• domingo, 8 de novembro de 2015



             Então galera, essa é a primeira resenha que estou fazendo aqui para o blog e eu espero que gostem!


            Nesse fim de semana, acabei de ler o livro tããão mencionado pela Saga Crepúsculo. A foto de cima é a da minha edição e como vocês podem ver. é uma edição pocket, feito pela editora Martin Claret e traduzido pelo Oscar Mendes. Apesar de ser um livro de bolso, ele possui olheiras e a fonte dele é bem grande, o único problema mesmo foram as páginas brancas que cansam mais a leitura. Enfim, não sei de quanto está essa edição atualmente, até porque ganhei de presente em um Amigo Secreto, mas recomento comprar caso você queria algo bom e não tão caro. Demorei 4 anos para começar a ler esse livro (até agora não entendi porque), mas creio que tenha lido na época certa, pois antes talvez não aproveitasse a riqueza do que lia.

    Sobre a autora
           Vale a pena saber que esse é o primeiro e único livro escrito pela Emily Brontë, irmã de Charlotte e Anne Brontë, que também eram escritoras. Nascida em 1818, Emily ainda tinha 6 anos quando, em 1825, suas duas primeiras irmãs morreram. Sua mãe havia falecido em 1821 e coube a sua irmã, Elizabeth Branwell, a direção da casa e o cuidado com a educação das três meninas restantes. Ensinava-lhe prendas domésticas e metodismo, enquanto o reverendo Brontë dava aulas de latim e grego para Patrick, o único homem entre as irmãs.
           Emily era a mais introvertida da família, escrevia em silêncio suas histórias e fazia o trabalho doméstico e meditava sozinha. Em 1835, acompanhou sua irmã Charlotte ao colégio, mas não se adaptou e acabou regressando adoentada, trocando de lugar com sua irmã Anne. Em 1836, aceitou um emprego como professora, mas acabou desistindo pelas precárias condições do trabalho. Seus primeiros poemas datam desta época e estão repletos de amargura e tristeza pela saudade que sente do lar. Por trabalhar muito e quase não conversar com as pessoas, acabou levanto da fama de antipática por aqueles que a cercavam.
           Durante os anos seguintes, Emily e suas irmãs continuaram a escrever, sem a intenção de publicar, até que, por convencimento das irmãs, ela aceitou juntar seus poemas aos delas para formar um livro chamado "Poemas" que acabou por ser um fracasso em vendas. Entretanto, isso não desanimou as irmãs que já estavam escrevendo e projetando romances (gênero dominante na época), Os manuscritos de "Agnes Grey", de Anne e "O morro dos Ventos Uivantes", de Emily foram aceitos, mas o O Professor, de Charlotte acabou por ser recusado, esta então começa a redigir "Jane Eyre" que foi publicado rapidamente e teve sucesso de imediato. Em dezembro de 1847, quando as obras das irmãs apareceram, "Jane Eyre" já estava em sua segunda edição. Na época, os leitores que haviam vibrado com os livros de Charlotte, não podiam compreender a violência na obra de Emily, posteriormente considerada a mais talentosa das irmãs Brontë e uma das maiores romancistas da literatura universal.
           No verão de 1848, após a publicação do segundo livro de Anne (O Inquilino de Wildfell Hall), das promessas de reedição de poemas e da revelação de suas identidades (na época usavam pseudônimos ) elas vinham assegurando seu futuro. No entanto, seu irmão Patrick, com dívidas e problemas com bebida, acabou falecendo naquele mesmo ano de Delirium tremens. Nos funerais, Emily resfriou-se e seus acessos de tosse e febre começaram a preocupar a família. No entanto, por sua personalidade, acabou por recusar ajuda e na manhã de 19 de dezembro de 1848, muito pálida, desceu para cuidar de uns afazeres na cozinha. Ao meio-dia pediu um médico e às duas da tarde, agonizava, acabando por morrer inesperadamente, assim como seu irmão. Anne, também enfermeira, não resistiu além de maio de 1849 e Charlotte teve apenas mais seis meses de vida para publicar mais dois romances Shirley e Vilette.

    Sobre o livro
            Bem, a melhor descrição que tenho a fazer sobre O Morro dos Ventos Uivantes é a seguinte: é um livro doentio. Não no sentido de ser ruim, pelo contrário, foi um dos melhores que já li. No entanto, não pode se negar o aspecto sombrio que cercam todos os personagens do livro. Em uma melhor descrição, é um livro sobre amor, vingança, ódio, loucura e morte.
            O livro conta a história de Heathcliff, um garoto órfão que foi encontrado praticamente morto e levado por um homem para viver em sua casa, chamada O Morro dos Ventos Univantes (sim, o nome do livro), e seu amor por Catherine, a filha desse homem, o Sr. Earnshaw. Heathcliff, enquanto criança, foi muito bem tratado por seu pai adotivo e Catherine, porém, desprezado e maltratado por Hindley, o filho mais velho, que parecia ter ciúmes e achava que o garoto havia roubado-lhe o amor do pai. Com a morte do veho Earnshaw, o garoto passou a ser tratado como empregado, sofrendo constantes agressões de Hindley por motivos banais, tendo Catherine como sua única defensora e com isso, os dois acabaram por se apaixonar.
            Catherine, no entanto, após se machucar e ficar semanas na casa dos Linton, acabou por fazer amizade com os filhos dos mesmos, Isabel e Edgar. O segundo acabou por se apaixonar por ela e anos depois, pedido-a em casamento, e ela, por aspirar riqueza, conforto, distancia da personalidade cruel de seu irmão, acabou por aceitar (creio eu que também para fugir um pouco da personalidade sombria e maligna de Heatcliff). O rapaz, quando soube na notícia, ficou arrasado e acabou por ir embora, voltando apenas anos depois, quando a moça já estava casada, pondo em prática seu plano de destruir a todos que, de alguma forma, acabaram por impedir que ele e Cathy ficassem juntos.
           Diversos acontecimentos se seguem após sua volta (creio eu que grande parte do livro) no entanto, vou parar minha narrativa aqui, pois posso acabar dando algum spoiler sem querer (mais do que eu já dei). Descrevendo emoções arrebatadoras e muitas vezes primitivas, a autora nos faz entrar de cabeça em seu universo hostil e ardente, e não nos dá espaço para condenar as atrocidades cometidas pelo casal principal, sendo que muitas vezes acabamos perdoando-os, sem no entanto compreender a justificativa que nos leva a isso. Apesar de todos seus defeitos, não dá para sentir raiva de nenhum deles, pois revelam naturalmente a natureza humana: o fato de serem imperfeitos.
             Ler O Morro dos Ventos Uivantes exige uma certa preparação. Se você estiver acostumado a literatura atual, cheia de livros "moderninhos" talvez não consiga entender a profundeza da obra, de tal maneira que talvez tenha que tentar ler de maneira mais vagarosa, relendo a mesma parte diversas vezes até compreender o que a autora deseja passar.
             Por fim, recomendo a todos que leiam esse livro, principalmente pra quem gosta do gênero está acostumado a ler esses romanes meia-boca. Largue o que você estiver lendo e pegue esse livro! Com certeza não vai se arrepender!


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