava o aparelho de obtenção de imagem na barriga da gestante – Já pensaram nos nomes?
                    - Mais ou menos. Temos uma idéia, mas ainda não é nada definitivo. Pensamos em May se for uma menina e December, caso seja menino – Dessa vez, foi James que respondeu. Os nomes foram idéia dele, mas ela os adorara. May, o mês de maio, foi quando deram seu primeiro beijo e December ou dezembro, o que se casaram. Não poderiam criar mais nada que combinasse tanto com eles.
                    - São nomes bonitos – Comentou sem olhar para James e mexeu  no aparelho mais alguns segundos até obter a imagem que desejava – Aqui está! Já podemos ver o seu bebê – Apontou para a tela e ligou o aparelho de som e logo os batimentos apressados do bebê preencheram a sala. Dayane não pôde deixar de se emocionar.
                    Algumas medidas foram feitas para avaliar se o crescimento estava adequado. A médica não pode deixar de comentar o quando a criança estava agitada naquele dia.
                    - Bem, agora vamos a ultima dúvida: o sexo do bebê – Disse com um sorriso, era obvio que já sabia, mas queria fazer suspense para  os pais. Moveu o aparelho até focalizar a pelve – Estão vendo isso aqui? – Perguntou ela movendo o dedo por uma parte impressiva.
                    - Sim – Respondeu Dayane, incerta do que ela estava querendo lhe mostrar.
                    - Acho que o nome será May, afinal – Os olhos da ruiva encheram-se de lágrimas. May... Sua pequena May... É claro que ela já sabia, ela sempre soube. Seria parecida com James? Era o que desejava, mas se parecesse consigo também não se importaria. Por um instante desejou que os dias se transcorressem mais depressa e se transformasse em semanas e as semanas em meses, assim teria logo sua bebê nos braços.
                    - Eu falei – Disse James – Os ensinamentos de minha avó sempre dão certo.
                    - Sim, assim como você falou para a Caroline que o Brendan seria menina, não é? – Provocou a ruiva.
                    - Pequenos equívocos acontecem.
    ***
                    Chegando a seu apartamento após um pequeno lanche, a ruiva se dirigiu novamente até a varanda, onde se sentou para tomar um ar fresco natural e aproveitar o fim do dia, dali era possível ver o por do sol sobre o mar. Lilicove possuía uma das praias mais bonitas da região.
                    Ficou ali até o anoitecer, quando o vento frio começou a incomodar-lhe um pouco. James havia voltado ao trabalho, a empresa de pesquisa para tecnologias pokémon estava em seu auge, a cada dia eram descobertas coisas novas por isso precisavam de seus cientistas o máximo possível. A maioria das vezes ela sentia vontade de trabalhar, mas, por conta da gravidez, James e seu irmão (o dono da empresa) fizeram um complô para que ela trabalhasse o menos possível e em casa, o que a irritara profundamente.
                    Foi até a geladeira e pegou um pedaço de torta de morango que Archie havia mandado-lhe no dia anterior e que ainda não provara, comeu-a rapidamente, deliciando-se com cada pedaço. Lavou a louça em seguida e, sem ter o que fazer, se dirigiu ao quarto que até então permanecia fechado.
                    Era todo pintado em tons claros nas cores marrom, verde, branco e laranja - tons neutros, pois ainda não haviam descoberto o sexo. Compraram o apartamento assim que souberam que ela estava grávida e como o mesmo ainda precisava de algumas reformas, aproveitaram para montar logo o quarto do bebê. Todos os móveis brancos haviam sido escolhidos cuidadosamente, assim como todos os outros detalhes, sendo a maioria deles presente de amigos e colegas de trabalho.


                    De repente, sentiu o sono tomar seu corpo e se sentou em uma das poltronas do quarto. Normalmente não sentia sono naquela hora, mas sabia que o relógio biológico das gestantes as vezes eram desregulados. Pôs-se então a observar o berço até que, por fim, caiu no sono.
                    “Ela estava em um lugar escuro. Não via ou ouvia nada a não ser o som de sua própria respiração acelerada. Deu pequenos passos rumo a um lugar incerto. Chamou por James e depois por todas as pessoas que conhecia. Nada. Enquanto caminhava um cheiro horrível atingiu suas narinas, cheiro de podridão, de corpos em decomposição. Já havia se acostumado um pouco com a luz do lugar, no entanto, não viu algo que a fez tropeçar e ir ao chão. Ainda um pouco tonta, olhou para o objeto e viu um corpo ensangüentado aos seus pés. Tentou gritar, mas nada saia de sua garganta, como se houvessem arrancado suas cordas  vocais e por isso começou a correr.
                    A cada passo que dava, mais corpos pareciam surgir. Todos destroçados ou com ferimentos tão grandes que davam-lhe enjôo, as vezes ouvia algum gemido fraco, mas não sabia sua origem. Aos poucos sentia que o terreno aos seus pés ia mudando e se tornando um solo arenoso até que um som agudo a fez parar. Era um choro de bebê, um choro que parecia desesperado. Automaticamente levou as mãos à barriga, vazia.
                    - May... – Gemeu desesperada, onde estava sua filha? Correu para frente e os pés entraram em águas frias, no entanto, a mesma não parou. A cada passo que dava  na água, mais o choro parecia mais alto. Até que parou repentinamente e por algum motivo ela soube que aquele era o fim – May! May! – Começou a gritar desesperadamente.”
                    Demorou alguns segundo para perceber que estava em sua cama e que James estava ao seu lado. Aparentemente havia sido acordado bruscamente com seus gritos, ele devia tê-la levado para a cama.
                    - Querida? O que houve? Foi só um pesadelo. Está tudo bem – Disse ele segurando em seu braço, ainda meio grogue de sono.
                    - Não... Não – Gemeu, ela sabia que algo não estava bem. Um odor de ferrugem atingiu sua narina e ela procurou a fonte. Quando achou, sentiu que seu mundo inteiro desabava naquele instante. Uma mancha vermelha estava entre suas pernas, em grande parte do pijama e o lençol abaixo de si. Ela havia perdido muito sangue – James!
                    - Sim?

                    - P-precisamos ir para um hospital!  A May... A May está morrendo!




    { 8 comentários... read them below or Comment }

    1. Ok,isso explica algumas coisas...E sério,nem lembrava o nome do pai dela,ai você me vem com um cáp em que o pai e a mãe de May são os protagonistas!Isso sim foi surpreendente!Parabéns por nos mandar para o passado,no entanto,creio que no próximo estaremos DE VOLTA PARA O FUTURO!(1)

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      1. O pai e a mãe da May ainda terão papel bem marcante nessa história, principalmente por causa do passado que ainda afetará muito o futuro da protagonista. Teremos mais momentos como esses no decorrer da fanfic e espero continuar te surpreendendo.
        Obrigada pelo comentário ^^

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    2. WoW! Que especial (Do qual eu nem sabia ><, tá parei -q) incrivel!
      Foi bom ver um capitulo com o pai e a mãe da May, são protagonistas, a mãe da May é sem duvida um dos maiores mistérios dentro da fic, que espero talvez um reencontro breve entre as duas!
      E esse final? Será que a mãe dela desapareceu para salvar a filha? Ou talvez...May seria adotada? :O :o :O
      Acho que evitarei pensar tanto assim @--@
      Mas enfim , Carol, foi um bom especial, ótimo presente de ano novo kkkk
      Até o proximo capitulo o/

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      1. kkkkkkkkkkkk só esperando para saber o que vai acontecer Marco, ainda vamos ter muitos mistérios nessa história. Você vai se cansar de tanto pensar sobre eles rsrsrs Reencontro? Será que a May está pronta pra isso?
        Obrigada pelo comentário! Até o próximo capítulo!

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    3. Carol do céu!!!!!
      Que capítulo é esse, menina, ai minha Sankta Alina de Dva Stolba, o começo todo lindinho com os pais da May todo felizes querendo saber se seria menino ou menina, eles foram escolher nomes de meses, putz kkkkk, muitos pais pegam livros com nomes de bebês já eles foram lá e pegaram um calendário e escolheram o nome, kkk. Enfim amei essa parte.
      E o sonho, ai meus santos, foi incrível, deu pra sentir tudo que vc queria mostrar e esse cliffhanger no fim, meu senhor, eu quero mais Carol, me dê mais conteúdo com os pais da May!

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      1. Criatividade é o que mais temos por aqui, não é mesmo? kkkkk Mas não dá pra negar que seriam criativos os nomes.
        Esse sonho diz muita coisa, embora vocês ainda não sabem ou não tenham notado. Esse capítulo, embora seja um "especial" talvez seja um dos mais importantes da primeira temporada.
        Conteúdo com os pais da May? Em breve, meu querido. Em breve.

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    4. Último capítulo eu resmunguei pela falta de um sonho suculento com o Wally (costumo fazer isso bastante); mas olha só, que redenção mais imediata! O capítulo inteiro foi aconchegante, mas esse final joga dúvidas sobre tudo que conhecemos na história, abre tantas possibilidades. A saída óbvia é simplesmente nossa baby May ter sobrevivido, mas quem sabe, tantas opções interessantes.

      Em geral não sou o maior fã de flashbacks como ferramenta narrativa, mas acho que 0.5 no título enganou meu cérebro a ir de boas, e gostei do tom dele, kkkkkkkk.

      Os nomes fazem bastante sentido, e dar uma explicação pra May é ótimo, sempre é melhor quando um nome tem história por trás, uma explicação diegética além da obrigação a nós imposta pelo jogo.

      Como um extra, que serve pra dar um gostinho do que está por vir, cumpriu bem sua função.

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      1. Huehuehuehue Aprendam com a Carolcomo enganar as pessoas a lerem os capítulos de flashback. Não me lembro exatamente de como me senti ao escrevê-lo, só que me vinha a ideia na cabeça que era hora de começar a apresentar personagens importantes, mesmo que de maneira superficial, talvez vocês nem lembrem dele no futuro, mas servirá para deixar uma sementinha que se tornar árvore quando tudo vier a tona.
        Obrigada pelo comentário, Ex! É bom saber que a maioria das coisas tem lhe agradado até aqui.
        Abraços!

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