• domingo, 23 de março de 2014



                    Uma leve brisa noturna soprava lá fora fazendo as folhas das arvores tremularem levemente para acompanhar o ritmo daquela que as tocava. Há pouco tempo anoitecera, mas a maioria das criaturas diurnas já repousava em seus abrigos. Agora era a vez dos ferozes caçadores noturnos buscarem suas presas. Na casa dos Primrose tudo parecia estar no maior estado de tranquilidade, exceto por uma garota que andava de um lado para o outro em seu quarto enquanto recolhia coisas pelo mesmo.
                    May estava em êxtase, até aquele momento mal podia acreditar em tudo o que lhe ocorrera naquele dia. Foram tantos acontecimentos marcantes, tantas alegrias que a garota tinha medo de deitar em sua cama, acordar e descobrir que tudo não passara de um sonho. Primeiro, havia conhecido o grande campeão de Hoenn , batalhado contra ele e sido elogiada pelo mesmo. Em seguida ganhara um pokémon no aniversário de quatorze anos o qual havia esquecido e por último recebera a maior e melhor notícia de todas: poderia sair em uma jornada pokémon!
                    Recordava-se perfeitamente das palavras do pai e de seu sorriso ao perceber a alegria que suas palavras causaram nela. “Bem, para ser sincero, eu adiei muito isso.” Disse comendo um pedaço do bolo de aniversário que comprara e trouxera para a filha. “Sinceramente acho que você está mais do que preparada para iniciar sua jornada. Há muito tempo acho isso, na verdade. Só não queria ver a minha pequena princesa finalmente saindo de casa” Completou causando um brilho dos olhos da garota do qual ele jamais iria se esquecer.
                    Um sorriso não abandonava lindo rosto enquanto ela selecionava peças de roupas e outros itens que usaria fora de casa. Sabia que teria que separar apenas o básico e que os famosos e tão importantes livros sobre pokémons e histórias fantasiosas teriam de ser deixados para trás, assim como a maioria de suas coisas, isso a chateava um pouco mas não chegava nem perto de abalar a alegria que sentia naquele momento. Quase havia acabado de arrumar a mochila que levaria com roupas, saco de dormir e outras coisas e uma pequena bolsa que seria colocada em sua cintura que seria usada para guardar, seus pokémons, poções, antídotos e outros itens para pokémons. Assim seria bem mais fácil pegá-los e usá-los, mesmo em uma situação de emergência.
                    Estava programado que ela passasse no laboratório do Prof. Birch na manhã seguinte para adquirir sua pokedéx. Isso fora combinado pelo pesquisador e o pai da garota há alguns dias e somente naquele momento a mesma ficara sabendo. Birch era amigo de longa data de seu pai. Começaram uma jornada na mesma época e quando, James se mudou para Littleroot por conta do nascimento da filha, Birch havia acabado de se tornar o principal pesquisador responsável pelas pesquisas feitas pelo governo na região de Hoenn. Birch era o padrinho de May e ela o amava e respeitava muito. Ela soube também que fora ele quem dera o pokémon que agora jazia dentro da Premier Ball que estava em cima da cama. Ela ainda não sabia que tipo de criatura era, mas tinha pela convicção de que o Padrinho não lhe daria algo diferente de um grande pokémon.
                    Terminando de arrumar suas coisas, a garota finalmente pôde voltar-se para  o momento que ela tanto esperava: a abertura da Premier Ball que continha seu pokémon. Poderia tê-lo feito antes, mas queria fazer quando estivesse só em seu quarto. Para que o encontro inicial entre treinadora e pokémon não fosse perturbado por ninguém, nem mesmo pelo pai. Além disso, eu seu interior ainda havia certo receio de que a criatura não a aceitasse como sua treinadora. Isso com certeza a desanimaria um pouco e não queria que James visse.
                    Pegou a esfera com as mãos trêmulas, ali estava um dos objetos mais preciosos que receberia em sua vida, não pelo valor econômico, mas por todo sentimento que é dado pelo treinador ao pokémon inicial. Acariciou o objeto com o polegar, como se para remover dali uma sujeira inexistente. Deu um longo suspiro e finalmente pressionou o botão prateado central, fazendo o objeto abrir-se instantaneamente e liberar a típica luz que era emitida por todos os tipos de pokeballs. A luz voltou-se então para o chão dando forma a nova criatura que estava prestes a se revelar.
                    De início, a garota apenas pode distinguir que tratava-se de um ser pequeno cuja altura pouco ultrapassava vinte centímetros. Logo a luz se dissipou e ela pode ver a criatura que nos anos seguintes seria sua principal parceira e melhor amiga. Era uma espécie de pequeno felino de grandes orelhas e olhos puxados. Seu pelo de cores creme e rosa pareciam macios e brilhavam com o toque da luz. A maior parte de sua cabeça possuía pelagem rosa assim como todo o seu dorso terminando numa suave transição para o crema na barriga e nas patas curtas. Na ponta da cauda longa e fina formava-se uma espécie de tufo de pelos rosa com três tufos menores saindo deste. A garota logo percebeu que se tratava de uma fêmea, não soube explicar o porquê, apenas sentia isso em seu interior.

    By: Greyanimebeast

                    Assim que tomou conta do novo ambiente ao seu redor, o pokémon começou a farejar o chão e chacoalhar as orelhas, moveu-se alguns centímetros de um lado para o outro até que percebeu a presença da garota ali e levantou seu rosto para olhá-la com mais atenção.
                    - Olá! – Cumprimentou ela sem saber muito bem o que dizer.
                    - Mewwww!  - Respondeu a pokémon, sentando-se e continuando a olhá-la.
                    - Er... Meu nome é May Primrose, Skitty. Serei sua nova treinadora. O que acha? Podemos ser amigas? – Perguntou May, estendendo sua mão e direção a gata que no início recuou, mas no minuto seguinte deixou-se tocar e começou a ronronar. Em seguida correu em direção a garota e saltou em seus braços, esfregando seu rosto com o dela. Estava claro que havia sido aceita como treinadora, ela não pode conter um sorriso.
                    Levantou-se com a pokémon no colo e começou a mostrar-lhe o quarto, assim como suas coisas e a roupa que pretendia usar no dia seguinte. Skitty parecia ter se entretido e gostado de tudo, principalmente com sua réplica de pelúcia que começou a farejar e em seguida pular sobre ela, fazendo ambas rolarem pelo chão. A garota ficou encantada com a fofura de sua própria pokémon.
                    - Venha Skitty, vamos conhecer o resto da casa – Chamou enquanto abria a porta, a pokémon correu em seu encalço e a seguiu fielmente. May mostrou-lhe todos os lugares da casa, desde o quarto do pai até a cozinha, que ainda possuía restos de comida e bolo trazidos pelo pai para comemorar seu aniversário.
                    A pokémon gata imediatamente correu em direção a mesa, subindo na cadeira e preparando-se para atacar um pedaço de bolo que havia ali e teria conseguido se May não tivesse a segurado com ambas as mãos. Ela protestou e se remexeu em seus braços, indignada.
                    - Nada disso mocinha, isso não é comida para pokémons e sim para humanos – Repreendeu ela enquanto ia em direção a outro armário de onde pegou uma pequena tigela juntamente com um saco, pôs a pokémon no chão enquanto despejava na vasilha uma  boa quantidade de ração para pokémons para que a mesma pudesse comer. Skitty imediatamente começou a devorar a ração fazendo-a rir – Vá com calma, garota. Aqui ainda há bastante ração.
                    A criatura olhou-a sem responder e retomou seu foco para a comida. May decidiu então levantar-se e procurar pelo pai e contar-lhe sobre a pokemon. Foi diretamente para a biblioteca onde tinha quase certeza que ele estaria por ser o único local da casa que não havia sido mostrado a Skitty por ela. Estranhou a porta do aposento estar fechada e deu três suaves batidas na madeira esperando que o pai respondesse. Como o mesmo não fez, a garota tocou a maçaneta e girou-a suavemente.
                    A primeira coisa que sentiu ao entrar no local foi o cheiro de álcool que impregnava o aposento. A cada passo que dava tinha certeza de que alguém havia bebido ali ou, pelo menos, derramado uma garrafa inteira no chão de alguma bebida com alto teor alcoólico. Andou a passos lentos para não fazer ruídos e aproximou-se de seu pai que estava ocupando uma poltrona que estava de costas para a porta. Assim que o viu o pai, teve certeza de que fora o mesmo que bebera, ele dormia pesadamente com a boca aberta, os cabelos bagunçados e olhos inchados como os de alguém que chorara por algum tempo, além disso, um copo meio cheio ainda estava em sua mão sobre o braço da poltrona.
                    May retirou cuidadosamente o copo da mão de seu pai e colocou sobre a escrivaninha, mas não acordou-o. Sabia que, por mais que estivesse curiosa, seu pai não gostaria de ser visto naquele estado, sendo as razões importantes ou não. Olhando para o homem pôde perceber naquele momento quantas saudades sentiria do mesmo quando saísse. Estiveram juntos durante toda sua vida mas agora, como dizia o pai, havia chegado a hora em que sua pequena Tailow deveria criar asas e começar a voar sozinha. Por mais que voltasse para casa depois de sua jornada, ela sabia que nunca mais seria a mesma.
                    Repentinamente, sentiu algo tocar sua pele e quase deu um grito com o susto. Olhou para baixo imediatamente e pode perceber que era a pequena Skitty que havia terminado de comer sua ração. A pequena andou de um lado para o outro no aposento até que encontrou um amontoado de folhas no chão e começou a mordê-los tentando rasga-los. May rapidamente andou até ela e puxou-lhe o que mordia e observando-o, percebeu que se tratava do jornal daquela manhã.  O pai provavelmente lia-o enquanto bebia mas ao pegar no sono o objeto deveria ter caído no chão e ficado ali.
                    Apenas por uma ligeira curiosidade, a garota decidiu abri-lo para ver o que dizia das últimas notícias daquela região e surpreendeu-se com o que dizia estampado na primeira página do jornal.
                    “Rebelião e fuga da penitenciaria de segurança máxima de Hoenn causa medo na população.”
                    Fuga? Rebelião? Não sabia que aquilo havia ocorrido naquele dia. Provavelmente devia ter passado em vários jornais durante o dia, mas como a garota estivera ocupada, não ligara a televisão. Continuou a ler a matéria para saber mais sobre o assunto. Aparentemente, uma briga havia sido começada entre os presos por conta do roubo de algum objeto importante que era de um deles. Aproveitando a situação de distração entre presos e policiais, três deles conseguiram escapar do lugar. O fato daquela ser a principal das prisões do continente fazem os moradores das proximidades temerem pois ali estavam alojados alguns dos mais perigosos detentos do país.
                    Foi então que a garota deixou o jornal cair de suas mãos e bater com um baque seco no chão. Seus olhos azuis brilhantes encheram-se de água incrédulos com o que acabara de ler. Ao final da reportagem, ela pode ler um nome que agora zunia por sua cabeça de maneira assustadora e descontrolada. Ali, naquele jornal, entre os nomes dos fugitivos, estava escrito o nome de Dayane Hughes Primrose. O nome que conhecera e levara consigo em sua vida inteira, na esperança de que um sonho revelasse seu rosto para ver se eram parecidas. Aquele era o nome de sua mãe.
                    Sem se preocupar se fazia barulho ou não, a garota pegou sua pokémon em seus braços e saiu dali rapidamente. Precisava ter certeza daquilo que acabara de ler, precisava ter a convicção de que tudo aquilo que pensara em sua vida não passara de uma mentira. Os sentimentos estavam confusos em sua cabeça, seria apenas uma coincidência? Seria aquele apenas um nome de uma pessoa qualquer que estranhamente era igual ao de sua mãe?
                    Entrando quase correndo em seu quarto com Skitty em seus braços ela imediatamente pegou seu notebook que se encontrava sobre a escrivaninha e rapidamente ligou-o. Impaciente esperou que o Windows 8 se iniciasse completamente e finalmente pode abrir seu navegador de internet digitando, com os dedos trêmulos, o nome que repercutia tanto em sua cabeça.



    Poucos segundos se passaram até que o Google finalmente deu-lhe a resposta procurada e aquela constatação acabou sendo uma das piores da vida da garota. Em todos os sites em que clicava, abria-se uma imagem de uma linda mulher de cabelos castanho-acobreados e olhos azuis que havia sido presa no ano em que a menina nascera. Ela não olhara o que havia acontecido, não precisava saber o motivo pelo qual a mulher havia sido presa. Só precisava saber que a que pessoa durante anos ela pensara estar morta agora estava ali, revelando-se como uma criminosa. Ela não sabia se sentia-se feliz ou triste, apesar de ter estado presa, aquela não era sua mãe? Não fora aquela mulher que durante anos foi alvo do desejo da garota para simplesmente dar-lhe um abraço?



    Sem se conter a menina sentou-se no chão e pôs-se a chorar, a vida dera-lhe uma virada forte demais em apenas um dia para que pudesse suportar. No início daquela manhã, era apenas uma garota com um sonho comum. A tarde, fora uma futura treinadora cheia de alegrias e a noite, transformara-se em uma pessoa qualquer que acabara de descobrir que o pai mentira-lhe a vida inteira e que sua mãe estava viva, era uma criminosa, mas estava viva.
    A pequena Skitty não entendia o porque de sua nova treinadora estar chorando daquela maneira, tentava a todo custo chamar-lhe a atenção mas ao ver que não era vista, esfregava-se na menina num gesto de solidariedade com o objetivo de consolá-la. Não fazia sentido para a Pokémon, aquela não era a mesma garota que a poucos segundos esbanjava alegria ao seu lado pelo simples fato de terem acabado de se conhecerem?
    Depois de algum tempo, ela conseguiu parar de chorar e pegou a pokémon em seu colo e acariciou-lhe o pelo macio.
                    - Está tudo bem Skitty, eu já estou bem – Disse mais para si mesma do que para a pokémon. Queria naquele mesmo instante descer as escadas e ir diretamente a biblioteca confrontar seu pai, perguntar se aquela mulher era mesmo a sua mãe e porque ele mentira para ela durante tantos anos, mas não o fez. Se ele já omitira a existência da mulher de sua vida quem garante que não iria fazer novamente? Quem garante que ele diria a verdade ou mesmo a deixaria sair de casa depois daquela notícia? Ela não sabia o que teria que fazer daquele momento em diante, mas sabia que mais do que nunca deveria sair em jornada e encontrar aquela mulher que levou tanto tempo para conhecer. Ao menos que fosse de longe, queria ter a certeza de que ela era real. Só precisava confirmar uma coisa e isso seria confirmado no dia seguinte poucas horas depois que saísse de casa.
                    Levantando-se vagarosamente, ela pegou seu computador e preparou-se para desliga-lo, mas antes deu uma olhada naquele belo rosto uma última vez. Não iria esquecê-lo facilmente. Assim que guardou o aparelho, ela dirigiu-se ao banheiro para aprontar-se para dormir, tomou banho, vestiu um pijama e escovou os dentes. Quando saiu, pode notar que sua pokémon já a esperava  sobre a cama balançando a cauda de um lado para o outro com o sua réplica de pelúcia ao seu lado. Deitou-se, agradeceu a Arceus por mais um dia e acariciou a pokémon que deitava-se ao seu lado.
                    - Vou precisar de você Skitty, temos mais uma missão além de ser as melhores treinadoras da região e do mundo. Agora teremos também que descobrir onde está a minha mãe. Você vai me ajudar? – Perguntou baixinho para a criatura e pode ouvir um pequeno miado positivo em resposta - Obrigada garota – Disse antes de fechar os olhos e entrar completamente em seu mundo de sonhos.

                    “Ela nadava. Sentia as águas do oceanos revirarem-se a seu redor como uma saudação para que passasse. As águas estavam calmas e levemente frias, mas nada que incomodasse. Era apenas como um acariciar suave na pele fria e escorregadia. Podia ver todas as criaturas ao seu redor com uma nitidez surpreendente. Vários cardumes de pokémons peixes pareciam dançar com as correntes marítimas e um imenso Gyarados nadou ao seu lado, ela não sentiu medo, apenas feliz por ter uma nova companhia de natação para cruzar os mares do mundo...”

                    Acordou com o irritante barulho do despertador martelando em seus ouvidos, virou-se para o pequeno cuco em forma de Pidgey e sentiu vontade de atirá-lo para o mais longe possível, mas conteve-se apenas desligando com um toque mais pesado. Ainda eram 6 horas da manhã, mas o sol já podia ser visto exibindo seus belos e brilhantes raios da alvorada. O estardalhaço que os pokémons pássaros faziam naquela hora era impressionante, a garota perguntou-se como não havia acordado antes com tanto barulho. Olhou ao redor e viu que sua nova pokémon já estava acordada. Na verdade, parecia ter acordado há muito tempo pois suas coisas estavam todas reviradas de maneira surpreendente.
                    - Skitty! – Reclamou ela enquanto começava a arrumar a bagunça pelo quarto. Por sorte, ela era menor do que parecia e rapidamente estava tudo organizado de novo – Fique quietinha enquanto me arrumo ok? Quer me ajudar a escolher algo para vestir?
                    - Meeeoooww – Miou animada em resposta. Logo a cama tornou-se uma montanha de roupas que iam sendo jogadas pela garota. Ou a roupa não agradava Skitty, ou não agradava May, ou nenhuma das duas. Finalmente, no fundo da gaveta ela encontrou algo que parecia legal o suficiente para usar. Consistia-se de uma blusa vermelha de gola preta e um short curto também preto. Nas mãos usava luvas brancas e pretas e nos pés, os tênis que ganhara do pai naquele mesmo dia e eram próprios para longas caminhadas, possuíam as cores branca e vermelha, com uma faixa preta no meio. Por fim, a garota pegou a pequena bolsa verde ecom os itens para pokémons e prendeu em sua cintura, o resto levaria em uma mochila. Se pegou pensando em como seu time estaria quando estivesse completo, quando o que acontecera np dia anterior retornava mais uma vez  sua mente.
                    – Gostou Skitty? – Perguntou. A pequena fez que sim com a cabeça e então saltou da cama e correu para uma parte do guarda roupa de onde puxava algo da cor verde com a boca – O que você tem aí? – Puxou com sua mão direita o que a gata lutava para retirar e notou que se tratava de uma bandana verde da mesma cor de sua pochete – Acha que eu ficaria bem com isso?
                    Recebendo um sim da pokemon ela levantou-se e andou até o espelho de seu guarda roupas onde partiu o cabelo castanho liso ao meio e amarrou o lenço em sua cabeça. Deu uma olhada no espelho e gostou do que viu, pelo menos daria para disfarçar quando o cabelo estivesse com frizz.

                    - Está melhor? – Perguntou olhando para Skitty.
                    - Meeeowww – Respondeu ela com um sim animado. May sentou-se no chão e fez sinal para que a pokémon viesse. Skitty imediatamente saltou da cama e correu para os braços de sua treinadora.
                    - Acha que estamos preparadas? Nem sei se dá para encarar meu pai depois do que acho que descobri ontem – Disse acariciando os pelos da gata – Preciso saber a resposta Skitty. Isso é muito importante para mim. Descobrir que não se sabe quase nada sobre grande parte de sua vida é uma coisa estranha.
                    Criando coragem, ela por fim levantou-se e preparou-se para descer para tomar o café da manhã. Carregando Skitty em seus braços, saiu do quarto e desceu as escadas vagarosamente sentindo o cheiro de comida preencheu o ar fazendo a pokémon agitar-se.
    - Calma aí garota, ainda vai ter comida quando você chegar lá.
    Quando chegou a cozinha, surpreendeu-se com a quantidade de comida em cima da mesa. Normalmente ela e o pai comiam bastantes frutas, pães e biscoitos, mas naquela mesa havia tudo isso e mais um pouco. Nunca havia visto uma mesa tão cheia e tão bonita em sua casa. Perguntou-se se James pretendia trazer alguém em sua casa, pois aquilo daria para alimentá-la dezenas de vezes.


    James já encontrava-se sentando lendo o jornal daquela manhã. May recuou um pouco, por um instante uma sensação desagradável passou por seu corpo como se aquele que estivesse em sua frente fosse um estranho, mas logo expulsou esse pensamento e repreendeu-se. Aquele era seu pai, o homem que havia a criado desde que nasceu, fora ele que ensinara-lhe tudo, acalentara seu choro e ficava em seu quarto por todas as noites até que dormisse. Ele a amava e ela o amava ainda mais. Se James havia escondido ou não algo dela seria para o bem da própria garota e não o contrário.
    - Bom dia pai! - Cumprimentou a garota entrando no aposento.
    - Bom dia minha princesa – Respondeu ele, ela pode ver a expressão cansada e as olheiras em seus olhos quando encarou-a  – Já estava indo chamar-lhe, presumi que queria partir cedo em sua jornada.
    - E está certo, não quero perder nem um minuto desse dia maravilhoso. Já conhece a Skitty – Perguntou erguendo a pokémon em seus braços e James sorriu.
    - Vi-a quando estava no laboratório. É realmente linda. Tem uma vasilha com ração pra ela no chão ao lado da do George – May abaixou-se e colocou-a no chão para que Skitty pudesse tomar seu café da manhã enquanto ela mesma se servia. Notou que o pai apenas tinha em sua frente uma caneca de café preto quente.
    - Não vai comer nada pai? – Perguntou ela.
    - Hum... Por enquanto não querida. Estou com um pouco de dor de cabeça, mais tarde como algo.
    Conversaram sobre assuntos banais enquanto a garota tomava seu café da manhã. Comeu bastante e de tudo, parando apenas quando sentiu-se realmente cheia. Sabia que sentiria bastante saudades da comida do pai enquanto estivesse fora e provavelmente até emagreceria bastante, por isso comia como uma forma de despedir-se de casa.
                    Assim que terminou de comer, levantou-se e seguiu para o quarto para escovar os dentes e pegar suas coisas. Acabou tendo que fazer isso e ainda arrumar as roupas que ficaram sobre a cama, sua mania de desorganização já estava irritando ela mesma. Deu uma última olhada no quarto e em suas coisas, sentiria muita falta daquele lugar. De todas as lembranças boas e ruins que tivera ali. Prometeu a si mesma que só retornaria para aquela casa quando estivesse com o troféu de campeã de Hoenn em mãos.
                    Desceu as escadas pronta para partir. Seu pai já esperava-a na porta com Skitty ao seu lado. Ela retornou a pokémon para sua Premier Ball e virou-se para o pai, dando o abraço mais forte que podia dar. Ele retribuiu o abraço também apertando-a com força.
                    - Vá com Arceus minha pequena. Que ele sempre guie seus passos e ajude-a a conquistar seus sonhos. Não se esqueça que onde quer que você esteja, eu sempre estarei aqui torcendo por ti. Amo você!– Aquilo deixou-a de olhos marejados.
                    - Eu amo você também pai. Prometo que quando voltar para casa já serei a campeã de Hoenn – Foi o que pôde dizer.
                    - Será sim, com certeza. Eu acredito em você!
                    Sorrindo, ela separou-se do homem e andou em direção à bicicleta já escorada no portão. Parecia um daqueles modelos antigos, mas ainda assim era bonita, pintada da cor branco com uma delicada cesta em sua frente. Vagarosamente, a garota abriu o portão e montou na bicicleta. Deu um pequeno aceno para o pai e para George que ainda observavam-na da porta e começou a pedalar.



                    Passou pela frente da casa dando uma última olhada para o lugar e em seguida voltou sua atenção para a rota que seguia rumo a Littleroot. Não era um caminho longo e provavelmente estaria lá antes da metade do dia pedalando em um ritmo calmo. A brisa tocava em seu rosto trazendo um cheiro de mundo novo. Iniciava-se o primeiro dia de sua jornada e ela, agora com dois objetivos em mente, seguia confiante. Estava na hora de mudar o mundo.




    { 14 comentários... read them below or Comment }

    1. Eae Carol! Tudo bem?Cá estou eu novamente para comentar em mais um capítulo.

      -EXTRA!EXTRA! May samba na cara de Gabriel com seu Windows 8 enquanto ele tem que se contentar com um XP.
      Tudo bem, parei.Essa May é ultra sortuda e não sabe disso, enquanto o pai dela cozinha banquetes eu tenho que preparar todas as refeições do meu enquanto ele assiste confortavelmente telejornais.

      Garota, você já tomou consciência da bomba que você está carregando? Essa história da Dayane pode render conteúdo pra duas fanfics. Melhor jogada sua até agora, ponto pra você! Se você trabalhar-la bem, como eu sei que vai, nem consigo imaginar a dimensão que isso tudo poderá se tornar.

      Eu quase estava me esquecendo... Skitty! Um dos melhores pokémons da região de Hooen, tão fofinho, mas que podem se tornar muito poderosos.Acredita que sempre que eu jogava o Ruby eu era obrigado a capturar um Skitty mesmo que eu nem o usasse? Quero ver essa pequena brilhando muito daqui para frente.

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      1. HAHA! Eu e a May sambamos na sua cara porque eu também tenho Windows 8 kkkkk (Parei também)
        Queria que meu pai também tivesse esses talentos culinários, minha mãe tem. Mas que droga, não ia adiantar nada, não estou morando com eles... Ê vida sofrida. Só me resta o miojo mesmo T.T.
        Essa história da Dayane ainda vai render bastante. Graças a ela muita coisa ainda irá acontecer. Ela não será uma personagem presente na história no início mas terá influência dela em praticamente toda a fanfiction. Com certeza ela será muito mais do que os leitores pensam.
        kkkkk Skittys, de onde eles vem? Como são tão fofos? Como conseguir um no mundo real? Seus ataques são chuva de sorriso e jato de arco-iris? Eles vão ao banheiro? Veja hoje no Globo repórter kkk Nossa pequena Skitty com certeza irá brilhar, por as garrinhas de gata para fora.
        Abraços Gabs!

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    2. Já não bastasse você fazer uma protagonista RICA, você ainda me dá UM MEW de Pokémon inicial! Eu sei seus truques, Carol! Eu não serei enganado tão fácil!

      Mas que história é essa de que A MÃE DELA TÁ PRESA???? Véi, tava tudo indo tão bem (exceto pelo Mew), ela ia viajar tranquilamente, só de boa, focando em ser uma treinadora Pokémon como todo mundo na idade dela E ELA DESCOBRE QUE A MÃE TÁ VIVA E PRESA? Véi, como assim? Eu to completamente em choque!

      E COMO ASSIM ELA FAZ TODA POSE E NÃO CONFRONTA O PAI? Essa garota tem problemas seríssimos pra decidir o que ela quer fazer da vida.

      Excelente capítulo, como sempre! Amei demais! ♥

      See ya!

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      1. Que Mew o queee, eu quero é fazer a May sofreeeer pq rico não pode ser rico e feliz ao mesmo tempo. Já que eles vão estar em Paris ao menos que chorem lá.
        É a vida, as vezes nossas mamães estão mortas e as vezes presas. E eu falei que a May ia sofreeeeeer.
        Ela não confrontou o pai pq ele n ia deixar ela sair de casa se ficasse sabendo que ela sabia da mãe. Como eu sei que não ia? Eu sou a autoraa, eu sei de tudooo.

        Ficou mto feliz que tenha gostado, esse é um dos capítulos que mais gosto também ❤. Espero te ver nos próximos.

        Beijinhos!

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    3. Alou alou, aqui estou novamente!

      Eu sei que foram apenas dois capítulos que eu li até agora, mas já considero pacas a NPH! Sua escrita faz o tempo passar tão rápido que eu não sei se fico feliz por ler algo tão bom ou triste por não durar mais um pouco kkkkkkkkkk

      Tivemos aqui uma reviravolta impactante. Digo, já no segundo capítulo você muda tão radicalmente o curso da história, e a May que antes tinha apenas o objetivo padrão de ser uma treinadora de sucesso agora passa a ter um objetivo muito mais único em sua jornada. Eu li nas notas do capítulo que você estava um pouco receosa de fazer uma virada tão radical no rumo da história tão cedo, mas eu acho que foi uma decisão acertada, muito por causa do fator inesperado. Ninguém imaginaria algo assim logo no início, e talvez por isso esse plot tenha se encaixado tão bem. Até porque a qualidade da sua escrita não deixou que essa mudança repentina de atmosfera ficasse parecendo algo forçado. Pelo contrário, ficou no ponto.

      Eu não acho que a mãe da May é uma criminosa. Não sei por qual razão, mas ficou essa impressão na minha mente. Acredito que a prisão dela tenha se dado por algum motivo obscuro que a gente deverá descobrir futuramente. Ou isso, ou ela realmente é uma criminosa perigosa a ponto de não hesitar em tentar matar a própria filha quando elas se encontrarem. Mas eu ainda fico com a primeira hipótese. Vamos ver lá na frente se eu vou ter acertado.

      E sobre o Pokémon inicial da May... Overdose de fofura. Apenas. E Normal-type, ainda por cima! Meu tipo favorito! 10/10, confia que ela vai quebrar a cara de todo mundo ainda. Anota aí. O sucesso já é garantido!

      Acho que é isso o que eu tenho a dizer por esse capítulo. Mas tá muito bom esse começo. Mal posso esperar pra jornada começar definitivamente.

      Até lá! õ/

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      1. Oii Shadow! Tudo tranquilo?
        Eu fiquei muito indecisa em como escrever esse capítulo dessa forma, cara. Só que por fim decidi fazê-lo para deixar a May uma personagem única, carregando consigo um segredo forte e um objetivo que guiará muito o rumo de sua jornada no futuro. Acaba que tudo não se tratará de apenas uma jornada, como uma longa busca de autoconhecimento, confiança e quebra de laços, além da busca por sua própria origem. Acabou que esse se tornou o meu capítulo preferido por muito tempo, perdendo apenas para o capítulo da batalha de ginásio que acredito ter sido o meu melhor até agora. Fico muito feliz que agradado aos leitores.
        Sobre a mãe da May, não posso revelar nada ainda. Será que ela não é uma criminosa de vdd? O que será que fez para ser presa? Só de digo que nada é 100% certo nessa fic e que ninguém nunca estará totalmente certo ou totalmente errado.
        Pokémons Normal-type são os melhores de todos, eles pisam em todos os outros tipos com maestria. Ninguém nunca lembra da coitada da Skitty nem lhe dá valor, mas eu vou mostrar pra todo mundo o quanto estão errados 9ou não).

        Obrigada pelo comentário, Shadow! Espero que continue acompanhando e curtindo a história! Abraços!

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    4. To aparecendo aqui vindo do Spirit, que foi lá que encontrei sua história e comentei no primeiro capítulo. Primeiramente, eu fiquei em choque ao ver uma narrativa de tanta qualidade sem nenhum tipo de comentário/feedback, mas pelo o menos o seu público só está concentrado aqui, então menos mal!

      Eu já falei bastante pelo Spirit, mas tenho que repetir que adorei sua narração. Ela é calma e tranquila, sem pressa pra avançar a história, deixando os personagens respirarem, o que é sensacional. Os diálogos são excelentes, realistas, podemos ver os personagens como pessoas, e não caricaturas.

      Adorei a reviravolta de colocar uma dose maior de drama na história, ter a mãe como foragida (talvez relacionada a uma das equipes terroristas da região?) já promete uma boa dose emoções pro futuro.

      Achei a escolha de pokémon inicial super diferente, sempre legal fugir do clássico trecko/mudkip/torchic.

      Vou definitivamente continuar acompanhando (Provavelmente por aqui que tem mais capítulos), então deve mostrar as caras nos próximos em breve. Hoenn é minha região preferida, e sempre gosto de ver uma boa reimaginação do continente. Parabéns pela história!

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      1. Oi Exndar! Vi hoje somente hoje seus comentários no spirit e aqui e confesso que realmente não esperava por eles. É sempre ótimo ver comentários novos em capítulos antigos, ainda mais vindo de leitores novos.
        Espero que continue a acompanhar e goste do que lê, muita coisa vai acontecer nesses capítulos já publicados e muitas outras mais ainda estão em minha mente.
        Sobre a mãe da May, ainda não vou falar nada. Ela será um mistério para todo mundo aqui até que o futuro traga mais informações sobre rs, mas já te dando uma espécie de mini-spoiler, já existe um especial sobre ela na lista de capítulos, conforme você for lendo irá encontrá-lo.
        Enfim, realmente a fanfic foi criada para ser postada nesse blog e até recomento que você continue acompanhando por aqui, afinal, tem muita coisa legal já publicada e outras que ainda vão ser. Basta você dar uma navegada pelo blog que irá ver.
        Muito obrigada por comentar e seja bem-vindo a Hoenn!

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    5. EU NÃO SEI SE FICO APAIXONADA PELA SKITTY OU CHOCADA PELA REVELAÇÃO DA MÃE DA MAY

      Yooo Carol. Tudo bem? <3
      Cara, eu amo o James, parte dele me faz lembrar o jeito do meu pai. E esse cara merece ser protegido COM TODAS AS MINHAS FORÇAS.
      UMA SKITTY MANO
      ELA MIA, ELA BAGUNÇA, ELA BRINCA, ELA COME PRA CARAMBA. ITI MALIA EU QUELO POI ELA NUM POTINHO E GUAIDAR PRO RESTO DA VIDA <3

      É muito bom ver esses preparativos pré-jornada. Não é simplesmente como no jogo que te jogam no mundo e você não tem apego a sua própria casa ou seus pais ahusahushuas
      Mas estou super curiosa para saber que tipo de crimes a senhora mãe da May cometeu. Acho que vai dar um casos de família maneiro haushuashu

      Estou ansiosa para acompanhar os primeiros passos da jornada da May.

      Até a próxima <3

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      1. FICA APAIXONADA PELA MÃE DA SKITTY E CHOCADA PELA REVELAÇÃO DA MAY qqqqqq

        Oi, Xuxu! O James é muito neném. Pais que cumprem seus papeis de pais e não apenas de procriadores são tudo, ainda mais este que vez papel de pai e mãe.
        Essa Skitty é uma delicinha, toda cheia de personalidade. que bom que você gostou dela como inicial, fiquei com muitas dúvidas se o pessoal ia gostar ou não. Ainda bem que a resposta foi positiva.
        Sempre achei que começos de fics deveriam ser escritos com calma para aproveitar esse clima bom de despedida. Sobre a mãe da nossa menininha, ainda não vou poder falar nada, mas obviamente VAI TER BARRACO SIM pq sem barraco eu não vivo.
        Até o próximo capítulo, Star-chan. Muito obrigada pelo comentário.

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    6. MDS CAROL A MÃE DA MAY É UMA CRIMINOSA, REVELAÇÕES TÃO CEDO EU JÁ SABIA DISSO MAS A INFORMAÇÃO FOI TÃO INESPERADA

      Hey Carol, tudo certinho?

      Bom, eu acertei que era um skitty :v, achei tão fofinha a interação delas, mal se conhecem e a Skitty já tá apoiando a May chorando sem nem saber pq ela tá triste.

      E o pai dela encheu a cara que capotou, acredito eu que pela notícia no jornal, o que me leva a acreditar que deve ter rolado alguma treta com a mãe da May pra ele se importar tanto com a fuga dela, ou com a revelação dela estar viva, mas acho que ele já sabia e só não quis contar pra May mesmo.

      E A MÃE DA MAY É LINDA, CTZ QUE ELA É UMA CIENTISTA QUE VIAJA NO TEMPO HAUAHAUAHAUAHAU

      No mais é isto, AMEI A SKITTY ELA É MT FOFINHA PROTEGE ELA DO MUNDO

      See Ya

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      1. Aquelas que gosta de jogar uma NA CADA do leitor pra ele ficar IMPACTADO. Okay que não foi tão impactante assim, mas vamos fingir que foi.

        A Skitty é a melhor pokémon da fanfic (depois de George) e tenho provas desse fato. É uma delicinha escrever sobre a relação dela com a May.
        Quem sabe porque ele encheu a cara ne? Será que ele sabia? De qualquer forma, ter uma pessoa que você ama presa deve causar um impacto muito grande para a cabeça de qualquer um.
        A MÃE DA MAY É O CELEBY, CONFIRMADO e A SKITTY SEMPRE SERÁ PROTEGIDA POR MIM PQ AMO ELA.
        Abraços, Grovy! Até o próximo cap.

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    7. Oi Carol!! Mais uma vez eu aqui nestas terras de Hoenn
      May é afrontosa ela, já não basta ser toda rica, ela ainda tem um PC com Windows 8, os Leucros com notebook com Windows XP que lutem!
      Enfim eu amei este capítulo e amei a relação que May e Skitty estão construindo aos poucos e como elas já se dão bem logo assim no início e nossa que bomba que você já joga mostrando que a May tem uma mãe criminosa e que houve fuga da prisão, ai meu pai, o que vai desenrolar disso daí? Eu só quero ver o que vai acontecer
      Beijos, Carol, e até o próximo capítulo

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      1. Oi Leucroo! Detalhe que no ano referido ainda era 2014 então eu havia acabado de postar o cap e eu estava sendo muito humilhada até por ela.
        É ótimo escreve a relação da May e da Skitty pq ela é uma gatinha e gatinhos são fofos. Já soltando uma revelação bomba pra vcs acostumarem o pensamento de que essa história não será brincadeira rs.
        Obrigada pelo comentário, Leucro! Até o próxmi capítulo!

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