• domingo, 16 de dezembro de 2018



                    A manhã avançava conforme os adolescentes caminhavam pela estrada enlameada produzida pela chuva da noite anterior. O céu de um azul brilhante e com poucas nuvens em nada fazia lembrar a enorme tempestade que castigara aquela parte da região. Fazia um clima fresco e úmido, o que deixava o grupo a vontade para caminhar. Em algumas partes podiam ser vistos os resultados do temporal, galhos partidos, pequenas árvores arrancadas, enormes charcos de água em meio à mata e alguns até mesmo cortando a estrada, ficando difícil para os três atravessarem em alguns pontos.


                    A floresta de Petalburg se aproximava rapidamente, embora nenhum dos três estivesse ansioso para atravessá-la.  Pelo que sabiam, era uma das maiores cortadas por treinadores naquela região, perdendo apenas para a mata fechada ao redor de Fortree, porém era quase um labirinto criado pela natureza que fazia com que um grande número de treinadores iniciantes se perdesse. Além disso, possuía uma imensa fauna de pokémons insetos que vez ou outra atacavam os treinadores desavisados causando-lhes problemas, principalmente com envenenamento. No entanto, o grupo não tinha opção, aquele era o caminho mais rápido para chegar a Rustboro, onde May e Juliana enfrentariam seus primeiros ginásio e concurso, respectivamente. Pegar um barco em Petalburg também não era viável pelo preço que pagariam.
                    Logo estavam na entrada da floresta que não parecia ser nada convidativa. As árvores cresciam fechadas e a mata era densa. Musgo cobria as pedras e o tronco das árvores estava coberta por trepadeiras que pareciam lutar para sobreviver. Embora não fosse alto, era possível ouvir o barulho de Taillows por entre as árvores, além dos zumbidos produzidos pelos insetos, que eram soberanos por entre aquelas matas. Um Wurmple descia lentamente uma das árvores, tentando se ocultar o mais rápido possível.


                    – E-eu não quero entrar ai – Falou Juliana, já apavorada com a hipótese de entrar no meio daquelas árvores. Crescera próxima à floresta de Eterna em Sinnoh, mas isso não significava que chegava a apreciar o contato com pokémons insetos.
                    – A gente precisa entrar ou nunca chegaremos a Rustboro – Lamentou May.
                    – Podemos ir nadando! O mar provavelmente deve rodear a floresta, seria uma bela excursão marítima.
                    – Não seja tola! – Repreendeu Brendan – Vamos logo! Já vamos passar um dia e uma noite para atravessar essa floresta infeliz, não que quero ficar mais tempo aqui do que o necessário.
                    – M-mas... – Gaguejou ao ver que o rapaz já caminhava em direção a mata.
                    – Vamos Ju, vai ficar tudo bem... – May tentou tranquilizá-la segurando sua mão enquanto puxava-a para o caminho que deveriam tomar.
                    A contragosto, os três adentram a floresta. Como era de se esperar, insetos estavam por toda parte, hora no topo das árvores, hora sobrevoando os céus. Zigzagoons percorriam os arbustos apressados e ao se depararem como o grupo, escondiam-se rapidamente na mata. A floresta era fechada e parecia que passavam várias vezes pelo mesmo lugar. Por sorte, eles conseguiram um pequeno mapa que os ajudava a se guiar pelas trilhas. Brendan era quem o tentava desvendá-lo e as garotas permaneciam quietas, embora May tivesse sérias dúvidas se realmente estavam avançando.


                    Por volta de meio dia pararam para fazer um almoço leve e frio por entre as árvores. Não era a melhor refeição, mas não encontraram madeira para fazer uma fogueira. A maioria ainda era verde ou apodrecida, algumas ainda estavam úmidas demais para pegar fogo. A floresta mostrava constantemente sinais que fora atingida pela chuva, havia o constante cheio de terra molhada e, vez ou outra, precisavam pular alguma árvore velha que encerrara sua vida com a ventania e os relâmpagos. Além disso, o vento que às vezes tocava a copa das árvores fazia-nas derramar a água de suas folhas, atingindo os garotos com alguns respingos. Isso acontecera tantas vezes que eles sentiam suas roupas levemente úmidas.
                    A tarde passou aos poucos, mais vagarosamente do que queriam e logo estavam perto do anoitecer. Provavelmente ainda teriam que caminhar algumas horas no dia seguinte para conseguir chegar ao seu fim. Ainda estavam em mata densa, mas parecia que a pior parte do trajeto já havia passado.
                    – Eu acho que podíamos parar aqui e fazer uma fogueira – Disse May ao encontrarem um espaço um pouco mais aberto por entre as árvores – Não sei se encontraremos outro lugar mais adiante.
                    – Tanto faz – Respondeu Brendan já jogando a mochila no chão e sentando-se. Todos os três estavam exaustos.
                    – Pra mim... AAAAA – Começou Juliana, mas parou abruptamente ao pisar em um objeto redondo que rolou para frente, fazendo a perder o equilíbrio e cair. Os dois se assustaram e viraram-se para ela para ver o que havia acontecido, ao ver que ela apenas havia caído no chão, aparentaram estar mais tranquilos.
                    – Como diabos você caiu?
                    – Você está bem Ju? – Perguntou May preocupada com a amiga.
                    – Estou sim – Olhou para os pés procurando o que a derrubara – Ei! É uma pokeball! – Surpresa, ela pegou o objeto com a mão e, após se levantar com ajuda de May, observou-o melhor. Era uma pokebola comum e parecia ser até um pouco usada. A negra imaginou que deveria conter um pokémon em seu interior. A outra também aproximou-se para olhar melhor o objeto.
                    – Será que é de alguém?
                    – Quem mais seria tapado além de você para perder um Pokémon?
                    – Cala a boca, Brendan – Respondeu rispidamente – Bem, acho que a gente deveria ficar com ela por enquanto, caso o dono apareça. Se não aparecer, quando chegarmos à cidade pode deixá-la em um posto policial.
                    Eles fizeram um pequeno buraco e cobriram com pedras para fazer uma fogueira. Por sorte naquela parte da floresta havia alguma madeira que poderiam usar e que pegaria fogo com facilidade. Quando terminaram, estavam totalmente exaustos, mas ao menos sobre o fogo havia uma panela fumegando. O jantar ocorreu sem demais intercorrências e no fim os três estavam sentados e satisfeitos olhando os pequenos pedaços de céu que eram possíveis de se ver através da folhagem.
    ***
                    Já eram altas horas da madrugada e alguém do grupo ainda estava de olhos abertos, respirando apressadamente e remexendo-se em seu saco de dormir por sonhos intranquilos que andara tendo mais cedo. Era difícil para ela estar ali, não estava acostumada a presença constante de um grupo e ainda não sabia se aquilo lhe trazia tranquilidade ou não. No passado, sua família fora grande e barulhenta, mas fazia muito tempo que a menina andava sozinha. Com pensamentos correndo a mil, Juliana sentou-se observando os adolescentes que dormiam tranquilamente em seus sacos de dormir, sem se dar conta ou importar com os perigos que podiam correr naquele lugar.
                    Respirou fundo passando a mão pelo rosto e foi ai que ouviu ao longe e bem baixinho, o som que se assemelhava muito a água corrente. Ela levantou-se vagarosamente, tentando não fazer barulho e acordar os outros. Foi até sua bolsa onde pegou uma lanterna e liberou seu pequeno pokémon azulado, que olhou-a com uma cara de questionamento a respeito do porque estava sendo acordado naquela hora da noite.
                    – Nigel, você também está ouvindo barulho de água? Será que pode me levar até ela?
                    O pokémon olhou receoso para a escuridão das árvores ao redor, incerto se deveria mesmo deixar a segurança da fogueira e de um grupo de pessoas para se aventurar pela noite. Seus ouvidos eram extremamente sensíveis e ele podia ouvir e distinguir com clareza a localização da fonte de água, porém mesmo assim não sabia se deviam fazê-lo. O sussurrar dos insetos noturnos que vagavam pela noite também chegavam aos seus ouvidos. Ele olhou-a com uma cara de pânico, mas vendo que a garota não cedeu ao seu pedido silencioso, começou a andar com toda a velocidade que as patas curtas lhe permitiam.
                    A dupla caminhou durante alguns minutos e a negra pegou o pokémon no colo para que pudessem andar mais rápido, pedindo apenas que o mesmo apontasse a direção na qual deviam seguir. Logo chegaram ao seu objetivo, um pequeno regato que corria sinuosamente por entre as árvores da floresta, seguindo seu destino final em direção ao oceano. Ela aproximou-se dele e, colocando o pokémon no chão, ajoelhou e inclinou-se para água onde pode ver o reflexo de seu corpo tenso.
                    Deixou a lanterna de lado e pôs as mãos em concha na água, recolhendo uma boa quantidade e molhando o próprio rosto. Nigel se aproximou de sua treinadora e sentou-se em seu colo, procurando confortá-la e recebeu em troca um afago na cabeça. Aquela noite estava sendo difícil e Juliana não sabia o que deveria fazer.
    ***
                    Vários metros dali, no acampamento ainda silencioso, May despertava abruptamente. Se estivera tendo um pesadelo momentos antes ou se simplesmente seu instinto a despertara, nunca se lembrou. A clareira estava em absoluto silêncio e a fogueira quase reduzida a brasas estalava levemente, fazendo com que o lugar estivesse ainda mais tomado pela escuridão. No lado oposto, Brendan ressonava tranquilamente em seu saco de dormir. No entanto, em seu lado esquerdo, o lado de Juliana estava vazio. Seu saco de dormir estava ali, bem como sua mochila, mas não se via sinal da garota em parte alguma.
                    May mal teve tempo de raciocinar o que deveria ter afastado a amiga do local, quando uma agitação em seu lado direito atraiu seu olhar. Do meio das árvores, uma figura estranha surgia. Era um humano, disso não tinha dúvidas, porém seu corpo estava coberto da cabeça aos pés com uma roupa escura e uma capa da mesma cor. Seu rosto estava completamente tampado por uma máscara, bem como mãos e pés. O corpo da menina tremeu involuntariamente. Sob a luz da fogueira, aquela era uma criatura assustadora.
                    – Q-quem é você? – Perguntou a menina, assustada.
                    – Entregue seus pokémons – Falou a figura esquisita, ignorando a pergunta dela. A voz saia metalizada, parecia que a mascara possuía algum tipo de modificador de voz.
                    – É-é um ladrão! Brendan! – Gritou apavorada. O garoto acordou de supetão, custando a se livrar de seu saco de dormir no qual ficara enrolado. A essa altura, May também já tinha levantado.
                    – O que é? – Perguntou ele, mais assustado do que irritado. Ela apontou para a figura a direita deles.
                    – Quem diabos é você?
                    – Vou pedir somente mais uma vez, entreguem seus pokémons – O ladrão novamente ignorou a pergunta,
    Tranquilamente ele sacou uma pokeball e a lançou, de onde saiu uma criatura humanoide de aspecto poderoso. Era um pokémon magro, porém com músculos bastante desenvolvidos, principalmente os das pernas. Seu tronco, membros superiores e cabeça eram totalmente brancos, exceto pelas pernas e pelas estruturas no topo da cabeça que eram da cor rosa. Sua aparência, assim como a postura adotada, faziam-no lembrar um samurai ou mestre nas artes marciais. Aquele era um Medicham, um pokémon lutador natural das terras de Hoenn.


                        “É dito que através da meditação, Medicham aumenta a energia dentro de seu corpo e aguça seu sexto sentido. Este Pokémon esconde a sua presença fundindo-se com campos e montanhas.”


    May e Brendan reagiram por instinto e liberaram seus pokémons. Rapidamente Skitty, Dustox e Mudkip saíram para o campo. Apolo e Vulpix foram deixados em suas pokebolas, seus treinadores tinham consciência de que nenhum dos dois seriam capazes de enfrentar um pokémon daquele nível. A batalha seria de três contra um, seria injusto em uma batalha normal, mas essa a possibilidade de terem seus precisos companheiros roubados não os permitia se importar com isso.
    – Mudkip, use o Tackle – Comandou o garoto.
    – Espere Brendan...
    May não foi capaz de completar a frase a tempo de fazê-lo parar o movimento. Aquele não era um pokémon como os que já haviam visto. Não seriam capazes de derrotá-lo sem uma combinação precisa de movimentos. O treinador de Medicham nem se importou de comandar um golpe, seu pokémon moveu-se em uma velocidade surpreendente acertando o inimigo com um poderoso Thunder Punch. Mudkip mal sentiu o que o atingiu, sendo lançado alguns metros para trás já fora de combate. Restaram apenas os pokémons de May, que pareciam imobilizados diante da força do pokémon em sua frente.
    – Termine com isso – Ordenou o ladrão e seu pokémon foi na direção de Skitty, achando que ela seria a mais fácil de se derrubar. Por sorte a gata era ágil e conseguiu escapar, mesmo que com extrema dificuldade dos golpes do outro. Ele nem se preocupava em efetuar algum ataque. Sabia que com apenas algum de seus chutes o embate estaria acabado.
                    May tentava pensar em algum movimento com o qual pudesse comandar sua pokémon, mas parecia impossível conseguir fazer qualquer coisa além de se esquivar dos golpes aplicados pelo lutador. Skitty aos poucos se cansava enquanto ele mal aparentava sinais de exaustão. Por fim, o bípede atingiu seu objetivo, acertando um poderoso chute na gata que a lançou contra uma árvore e desaparecendo entre os arbustos ao cair. Após isso, virou-se para Dustox, mas sua treinadora foi mais rápida dessa vez, conseguindo comandar um ataque.
                    – Rápido, use o Confusion! – A mariposa efetuou o movimento e conseguiu parar o bípede. No entanto, por mais que o inseto se esforçasse, a diferença de níveis era absurdamente grande e logo ele conseguiria se soltar.
                    Porém, antes que Medicham vencesse o golpe de Dustox, um Icy Wind saiu de repente do meio da vegetação, acertando os pés do lutador que se viu preso ao chão, incapaz de ser soltar. Segundos depois Skitty saiu do meio do arbusto e correu na direção do lutador, mordendo uma de suas mãos e puxando-a para baixo numa tentativa de impedi-lo de se soltar.
                    – Livre-se dela – Ordenou o ladrão e o pokémon reuniu suas forças para aplicar um golpe com a outra mão, no entanto mais uma vez foi impedido, dessa vez por Mudkip que acordara e agarrava a outra. May estava impressionada, os pokémons sozinhos conseguiram trabalhar em conjunto e imobilizar seu agressor. Não sabia porém, quanto tempo duraria para que o mesmo se soltasse, pois os pequenos já demonstravam cansaço visível.
                    – Brendan... – Começou ela, mas o garoto interrompeu-a. Ele estava do lado da mochila de Juliana. A tensão fora tanta que ela se esqueceu de que o amigo também estava presente.
                    – Saia, seja lá quem for! – Ele lançou a pokeball achada por Juliana algumas horas antes. Era uma última e desesperada tentativa de conseguirem se livrar do inimigo. Nem sequer sabiam se o mesmo possuía outro pokémon.
                    Da pokeball saiu uma luz que se dirigiu imediatamente ao chão, tomando forma de um pequeno pokémon que parecia um cogumelo. Não deveria ter mais do que trinta centímetros de altura e sua pelagem era verde e bege, coisa que certamente o ajudava a se ocultar em meio às folhagens. O topo de sua cabeça assim como os pontos esverdeados deixava claro que aquela criatura era facilmente capaz de produzir esporos e causar diversos danos às criaturas ao seu redor. Aquele era um Shroomish, um pokémon pequeno e dócil, facilmente capaz de ser encontrado por aquelas bandas.


    “Shroomish vive em solo úmido nas profundezas escuras das florestas. Eles são frequentemente encontrados mantendo-se ainda sob folhas caídas. Este Pokémon se alimenta de uma mistura que é composta de folhas caídas e apodrecidas.”
                    May olhou o pokémon e imediatamente percebeu que aquela criatura, apesar de aparentar ser treinada, não seria capaz de provocar dano significativo no lutador a sua frente. Precisava de um plano rápido, porém a única ideia que vinha a sua mente naquele momento dificilmente teria sucesso. No entanto, a situação deles não permitia que ela tivesse tempo para pensar em outra coisa. Ela teria que tentar.
                    – Shroomish, use o Stun Spore e depois o Leech Seed. Dustox, use seu Gust para empurrar os esporos e as sementes para o Medicham – O cogumelo olhou para a garota, incerto se deveria obedecer alguém que não conhecia. Ele, porém, era um pokémon dócil e acostumado a viver em grupos, não teria problemas para seguir. Talvez com o tempo e com sua possível evolução, seu caráter e disciplina de lutador não aceitassem ser comandados por outros que se não seu treinador.
                    – Solte-se e livre-se desses pokémons agora! – Comandou o ladrão, finalmente parecendo alterar-se com algo feito pela dupla. Medicham, que já estava visivelmente irritado por ser contido, balançou com força os braços para frente, lançando os pokémons na direção de seus treinadores com tamanha força que os mesmos caíram para trás ao recebê-los.
                    Entretanto, apesar de ter se livrado da imobilização de seus inimigos, não conseguiu fugir a tempo de ser atingido pelos golpes ordenados por May. Os esporos tocaram sua pele e imediatamente provocaram uma reação adversa, paralisando seus músculos e as sementes criaram pequenas raízes que enroscaram ao seu redor, cobrindo totalmente o corpo do pokémon e imobilizando-o de uma maneira ainda mais eficaz.
                    Aquele era o momento que eles aguardavam, assim que viu que o lutador estava preso Dustox usou ainda mais de seus poderes psíquicos para contê-lo bem como seu treinador, mesmo que por mais alguns segundos. Brendan, entendendo a ideia da menina, recolheu rapidamente as mochilas dele e de Juliana, lançando-lhe a dela. Os sacos de dormir teriam de ser deixados para trás. Recolheram seus pokémons já fora de combate, bem como Shroomish. May gritou por sua mariposa assim que começaram a correr. Ele, que já estava cansado, apenas liberou o movimento e voou na maior velocidade que pôde atrás de sua treinadora. Eles não contavam com muito tempo.
                    Eles já haviam corrido por alguns minutos quando a menina parou repentinamente, Juliana não estava lá. Talvez houvesse saído para treinar ou simplesmente procurar por água, eles não sabiam. Com o medo e a pressa, eles simplesmente se esqueceram de sua presença, mas agora, ela estaria no meio da floresta sozinha, correndo o mesmo ou até mais risco do que eles. Não poderiam deixá-la para trás.
                    – Qual é o seu problema? – Brendan parou ao ver que a menina havia parado.
                    – Juliana! Não podemos deixá-la para trás! Ela não sabe do perigo que corre! – Os olhos do garoto arregalaram-se, mas ele fez uma expressão séria.
                    – A gente não pode fazer nada! Temos que correr e encontrar ajuda ou ir até um posto policial. stamos praticamente sem pokémons. Aquele ladrão vai acabar com a gente! – Argumentou ele com uma expressão irritada.
                    – Não importa! Precisamos ir procurá-la! É o certo a se fazer – Insistiu.
                    – Eu não vou! Não há nada que possamos fazer – O garoto negou fervorosamente. Era nítido que estava apavorado. Nunca sequer havia imaginado passar por uma situação daquelas.
                    – Brendan, não se abandona os amigos! – Ela diz com voz suplicante.
                    – Não estamos abandonando, só encontrando alguém que realmente possa ajudar! – May então entendeu. O garoto realmente não voltaria e ela teria de ir sozinha. Não havia outra opção.
                    – Pois então nos separamos aqui. Eu vou voltar – Disse ela com voz seca. Ao perceber a mudança de postura da amiga, o garoto também se fechou.
                    – Faça o que quiser – Ele colocou a mochila de Juliana que ainda carregava no chão e seguiu adiante, desaparecendo rapidamente na noite escura. May teve vontade de sentar-se no chão e chorar, mas não havia tempo. Não sabia se o ladrão ainda estava atrás deles, a qualquer minuto o mesmo poderia surgir por trás de uma moita escura.
                    Pegou a mochila deixada pelo garoto e a pôs em seu ombro e, vendo seu pokémon ainda fora da pokéball. Dirigiu-se a ele quase como se implorasse.
                    - Eu sei que você está muito cansado, mas preciso de sua ajuda. Você é um pokémon noturno e de florestas, pode tentar me guiar com segurança para podermos achar nossa amiga? – Dustox sorriu para sua treinadora e confirmou, voando ao seu redor e fazendo sinal para que ela o seguisse.
                    Eles andaram durante muito tempo, May percebeu que o pokémon estava tentando passar por um caminho diferente do que o que vieram. Às vezes desaparecia por alguns segundos, como se decidisse verificar o caminho a frente e logo voltava para onde ela estava, guiando-a pela escuridão. Ele sumiu novamente por mais alguns minutos e ela já estava ficando preocupada quando o pokémon volta e com graciosidade pousa em sua cabeça. Ela então ouviu a vegetação em sua frente rastejar e ficou tensa, preparando-se para fugir, mas logo viu que era sua amiga que surgia por entre as árvores.
    Ela carregava os sacos de dormir do grupo e seus olhos expressavam alívio ao ver a garota.
                    – May – Disse simplesmente, sendo recebida com um abraço da outra.
                    – Eu estava preocupada com você.
                    – O que aconteceu? Eu saí pra beber água e quando voltei vocês não estavam lá. Só  restava os sacos de dormir – Questionou a negra, mostrando os três objetos enrolados que trazia.
                    – Nós fomos atacados e fugimos. Eu voltei para encontrar você, podia estar correndo perigo – Explicou – Precisamos ir logo, estamos correndo perigo – Retirou uma das mochilas do ombro já dolorido e entregou à menina.
                    – Você voltou para me buscar? – Perguntou, sua voz demonstrava uma leve surpresa. May apenas deu de ombros.
                    – Não se abandona os amigos.
                    – Onde está Brendan? – Olhando ao redor, a negra não via o menino em parte alguma.
                    – Ele... Foi buscar ajuda – Disse May sem dar nenhuma explicação a mais e a outra também não exigiu que mais nada fosse dito. As duas então, assustadas e cansadas, seguiram correndo o jovem Dustox que as guiava pela floresta.
    ***
                    Brendan corria pela noite, os galhos das árvores batiam em seu rosto de modo que em poucos segundos, o mesmo já estava razoavelmente ferido. Tropeçou algumas vezes em raízes de árvores e caiu umas duas vezes. Sentia o diafragma doer à medida que corria e seus pulmões queimavam, no entanto, não possuía a intenção de parar. Uma raiva silenciosa estava em seu coração assim como leves resquícios de culpa, junto com lembranças de um passado que há muito tempo ele apagara de sua mente. Era uma mistura de sentimentos que o mesmo não discernia nada, apenas atinha-se a sensação de que deveria correr o máximo possível.
                    Vulpix corria na sua frente, mesmo odiando fazer esse tipo de coisa e sujar suas patas. A ordem de seu mestre não deveria ser ignorada de modo algum. Sua visão não era tão boa a noite, mas ainda assim era melhor do que a dele. Não entendia porque ele corria tanto, não entendia o que estava acontecendo, mas se ele a chamara era porque realmente precisava dela. Eles corriam tanto que mal perceberam quando adentraram outra clareira e nela encontrou outra pessoa. Um homem com aproximadamente 40 anos estava sendo acuado e tentava espantar com um pedaço de madeira uma Poochyena raivosa que atacava-o.
                    Brendan nem pensou no que fazia e, talvez por acabar de ter sido atacado, ordenou que sua pokémon usasse um Ember que foi atendido prontamente. O golpe, um pouco acrescido pela raiva de Vulpix por estar suja, espantou na hora o pokémon lobo. Brendan parou perto do homem que o observava, sem se importar em saber quem era. A adrenalina aos poucos deixava seu corpo e a fadiga o dominava-o, fazendo os músculos tremerem de exaustão. Ele deitou no chão sentindo o suor frio e o enjoo atingindo-o, como sempre acontece com aqueles que fazem esforço físico excessivo sem estarem prontos para fazê-lo.
                    – Você está bem, garoto? – Perguntou o homem, olhando para o garoto que o salvara com cara de preocupação. Parecia ser um homem bem abastado, apesar de sua situação atual não ser das melhores. Possuía altura mediana e a pele bronzeada. Os cabelos castanhos estavam repletos de folhas, assim como o terno negro de corte fino.


                    – Tenho cara de estar bem? – Respondeu o adolescente de forma ignorante. O homem pensou em repreendê-lo, mas viu na face do jovem o quanto ele estava assustado. Ainda era quase uma criança, afinal.
                    – Obrigado por ter me ajudado. O que aconteceu para você estar correndo por aí desse jeito a essa hora da noite? – Brendan pensou em responder que não era da conta do homem, mas refletiu melhor e percebeu que talvez conseguisse ajuda também, ele não parecia ser uma pessoa ruim.
                    – Preciso de ajuda. Eu e minhas amigas fomos atacados, mas nós nos separamos. Preciso chegar até a polícia – Falou com dificuldades, ainda não recuperara o fôlego da corrida que fizera.
                    – Onde elas estão? Vocês foram atacados por quem? – Perguntou o homem, demonstrando estar um pouco nervoso.
                    – E-eu não sei...
                    “– O que faremos se um de nós se perder? – Peguntou May enquanto caminhavam pela rota.
                    – Como você seria tapada a ponto de se perder sendo que estamos andando sempre juntos? – Ele havia perguntado. Na hora, achara a pergunta da garota extremamente idiota.
                    – Não seja ignorante. Esse tipo de coisa pode acontecer – Repreendeu-o, sem gostar da atitude do menino.
                    – Só se for com você...
                    – Tive uma ideia brilhante! – Disse Juliana dando pulinhos – Em vez de usar uma das trilhas, tentamos ir para a estrada principal. Sei que ela é mais longa e quase 3 dias de viagem, mas ainda assim é mais segura...”
                    - Espere, eu acho que sei – Disse ele enquanto o homem ajudava-o a se levantar.
    ***
                    – Podemos ir para a estrada, May. Lembra-se da conversa que tivemos? Eu disse para nos encontrarmos lá e vocês concordaram – Disse Juliana enquanto caminhavam.
                    As duas já caminhavam havia algumas horas e estavam completamente exaustas. Se não fosse suficiente a caminhada longa e difícil pela floresta durante o dia, agora também tinham que percorrê-la a­­­­ noite após terem dormido pouquíssimas horas, as mochilas pesavam em seus ombros e os pés estavam doloridos e cheios de bolhas. A noite parecia não acabar nunca e, por mais que andassem, parecia que nunca saiam do mesmo lugar. Seus olhos ardiam pelo sono e a dificuldade de se enxergar naquela escuridão. Por sorte ou pela graça de Arceus, não haviam encontrado com o ladrão pelo caminho, elas não teriam nenhuma força para lutar. Apenas caminhavam passo após passo, saltando por raízes e desviando dos galhos.
                    May não tinha coragem de dizer para a amiga o que acontecera com Brendan, que ela não achava que ele voltaria e que mesmo que voltasse, ele as havia abandonado, deixado-as a própria sorte. O coração magoado dela ressentia isso, mas não queria transmitir isso para Juliana, ela não precisava saber.
                    – Podemos ir, mas não faço a mínima ideia de onde ela esteja – Disse May por fim. Ela não tinha cabeça para falar qualquer coisa que fosse além daquilo – Dustox! – Chamou e seu pokémon foi até ela.
                    – Dusssstox!
                    – Você acha que estamos muito longe da estrada? Pode dar uma olhada? – O pokémon assentiu e voou para cumprir a tarefa que lhe fora dada. Ela estava admirada com a força e lealdade do pequeno inseto, que não vacilara nem fraquejara sequer um minuto da função de ajudá-las e protegê-las, mesmo estando exausto. Ela sentia-se mal por abusar tanto da boa vontade de seu pokémon, mas não havia mais ninguém a quem ela pudesse pedir tal tarefa.
                    Elas sentaram-se lado a lado escoradas em uma árvore e dormiriam ali se ficassem por mais de um minuto, mas logo a mariposa apareceu, parecendo alegre. Elas levantaram sem dizer nada e o seguiram. Por sorte, a estrada estava a poucos metros dali. Não havia carros passando e elas se sentiam um pouco expostas, mas pela primeira vez em todo aquele dia elas sabiam com certeza para onde estavam indo. Não daria para interpretar se o fato de não haver ninguém as fazia se sentir melhor ou as amedrontava ainda mais.
                    De repente, um farol alto iluminou a estrada vindo de um carro em alta velocidade. May pensou em correr e se esconder, mas Juliana segurou-a com firmeza. Não ia deixar que ninguém a fizesse mal. O carro parou ao lado delas e o corpo da mais nova tremeu quando duas figuras surgiram delas. Uma estava de terno e a outra, já conhecida por elas, era a de Brendan.
                    – Ainda bem que vocês estão bem! Foram espertas em vir pela estrada – Disse o homem – Meu nome é Jonas White, sou um dos administradores da corporação Devon – Apresentou-se, mostrando crachá de trabalho para confirmar sua identidade. Apesar de seu estado caótico, o homem possuía uma boa postura e um tom de voz que lhe passou tranquilidade. Ele realmente parecia ter ficado preocupado com elas.
                    – Eu disse que encontraria ajuda. Ele vai nos levar em segurança para fora da floresta – Disse Brendan e May o encarou. Ela não lhe dirigiu sequer uma palavra, mas seu olhar fez o garoto estremecer. Por um segundo, ele achou ter visto em seus olhos grandes íris amarelas.
                    – Muito, muito, muito obrigada por nos ajudar, senhor Jonas – Agradeceu Juliana diante do silêncio da amiga, a mesma apenas confirmou com a cabeça e recolheu seu pokémon, exausta demais para fazer qualquer coisa além disso.
                    As meninas então entraram no carro e sentaram-se no banco de trás, enquanto Brendan seguia no da frente. Pela primeira vez naquela noite eles tiveram a sensação real segurança e, embalados pelo movimento do carro, adormeceram num sono tranquilo.

                    A passagem pela floresta Petalburg fora difícil e cansativa para os três adolescentes, mas por sorte sua passagem por ela chegava temporariamente ao fim. Um clima pesado se instalou entre May e Brendan e eles parecem estar mais brigados do que nunca. O que espera por eles na próxima rota? Será que a “paz” retornará ao grupo?





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    1. Eae

      Acabei de ler os capítulos lançados até agora e vou falar um pouco do que achei da estória até agora.

      Hoenn, uma boa região, é interessante ver a visão de cada escritor sobre ela e a sua é realmente interessante.
      O trio principal é muito bom! Meu favorito é a May, a personalidade dela é muito bem definida e eu gostei muito.
      Uma coisa que chama muito minha atenção na sua fic é aparecerem personagens muito mais fortes que os protagonistas, apenas um personagem aleatório tem um pokemon que é muito mais forte, o que faz todo o sentido, ja que eles são iniciantes e 90% de hoenn tem pokemons acima do level 15.
      Quando a Juliana caiu e a descrição começou dizendo que era a coisa em que ela tinha escorregado era esférico eu pensei num shroomish, mas era uma pokebola e o que tem na pokebola? Um shroomish...
      Toda a coisa do Kirlia foi muito triste, eu gostei MUITO do Wally, ele é muito fofo!
      Pobre Kirlia, sendo agredida gratuitamente, mas o engraçado é que eram dois carinhas, quando a gente ouve a história parece que são dois babacas, mas o amigo do outro é tipo alguém que tem péssimo gosto para amigos, mas que não é ruim, ao invés de ficar quieto, pois se descobrissem a Kirlia podia dar ruim pra eles, o cara deu a dica da localização do pokemon. Pelo menos percebeu que tava errado. A cena do Wally correndo, caindo, tendo um ataque de asma, cara, aquilo foi forte. O final deixou um gosto agridoce, a pobre Kirlia morreu, mas a vida continua, é esperar para ver em que ótimos pokemons esses dois vão se tornar.
      Então a May tem alguma ligação com o Kiogre... será por causa do Archie, que segundo entendi é o tio dela?!
      Ja se passaram 11 capítulos e nenhuma insígnia, ao invés disso tivemos emocionantes arcos. Cara, quando a May conseguir a primeira insígnia, e ver o tanto que eles andaram, vai ser uma conquista ainda mais gratificante.
      Eu gostei muito da filha do Norman, além de uma personalidade forte e marcante, foi uma exelente ferramenta de roteiro para evitar que a May enfrentasse o Norman agora.
      Ah, eu gostei de todos os capitulos bônus, faz mais :/

      Acho que é isso, no geral estou gostando muito, não desanima por que ta muito legal!!!
      El psy coongro!

      Espero ansioso o próximo capítulo!

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      1. Olá, Alefu! É sempre bom ter novos leitores no blog e fico feliz que tenha apreciado a história. Hoenn é uma região muito boa de se escrever pois além de uma rica variedade de ambientes, ainda tem ótimos personagens e duas equipes criminosas problemáticas.
        Sobre essa coisa de pokémons, eu realmente gosto de colocar porque na maioria das vezes os protagonistas desde o início de jornada são considerados imbatíveis, no sentido de sempre arrumarem uma forma de vencer, quando na verdade, a experiência do treinador e pokémon contam muito, independente da habilidade do treinador inexperiente.
        Todo mundo na vida já teve uma experiência ruim pra amizades e talvez esse garoto não seja diferente, possa ser que naquele ponto ele tenha parado de andar com o "amigo", possa ser que não e ele ainda precise amadurecer um pouco para isso. Não anula o que fizeram de errado, mas pelo menos tentaram consertar, né?
        kkkkkk Eu sempre brinco com o pessoal quando falo sobre a fic e chamo a May de "a sem insígneas" eu creio que deve ter sido um dos protagonistas que levou mais tempo para conseguir uma.
        Se a May tem ligação com Kyogre? Talvez sim, talvez não, apenas os próximos capítulos dirão (essa bagaça até rimou)
        Muito obrigada por ter lido até aqui e comentado. Logo teremos o próximo capítulo. Abraços!

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    2. Hey, Ho, Let's go! Pois bem, de novo deu eu aqui. Caraí, essa fuga da floresta pra mim foi tipo a razão contra a emoção, representados por Brendan e May, respectivamente. Ambos estavam corretos, e ambos estavam errados, não tenho muito o que dizer. A sua travessia da floresta de Petalburgh ficou algo bom, muito bom, sinceramente.

      No mais, esse cara de preto que os atacou é bem suspeito, e voltará para incomodar novamente mais tarde, de certo. Quem sabe não era o próprio Simmon, o pescador do capítulo anterior? Huejuejejejeje, piadas a parte, é um bom mistério que aos poucos será solucionado.

      Grato pelo capítulo, e espero grandes coisas da história.

      Até depois!

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      1. Sim, cada um nessa situação agiu como julgavar mais adequado, não tem como dizer qual dos dois agiu melhor.
        Eu fiquei um pouco preocupada em não conseguir narrar direito essa passagem, porque se pararmos para refletir, nadaa de tão importante acontece nela e eu queria tornar tudo interessante rs.
        Eis o mistério, quem será a figura misteriosa de preto? Será que é o pescador? Onde habita? O que come? Descubra hoje no globo reporter.
        Obrigada pelo comentário, Sir!
        Beijinhos

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    3. Hello my friend.
      Mais um belo capítulo nesta linda história, parece que nossa sem insígneas teve uma grande desventura neste capítulo, ainda bem que a garota não teve nenhum de seus pokémons roubados.

      Coitado do shurumixe (não sei escrever o nome desse bicho) deve ser muito triste para o pokémon ser perdido dentro da bola, o aconteceria se ninguém tivesse encontrado ele, ficaria ali para sempre? Me deixa triste só de pensar nos anos de solidão que ele teria.

      Até o próximo cap Carol!

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      1. Ela quaaase não teve nenhum de seus pokémons roubados. Parece que nossos protagonistas vivem em um pequeno e constante caos nessa jornada huehue.
        Eu fico sempre imaginando o que acontece quando o treinador perde uma pokebola, será que o pokémon fica preso lá para sempre até morrer? Tomara que a esfera fique velha e sem energia e acabe se abrindo porque se não seria muito triste.

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    4. Mais um capítulo maravilhoso, amei como mostrou a floresta de Petalburg e meu deus, um Shroomish, amei????
      E aquela cara do Medicham??? MDS do céu!!!
      Ai, Carol, amei esse capítulo, May e Brendan brigados, as interações da May e Ju, ai sem defeito nenhum e ainda apareceu o Jonas e eu já o amo????
      Ai Carol, eu vou direto pro próximo capítulo é o melhor que faço

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      1. PARE DE ME FAZER SHIPPAR MINHAS PRÓPRIAS PERSONAGENS! Esse cara do Medicham foi terrível, deixou as crianças apavoradas por muito tempo. Do nada um cara com um poke fodástico pra roubar jovenzinhos no meio da noite. Deve dar um medo do cão mesmo.
        Jonas maravilhoso e sem defeitos será um personagem recorrente de agora em diante. Que bom que gostou dele rs.
        Até a próxima, Leucro!

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    5. Yooo Carol

      Eu vou ser sincera, eu tenho tanta raiva de floresta quanto das cavernas do jogo, é bem difícil sair dela sem que um dos seus Pokémon estejam em com algum poison ou paralisia, pelo menos em Hoenn, esse número é menor.

      Achei muito legal a cena de batalha em grupo da May e do Brendan, é legal ver que a May ta ganhando experiência e percebendo que não dá pra ganhar tão fácil de Pokémon mais fortes, e mesmo assim, ela usou criatividade para fugir da batalha e causar dor de cabeça no ladrão hashuashu

      O Brendan não perde a oportunidade de fugir de uma jornada, mas acho que entendi o ponto dele, ele só quis recorrer a polícia mesmo, ele é mais cabeça enquanto a May é mais coração.

      Juliana voltou com os sacos de dormir como se nada tivesse acontecido, isso me faz especular se ela conhece o tal ladrão, a garota ainda é muito misteriosa pra mim.
      Já gostei desse Jonas White, personagens que estão dispostos a ajudar sempre tem um espacinho no meu coração.

      Excelente capítulo Carol <3

      see ya

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      1. Oii Starr! Confesso que ainda prefiro as florestas pq dá pra evitar os matinhos e não precisa do Flash que é o pior HM da história huehue.
        A May é até espertinha as vezes. Acho que o medo de morrer era tão grande que medidas levaram a medidas desesperadas e ela conseguiu pensar em algo huehuehue.
        Brendan tá louco pra ir casa, só não vê quem não quer. É engraçado porque nenhum dos lados está errado então é difícil se posicionar.
        Pobre Ju, só não queria perder suas coisinhas :oshacry:
        Jonas melhor personagem. Engraçado que antes tinha intenção de fazê-lo um personagem aleatório e agora pra mim acabou se tornando um personagem importante demais.

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    6. Vamos lá, floresta de Petalburg! Acho que toda história de pokémon que quer ser respeita precisa de uma floresta no começo, e precisa de um antagonista dentro dessa floresta. E falando nele, gostei da desproporção do nível de habilidade do capanga aqua/magma se comparado com os protagonistas, é ótimo pra dar esse tamanho pro mundo, mostrar como ainda é um começo de jornada, e eles estão longe de serem treinadores realmente capazes.

      O ritmo foi bom, deixou o leitor se tranquilizar no cenário, não perdeu tempo com alguma perseguição de pokémons insetos aleatórios, que aparece tanto em fic por aí que se torna um clichê cansativo. A tensão noturna foi bem construída, e gostei especialmente dos dois momentos do acordar, tanto da May quanto da Ju; tiveram umas passagens de prosa fortes por ali.

      Tava torcendo por um cogumelo! Talvez seja estranhamente meu pokémon preferido dessa geração; e mesmo que eles devolvam ele (Devolve não! Pega pra você e só segue, por favor May); foi bom de ver ele aqui, em seu habitat mais natural.

      E Devon! Não existe Hoenn sem Devon, e trabalhar bem com essa empresa e o que ela simboliza é algo que pode ser excelente pra história. Curioso para ver que tipo de papel eles irão assumir.

      Foi uma boa releitura do jogo, reforçado pelos mapas tirados diretamente dele, e ajuda a injetar mais vida e personalidade em tudo; mesmo se mantendo bem preso ao esqueleto formulaico do original.

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      1. Pra que serve mais as florestas em pokémon do que terem vilões? hahaha Eu sempre ficava refletindo que se existissem vilões consistentes no anime de pokémon, ele deveria ser algo mais parecido com isso que retratei aqui, um personagem realmente forte do qual se os protagonistas conseguissem escapar, ia ser aos trancos e barrancos.
        Ainda bem que você gostou de como a história se desenrolou, Ex. Tive muitas dúvidas ao escrevê-lo porque é meio difícil fazer todo um capítulo ambientado numa floresta sem deixá-lo com um tom monótono.
        Eu amo o Shroomish e evo, estão entre os meus pokémons favoritos de Hoenn. Até hoje reflito que a May devia ter roubado mesmo e fodase.
        Apesar de ter como esqueleto os jogos, estou adicionando pouco a pouco outras coisas que acho que serão do interesse de vocês e a fanfic aos poucos vai tomando forma e assumindo um contexto totalmente original.
        Obrigada pelo comentário.
        Até a próxima!

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