• sexta-feira, 8 de maio de 2020


                 “Era uma vez um garoto, jovem demais para ser um adulto, velho demais para ser criança. Ele vivia com seu pai em uma pequena ilha tropical ao sul de um continente, a qual amava além de qualquer coisa na terra, com exceção de seu pai. O pai era um lutador famoso, o garoto queria ser como ele. Na escola, o chamavam de problemático e arruaceiro, mas a verdade é que encontrava felicidade somente sobre um tatame ou sobre uma prancha deslizando em meio às ondas agitadas do oceano.


                 “Vamos lá, Brawly... Deixe-me ver do que você é feito” Dizia o mais velho, seus cabelos tinham a mesma tonalidade cinzenta do que o de seu filho.
                 E o garoto socava sacos de areia, levantava pesos e treinava golpes. No fim do dia, o pai pegava o garoto no ombro e juntos iam ver a batalha da mestre de todos, a ex-elite, a bondosa. O pai assistia atentamente a luta enquanto Brawly, desinteressado, corria pelos destroços do ginásio parcialmente destruído e sempre acabava brigando com a garota, pois a única coisa que ela queria era respeito ao santuário da avó. O garoto não compreendia, porque por duas criaturas para lutar era tão impressionante? Onde estava o ganho dele em toda essa história? Como ele cresceria?
                 O pai não se importava com o desinteresse do garoto e sempre dizia rindo: “Seja quem você quiser no futuro. Treinador, surfista ou lutador, eu sempre estarei com você”. Mas um dia, de repente, o pai não estava mais lá. E o garoto, velho demais para ser criança, jovem demais para ser adulto, estava sozinho. E onde quer que ele estivesse, procurava as palavras do pai, mas os outros não o enxergavam, ou se o enxergavam, viam apenas o que elas queriam, problemas demais. Então o garoto se tornou esses problemas, pois assim seria visto por todos.
                 Outros se juntaram ao garoto, alguns queriam fazê-lo como eles, outros queriam ser como ele, mas depois de um tempo ele não sabia mais quem era. Primeiro corpo, depois a mente. O levaram para longe, para um lugar que não conhecia e lá permaneceu até um dia encontrar a si mesmo, sujo, trêmulo, em delírio, suando, a espera da morte.”

                 Brawly pouco dormira naquela noite, as lembranças vívidas de seu passado tiraram-lhe o sono. Sentado no parapeito da larga janela de madeira de seu quarto, o líder observava as estrelas desaparecerem uma a uma à medida que tons mais claros gradualmente iam tingindo o céu.  Imaginava se seu pai estaria o observando dali, ou quem sabe Linda, eles eram especiais o suficiente para virarem estrelas.
                 – Brawly... – murmurou uma voz sonolenta – Aconteceu alguma coisa?
                 O líder levantou-se e foi até a mulher enrolada entre cobertas na cama de casal. O quarto pequeno e escuro começava a clarear à medida que o dia avançava permitindo-o ver a bela silhueta do corpo da esposa e o contraste que os cabelos azulados faziam com o lençol branco. Apesar do sono, os olhos cinzentos o fitavam com preocupação.
                 – Não aconteceu nada, meu amor – respondeu dando um terno beijo na testa da mulher – Apenas perdi o sono.
                 – A batalha contra essa garota te deixou ansioso... – era mais uma constatação do que uma pergunta.
                 Brawly deu de ombros e sentou-se na cama, pegou suavemente uma mecha dos cabelos de Reina com seus e brincou com ela.
                 – Não só ela, na verdade... Acho que o trio de adolescentes me deixou bastante confuso, principalmente o garoto, o Brendan... Não sei, acho que ele me lembrou a mim mesmo quando era mais jovem, embora não acho que vá ser tão idiota quanto...
                 Foi a vez da mulher se sentar na cama com olhar de reprovação.
                 – Não seja cruel consigo mesmo, você era apenas uma criança perdida que acreditava estar sozinha no mundo... Além disso, todos cometemos erros e você, mais do que ninguém, assumiu e se redimiu por eles.
                 O líder deu um pequeno sorriso.
                 – Você mesma me chamava o tempo todo de idiota.
                 – Porque você era um idiota, mas foi esse mesmo idiota que fez eu me apaixonar por ele.
                 Ela levou a mão ao rosto do rapaz e o trouxe até o seu, dando um beijo apaixonado. Em alguns meses fariam dois anos de casados e a cada dia que passava Brawly se via cada vez mais apaixonado pela garota que era sua maior inimiga na infância. Ela tocou-lhe os ombros e sua mão desceu-lhe pelo braço, ele estremeceu quando sentiu a tocar nas pequenas e ásperas cicatrizes que há quase dez anos haviam sido penetradas por seringas mal higienizadas.
                 Reina interrompeu o beijo sem desgrudar a testa da dele. Seus olhos eram tão intensos que eram capazes de intimidar qualquer um que os olhasse por muito tempo, mas naquele momento estavam repletos de ternura, nenhum resquício de repulsa ou julgamento. Se havia algo na vida deu que podia se orgulhar, ela ter sido merecedor de ter para si o amor daquela mulher.
    ***
                 A hora da batalha se aproximava. O moreno estava sentado em pequeno cubículo do orfanato que ele designara para servir-lhe de escritório, mas esse era tão quente e mal ventilado que em poucos minutos o suor começava a escorrer por sua cabeça e molhar-lhe as costas. Mexer com papéis o irritava, ele odiava qualquer tipo de burocracia e por isso era Reina quem ficava responsável por administrar a verba que era dirigida para o lugar. Contudo, algumas vezes, era necessário que ele lesse e avaliasse determinados documentos, principalmente os que se referiam ao ginásio.
                 Há três anos havia conseguido, após dois anos de persistência, a reabertura do ginásio de Dewford. Por alguns anos o continente de Hoenn havia possuído apenas sete ginásios ativos, o que era do agrado da Associação de Batalhas da região. Para eles, não havia necessidade de que a pequena ilha de Dewford possuísse um ginásio oficial, porém, pela insistência da nova geração, este acabou por finalmente ser aprovado. No entanto, era ainda visível o desejo do governo de fechá-lor com a verba visivelmente reduzida que ele recebia com relação aos demais líderes.
                 Seus olhos desviaram-se dos papéis para o único adereço que adornava o local. Em cima da escrivaninha havia um porta retrato o qual pegou e o observou mais uma vez. Na foto havia dois jovens adultos ao lado de uma senhora baixinha de pele pálida e cabelos negros que já havia chegado aos seus setenta anos, ela sorria enquanto segurava pelos braços um Brawly de cabelos curtos e magricela e uma Reina de corpo bem menos desenvolvido, ambos com sorrisos constrangidos.
                 – Não se preocupe, sensei. – falou com voz saudosa – Enquanto eu for vivo, garantirei que o ginásio e esse orfanato estejam abertos. E assim como você me salvou de um destino trágico, salvarei sua memória e seu legado do esquecimento.
                 Ele sabia que suas palavras eram proferidas para ninguém, pois suas únicas companhias eram os móveis e as paredes escuras, mas mesmo assim a necessidade de dizê-las sobrepunha qualquer impulso de autocensura, como um mantra para si mesmo. Onde quer que Linda Lewis estivesse, esperava que a mulher sentisse orgulho da pessoa que ele havia se tornado.
                 Observando seu relógio de pulso, o rapaz constatou que a hora da batalha havia chegado e se levantou para ir até a arena. Não podia deixar de conter a animação que havia em seu interior por finalmente estar de volta ao ar livre. Havia se passado quatro dias desde sua batalha contra a treinadora, sabia que ela estivera treinando na ilha com seus amigos, desafiando os poucos treinadores e lutando contra pokémons selvagens. Ele admirava o esforço e o trabalho duro, por isso a batalha contra May o deixava animado. Não sabia se ela teria requisitos o suficiente para receber a insígnia, mas saber que a treinadora se dedicara e se esforçara muito para ser digna de merecê-la contava pontos a seu favor.
    Ele caminhou lentamente pelo casarão em direção à arena onde seria realizada a batalha. Há cerca de vinte anos o antigo e consagrado edifício onde se localizava o ginásio administrado por sua antiga mesma há dezenas de anos havia se reduzido a um amontoado de concreto coberto de hera. Restaurá-lo seria uma tarefa que demandaria tempo e dinheiro, principalmente o segundo, que era algo que o líder não tinha. A solução fora tornar daquele local seu ginásio, legalmente era possível, o lugar possuía uma estrutura administrativa e espaço para batalhas, mesmo que socialmente não fosse o mais agradável, ele se sentia satisfeito.
    A arena escolhida era um local simples, apenas um chão de terra demarcado por linhas brancas e sombreado por grandes árvores. Ele sabia estar adiantado, mas já havia alguém no local, um belo rapaz de cabelos cinzentos, aquele que consideravam responsável por ser um precursor da nova geração, responsável por trazer novos membros para a maioria dos ginásios de Hoenn e a fixagem de tipo para estes. Eles já se conheciam antes deste se sagrar campeão da Elite 4, mas a relação de amizade de ambos apenas se fortaleceu quando Steven se posicionou em favor do líder quanto à reabertura do ginásio.
    – Steven? A que devo a honra dessa visita? – disse o líder estendendo a mão para o amigo.
    – Nenhum motivo em especial – ele desviou o olhar – Na verdade, vim assistir ao desafio de uma treinadora.
    Brawly ergueu uma sobrancelha e encarou Steven com um olhar de curiosidade.
    – Por que o interesse nela em especial?
    – Acho que posso dizer que é uma amiga – o jovem de cabelos cinzentos deu de ombros – O que achou da batalha contra ela?
    – Nada em especial, a princípio um pouco insegura – levou a mão para trás da cabeça – Mas ela é determinada e espirituosa, isso é bom.
    Steven assentiu com a cabeça e olhou para a direção oposta a do líder. Não demorou muito até que um grupo fosse avistado perpassando a estrada por entre as árvores. Reina acompanhava o trio de adolescentes e vinha conversando animada com Juliana enquanto May sorria fingindo prestar atenção, mas mantinha o olhar distante. O garoto de nome Brendan era o que vinha mais atrás, trazia a mão nos bolsos da calça e trazia uma expressão mal-humorada na face, claramente desconfortável por estar ali.
    Poucos segundos depois os olhos azuis da desafiante recaíram sobre a dupla e imediatamente sua fisionomia mudou, seu caminhar se tornou mais duro e as mãos se fecharam em um forte aperto. Os lábios se fecharam em uma linha estreita e de algum modo, seus olhos assumiram uma tonalidade mais escura. Brawly percebeu imediatamente que ela estava nervosa, porém, diferente de alguns dias atrás havia mais firmeza e segurança em sua expressão corporal.
    – Seja-vinda de volta ao ginásio, May – saudou o líder estendendo a mão para a garota.
    – Steven! Que surpresa te ver por aqui – Reina cumprimentou o Elite 4 com surpresa – Algum problema?
    – Na verdade, não. Apenas vim assistir a batalha de ginásio da minha amiga – ele respondeu olhando para a garota mais nova cujo rosto imediatamente assumiu tons rubros.
    – Caramba, May! Finalmente temos a chance de conhecer seu amigo famoso que lhe deu o Beldum – adiantou-se Juliana, estendendo a mão para Steven – É um prazer conhecer o senhor! Eu sou uma grande fã sua, acompanhei todas as batalhas com meu amigo Alex, ele... – ela se interrompeu abruptamente – Bem, não é importante.
    – O prazer é todo meu, senhorita. Ainda mais por saber ter minha história sendo admirada por uma moça tão bonita – beijou a mão da garota, fazendo-a corar também.
    – Ah, okay. Agora explicar como é que eu e meu espírito de fangirl vamos lavar a mão novamente vai ser difícil – disse rindo quando enquanto recolhia o membro solto pelo rapaz e fazendo-o rir também.
    Brawly não deu atenção aos dois e voltou sua atenção para a adolescente em sua frente que ainda o observava, mas não soube interpretar o que se passava em seu rosto.
    – Pronta para a batalha, May? – perguntou, ela respirou profundamente antes de assentir com a cabeça.
    Ambos se afastaram para seus respectivos lugares no campo de batalha enquanto os demais se posicionaram no entorno deste, um pouco afastados para que não fossem atingidos pelos golpes dos pokémons. Reina foi a única que se manteve mais próxima, carregava um apito em seu peito pois seria a juíza da disputa. 
    – A batalha entre Brawly, líder do ginásio de Dewford e May Hughes Primrose, da cidade de Littleroot pela Knuckle Badge está para se iniciar. Cada um poderá usar três pokémons, sendo que apenas a desafiante poderá fazer substituições.  Treinadores, por favor, saquem suas pokebolas.
    Ambos treinadores fizeram o que lhes foi pedido. Brawly deu um pequeno sorriso, a garota deveria estar esperando pela Makuhita. O que faria quando se deparasse com um pokémon diferente? Um apito soou anunciando o início da batalha e Brawly liberou seu Pokémon. Uma criatura humanoide de cor azul e branca se materializou no campo, possuía a cabeça em formato de cebola e seus olhos eram grandes e expressivos. Ele viu a treinadora pegar sua pokédex enquanto o pokémon mariposa que ele já conhecia havia ganhado os céus.

    “Meditite, o Pokémon da meditação. Esse Pokémon sempre realiza rigoroso treinamento mental nas montanhas, aumentando assim sua energia interior. Quando medita durante muito tempo, esse Pokémon consegue levitar através de seu poder espiritual.”
    – Comece com Hidden Power, Meditite – Brawly não iria perder tempo, precisava avaliar o quanto a treinadora havia se preparado e sua sincronia com seu pokémon.
    O humanoide teve seu corpo colorido por um brilho azulado e esferas de energia surgiram ao seu redor e foram lançadas rumo à mariposa. May porém, estava esperando pelo movimento rápido do líder.
    – Desvie e suba, Dustox! – o inseto fez o que foi mandado, desviando com elegância das esferas e voou para cima. O que ela estava pensando? Ficar além dos limites do campo não era permitido em batalhas oficiais, mas a garota com certeza deveria saber disso – Agora derrube-o.
     – Detect! – seu pokémon fechou os olhos e rolou rapidamente para a direita, poucos segundos antes do local ser  atingido por uma poderosa rajada de vento. Teria ela ensinado a seus pokémons a reagirem às suas falas para dificultar a reação dele? Esperta – Agora use o Confusion!
                 Meditite olhou para cima, mas rapidamente baixou a cabeça com as mãos sobre os olho e Brawly imediatamente entendeu a motivação do primeiro comando ordenado pela garota. Apesar de estar no campo de alcance dos movimentos do lutador, a mariposa se posicionava contra o sol para impedir que ele e seu pokémon o localizassem. Uma estratégia baseada na sorte, estavam em uma ilha, simplesmente poderia estar chovendo, mas não era habilidade do treinador saber lidar com as circunstâncias?
                 Antes do líder proferir seu próximo comando, uma grande quantidade de gosma de coloração arroxeada cobriu seu pokémon. A garota não havia dado um segundo comando, talvez este estivesse incluso no primeiro ou ela havia feito um comando visual que passara despercebido por ele. Meditite passava as mãos no corpo e rosto na tentativa tirar a substância venenosa de seu corpo, acabando por ser acertado por outro Gust dado pela mariposa. Brawly deu um sorriso torto, essa batalha estava se tornando mais emocionante do que ele imaginava.
                 – Concentre-se vá para cima dele – o pokémon imediatamente captou o recado e se sentou no chão em posição de meditação.
    Mais um Venoshock foi disparado no lutador, Brawly sabia que seu pokémon havia sido envenenado, por isso não poderia deixar a batalha se prolongar por muito mais tempo. Porém, este não foi necessário, pois logo o pequeno lutador parecia ter entrado em estado de meditação plena e de repente, o pequeno corpo azulado ganhou os céus. O líder se lembrou do quanto havia sido complicado para ele se conectar àquela espécie, ele sempre fora adepto aos treinamentos de força, mas nunca da meditação como uma forma de crescimento do poder espiritual, conseguir se ligar e entrar em sincronia com seu primeiro Meditite fora uma vitória pessoal.
    Ele viu a treinadora olhar espantada para seu pokémon, certamente ela não esperava por aquilo, mas rapidamente se recompôs e manteve seu foco. Agora ambos os pokémons estavam no mesmo nível.
    – Use o Confusion – comandou o líder, e mesma aura azulada que rodeava seu pokémon cobriu o corpo de Dustox, fazendo-o soltar um guincho de dor.
    – Não se desespere, Dustox. Use o sol – Usar o sol, o que ela queria dizer com aquilo?
    O líder pediu que seu pokémon  repetisse o Confusion, porém a cada vez que era usado, o golpe parecia fazer menos efeito. Dustox parecia brilhar como uma lua refletindo a luz solar. Brilhar como a lua?
    – Mude de movimento, Meditite. Vamos atacar com o Hidden Power – Brawly ordenou e rapidamente as esferas de energia rodearam o bípede.
    – Derrube-o direto no chão, Dustox – um novo comando entre frases, deveria ser um novo Gust, poderia ser efetivo, porém o lutador era rápido e não seria atingido tão fácil.
    Os Pokémons começaram a travar uma batalha no céu, tentando atingir um ao outro com seus golpes. A mariposa variava movimentos entre Gust e Venoshock, principalmente quando estava sobre seu adversário, enquanto o humanoide usava suas esferas que o líder sabia possuírem o tipo elétrico, que mesmo não sendo super efetivos no inseto, eram suficientes para provocar um dano considerável.
    Brawly notou o quão a mariposa da garota havia aumentado sua velocidade da última batalha. Provavelmente aquela estratégia havia sido pensada para Makuhita, mas fora adaptada de maneira inteligente ao adversário contra quem lutava. De repente, seu pokémon fez uma cara de dor e seus movimentos vacilaram por um instante, ele havia se esquecido do veneno. Dustox usou esse curto espaço de tempo para voar acima do humanoide e atingi-lo com o Gust, em seguida mergulhou para o chão em alta velocidade da direção deste.
    – Use o Detect! – mas o líder sabia que era inútil, usar aquele movimento necessitaria de concentração sendo que esta já estava sendo usada para manter a criatura no ar. Além disso, os efeitos do veneno já estavam visivelmente afetando os sentidos de seu pokémon.
    Meditite foi atingido pela investida da mariposa e lançado em direção ao solo causando um som de impacto seco. Ele retornou seu pokémon para a pokeball e sorriu para a garota ao ouvir o som do apito.
    – Meditite está fora de combate. O líder deve escolher um novo Pokémon.
    Uma nova pokéball foi lançada em campo e dessa vez, lá estava Makuhita dando pequenos pulos de um pé para outro como um pugilista antes de iniciar o round. O rosto de Dustox assumiu uma expressão irritada e imediatamente seu corpo começou a brilhar, já recuperando por si só parte da energia perdida na batalha anterior.
    – Rock Slide! – diferente da batalha anterior, o líder não deixou que a protagonista tomasse a dianteira, já dando comandos ao seu pokémon.
    – Desvie das pedras e suba, Dustox. Em seguida Gust!– A mariposa já conhecia os golpes do pokémon lutador e por isso sabia o que esperar. Quando as pedras vieram em sua direção, ele conseguiu desviar-se habilmente, no entanto, o mestre de seu adversário tinha estratégias adicionais.
    – Não o deixe subir, Makuhita. Traga-o a o chão. – A imensa quantidade de pedras levantadas no ar era atirada sobre a mariposa impedindo-a de voar com eficiência, pois se atingida por alguma delas, levaria um grande dano.
    Brawly olhou para a treinadora, queria saber qual postura a garota tomaria com seu pokémon impossibilitado de usar sua estratégia. Ela apertava as mãos com força e mordia o lábio, mesmo assim, seus olhos não pareciam estar inseguros.
    – Se ele não nos deixa subir, vamos usar o chão – os olhos do inseto brilharam e dele foi disparado um feixe de luz multicolorido que atingiu o lutador em cheio e lançou-o para trás.
    Aquele era um novo golpe, Dustox não sabia usá-lo na última batalha, o líder sentiu-se empolgado com o fato da garota ter ocultado a existência daquele movimento justamente para usá-lo contra ele.
    – Rock Slide mais uma vez! – ordenou. Parte das várias rochas que subiram dessa vez atingiram o inseto, derrubando-o.
    – Dustox – gritou a garota ao ver seu pokémon ser atingido, em seguida novamente se posicionou – Envenene-o!
    A mariposa tentou alçar voo novamente, era visível que estava exausta devido às duas batalhas. De sua boca emitiu novamente o Venoshock, sendo desviado com facilidade por seu adversário.
    – Não vai conseguir fazer isso novamente – provocou.
    – Mas eu já consegui – pela primeira vez a adolescente abriu um sorriso de confiança.
    Brawly arqueou uma sobrancelha sem entender, porém, quando olhou para o campo pode perceber o que seus olhos desatentos haviam deixado passar. O chão estava repleto de poças venenosas produzidas pelo inseto, ele não havia se questionado sobre o porquê do golpe da adversária ser sempre lançado para baixo.
    – Isso está ficando realmente interessante – riu Brawly enquanto sentia a emoção da batalha se aprofundava cada vez mais em seu ser – Vamos finalizar essa luta, Makuhita.
    – Psybeam, Dustox!
    O lutador mais uma vez usou seu Rock Slide enquanto o adversário lançava seu raio psíquico, os golpes passaram um pelo outro sem se tocar e atingiram seus respectivos alvos, levantando uma nuvem densa de poeira.  Quando esta se dissipou, Dustox estava caído no chão inconsciente, finalmente o cansaço da batalha havia vencido o Pokémon. Makuhita, por sua vez, ainda permanecia de pé, porém de cabeça levantada e membros colados ao corpo, respirava profundamente demonstrando que havia sentido o golpe, mas não ia deixar-se abater tão facilmente.
    – Dustox está fora de combate! A desafiante deve lançar seu próximo pokémon.
    Brawly observou a garota pegar sua segunda pokébola e olhar para a mesma durante alguns segundos. Em seguida, moveu os lábios em um sussurro inaudível, como se estivesse dizendo algo para a criatura em seu interior.
    – Eu conto com você, Theo!
    Uma Wailmer enorme se materializou no campo e ele não conseguiu conter a surpresa. Aqueles não eram pokémons comumente vistos entre os treinadores, aliás, sua frequência vinha sendo cada vez menor, pois só eram encontrados apenas em alto mar e nadando em grandes grupos juntamente com Wailords.


                 O ruído do apito fez-se audível, estava iniciado mais um round da batalha.
                 – Force Palm! – o comando foi dado com velocidade, ele ainda não sabia se Mahukita havia sido envenenada.
                 – Vamos diminuir o campo de visão dele, Theo!
                 A Wailmer não se moveu no campo, deixando-se ser atingida diretamente pelo lutador, porém uma densa neblina começava a cobrir o campo diminuindo a visibilidade de todos aqueles que assistiam à batalha, bem como dos pokémons. A garota, porém, parecia confiante, como se a falta de visibilidade não afetasse suas chances de vencer a batalha, aquela clara evolução fazia-o ter ainda mais desejo de ver até onde a treinadora poderia chegar.
                 – Não se deixe abater, Makutina. Você sabe onde ela está, continue golpeando-a.
                 Instantes depois, antes de obter qualquer resposta, todos presentes nas imediações sentiram o campo tremer, seguido imediatamente de um grito abafado produzido pelo lutador. O que estava acontecendo? Mais um tremor seguido pelo chiado de dor do pokémon. O líder sentiu seu corpo enrijecer-se, sentindo pela primeira vez a pressão de não saber com o que estava lidando. Acreditava ser um movimento de força, mas para atingir tamanha proporção, provavelmente ela estava usando de seu próprio peso. Body Slam? Não acreditava que o nível da Pokémon fosse tão alto. Heavy Slam?
                 Enquanto raciocinava, seu pokémon havia sido atingido mais duas vezes, provavelmente estava próximo de ficar fora de combate. Brawly pegou a pokeball e retornou-o, agradecendo pela batalha. A neblina se dispersou aos poucos revelando a pequena baleia que olhava-o com uma expressão desafiadora.
                 – O líder recolheu seu pokémon, dando a vitória para a desafiante. Ele deve lançar o próximo para que a batalha prossiga.
                 O moreno já estava com a mão sobre a terceira esfera de seu cinto, quando um novo pensamento surgiu-lhe, estaria May preparada para lidar com desafios maiores do que ela acreditava que podia superar? E com esse pensamento ele lançou seu último pokémon. Mais uma criatura humanoide entrou em campo, pele cinzenta, lábios cheios, quatro braços musculosos saindo da coluna torácica e, na cintura, um cinto de campeão anunciava sua excelência como lutador. Era um Machamp, um dos pokémons lutadores mais famosos e poderosos.

                 A garota deu passo para trás inconscientemente ao ver o pokémon, sua expressão deixava nítida a surpresa que era estar diante de uma criatura de tal nível. Era aquele o momento no qual ele queria chegar, a avaliação no qual a garota falhara anteriormente. O mar, assim como a vida, eram coisas extremamente incertas e mutáveis e às vezes não estávamos prontos para lidar com elas, no entanto, quando se surfava, lutava ou simplesmente vivia, era preciso ter uma reação. Não se acovardar ou desistir quando tudo parecia perdido, esse era o grande desafio do ginásio de Dewford.
                 Os treinadores ao redor dele também pareciam surpresos, com exceção de Reina que já estava acostumada à sua forma de avaliar os desafiantes. O próprio Steven havia feito uma cara perplexa, mas rapidamente disfarçou assumindo uma expressão de vago interesse. O único ser que estava animado pela batalha além dele e de Machamp, era Theo, a baleia parecia empolgada com a possibilidade de testar sua força contra um adversário realmente poderoso.
                 – Mist!
                 – Focus energy – comandou Brawly enquanto o campo mais uma vez era coberto pela neblina da baleia – Conto com você – seu pokémon assentiu instantes de ser encoberto pela neblina.
                 Aquele não era nem de longe seu Machamp mais forte, na verdade, havia acabado de evoluir e ainda se adaptava ao novo corpo, mas o fato de ter dominado com facilidade o Thunder Punch o fazia trazê-lo algumas vezes para lutar contra treinadores mais experientes desde que era apenas um Machop. O tremor seguido de um chiado e um gemido de Theo o fez concluir que o golpe havia sido aplicado com sucesso. A garota chamou por sua pokémon, sem saber ao certo o que havia acontecido, a cortina de névoa era uma vida de mão dupla, por mais que ela soubesse o que sua pokémon faria, não conseguia ver as respostas do adversário e consequentemente não poderia coordená-la a sair de situações complicadas.
                 – Afaste-se dele, Theo. Vamos atacar a distância agora – Pensamento rápido, constatou o rapaz. Ela provavelmente não sabia qual movimento havia sido usado, mas tinha noção de que a maioria dos golpes daquele tipo de Pokémon eram físicos.
                 Os ataques tornaram a ser trocados na arena oculta, de um lado, Theo lançava ataques desconhecidos rumo ao Machamp. Este, por sua vez, usava disso para tentar achar a localização de sua adversária. Líder e Pokémon não entendiam como uma criatura daquele tamanho podia se deslocar tão silenciosamente em um campo de terra. De fato, era um ser excepcional.
                 Vários minutos seguiram-se, porém a neblina se dissipava aos poucos, manter o controle dela aliado a outros golpes em uma batalha provavelmente gastava uma grande quantidade de energia. A cena revelada se consistia em ambos os Pokémons exaustos e com ferimentos de batalha. Machamp estava encharcado, naquele estado era provável que a eletricidade que era produzida por seus punhos estivesse afetando ao próprio pokémon.  O líder observou a baleia virar-se para sua treinadora e dizer-lhe algo na linguagem de sua espécie, além da compreensão dele, mas que de algum modo parecia claro para a menina que concordou com a cabeça.
    Independente de qual fosse o significado, o lutador e seu mestre não iam esperar para saber. Ambos os punhos inferiores do pokémon brilharam e emitiram faíscas e ele correu para atingir sua adversária. Theo abriu a boca, porém não em direção àquele que vinha ao seu encontro e sim para cima, liberando uma quantidade monstruosa de água que deixou todo o campo encharcado, e concluindo o movimento de nome Soak. Receber o impacto do ataque de Machamp contudo, foi inevitável, a potente descarga elétrica percorreu o corpo da criatura finalmente deixando-a impossibilitada de batalhar.
    Antes que o apito de Reina soasse porém, a treinadora já havia recolhido a Wailmer e lançado seu novo pokémon em campo. Mais uma vez a figura carismática e alegre da Skitty estava diante dele, os pelos arrepiados das costas e as presas à mostra eram sinais claros da nítida vontade de se provar em um ambiente onde ela claramente tinha a desvantagem. Reina apitou e uma fração de segundo depois a gata já disparara na direção do lutador.
    – Copycat! – o comando de May fora rápido, a ponta da cauda de sua pokémon brilhou devido á corrente elérica que agora a percorria. O Soak tornaria o golpe superefetivo, era uma boa ideia, mas seria fácil para Machamp desviar-se do mesmo.
    O pokémon saltou instintivamente sem sequer ser ordenado a fazê-lo, mas antes que tocasse o pé no chão o líder entendeu o movimento.
    – Cuidado, Machamp! – gritou, mas era tarde demais.
    O ataque da Wailmer não havia apenas feito o pokémon adquirir por alguns momentos o tipo água, também havia produzido no campo uma imensa quantidade de poças de água enormes. Quando em sua fuga Machamp pisara em uma destas, tudo que Skitty precisara fazer fora encostar a calda para que a descarga atingisse-o gerando um movimento superefetivo.
                 Com os músculos enrijecidos, o pokémon quase deixou-se desabar no chão, mantendo-se ajoelhado em apenas uma das pernas para recuperar-se do ataque recebido. A irritação já tomava seu corpo, se não bastasse ter de lidar com a impetuosidade da baleia, agora aquela que lhe desafiada era um mísero felino que não possuía sequer um quinto de seu tamanho.
                 – Não dê a ele tempo para se recuperar! Vamos com seu Water Pulse – mais um movimento novo, provavelmente aprendido por TM ou tutoria, ele imaginava se fora esse o movimento que a Wailmer usara contra seu pokémon por entre a neblina.
                 A velocidade com que o ataque se formara e a magnitude que assumira, no entanto, fora inesperada para ele e Machamp. Este foi lançado-o para trás com a força de mais um golpe inesperado. Acreditava naquele momento ter subestimado a força da pequena rival e de sua treinadora, um movimento que retiranha a umidade do ar e condensava-a era algo perfeito para ser usado naquelas condições.
              – Low Sweep, Machamp! – Apenas poucos movimentos efetivos do lutador seriam o suficiente para deixar a gata fora de combate. 
                 Uma rasteira rápida foi aplicada e a gata foi lançada a alguns metros para o lado esquerdo do campo de batalha. Machamp sorriu vitorioso enquanto observava a gata no chão, porém esse sorriso logo sumiu ao vê-la levantar devagar e com respiração ofegante devido à dor. 
                 Sem esperar um novo comando de sua treinadora, Skitty prontamente produziu outro Water pulse e liberou-o rumo à ao adversário. Desta vez, atento a o movimento conseguiu desviar-se facilmente.
                 – Disarming Voice - gritou May para a gata que já havia saltado a frente esperando mais um comando. Ondas de energia rosa  em forma de coração saíram da boca da gata quando tocaram Machamp, o fizeram abaixar a guarda e olhar para ela com expressão de dor. 
                 – Reaja, Champ, vamos acabar com ela agora com o Thunder Punch! - o humanoide balançou a cabeça de um lado para o outro e tentou atacar a gata com seus punhos eletrificados. 
                 – Use a evasiva, Skitty! 
                 A gata desviava dos golpes do pokémon com dificuldade enquanto Machamp parecia cada vez mais irritado. Machamp ainda não estava pronto para grandes lutas de ginásio, constatava o líder observando seu próprio pokémon, ele possuía dificuldades de manter o autocontrole em batalha, aspecto que ele presava como característica dos Pokémon de seu ginásio. 
                 – Mude para Low Sweep!
                 O movimento atingiu seu alvo, dessa vez o líder acreditava ter ganho a batalha. Skitty caiu deitada imóvel próxima à sua treinadora, superar um golpe superefetivo de um pokémon de nível bem maior do que o dela já havia sido um feito enorme, era uma boa Pokémon, pensava o líder. Machamp erguia os braços para cima em comemoração pela vitória ganha.
                 – Skitty está… - Reina começou, mas foi interrompida por um grito da treinadora. 
                 – Water Pulse seguido de Disarming Voice! - primeiro a esfera pulsante de água atingiu o lutador em cheio e depois as ondas de energia. Ele estava surpreso, a última coisa que esperava era que a criatura da desafiante ainda possuísse forças para dar mais um ataque. 
                 O lutador balançava de um lado para o outro levando as mãos à cabeça, algumas vezes até socando a si mesmo, esse era um dos efeitos colaterais do movimento de água, podendo causar confusão em quem o recebia. Aquele era o  fim da luta para seu Machamp que já estava cansado pela luta contra a Wailmer, mais um golpe de Skitty e May se sagraria vencedora do ginásio. 
                 – Skitty está fora de combate! O vencedor é Brawly e seu pokémon, Machamp!
                 Como? Sua atenção estava tão focada em seu próprio pokémon que se esquecera por alguns instantes de se concentrar no campo de batalha. A adversária de Machamp finalmente havia sucumbido ao cansaço e aos golpes levados e agora estava caída aos pés de sua treinadora que agora a acolhia carinhosamente em seus braços enquanto sussurrava palavras inaudíveis a ele. Um som de impacto seguiu-se, o pokémon do líder fora debilitado pela confusão.
                 Brawly retornou-o e agradeceu pela batalha enquanto caminhava rumo à desafiante. Ela olhava para a pokebola de Skitty, ele não sabia ler o que se passava em sua expressão, mas quando finalmente se postou em sua frente, ela abriu um sorriso. 
                 – Eu venci a tempestade - em seguida, colocou as mãos diante do corpo, a direita fechada e a esquerda aberta sobre esta, um cumprimento que indicava respeito nas artes marciais - Muito obrigada pela batalha, mestre Brawly, quando eu o desafiar novamente espero conseguir vencê-lo.
                 Ele inconscientemente abriu um sorriso e estendeu à garota um pequeno objeto azul e laranja em formato de canhão. 

                 – Parabéns, May. Você se provou merecedora de portar a Knuckle Badge por ter superado aos desafios do ginásio.
                 Ela o encarou com uma expressão confusa e ligeiramente incrédula. 
                 – Eu... não entendo. Acabei de perder a batalha.
                 Brawly sorriu. 
                 – Nem sempre ganhar ou perder uma batalha significa que o líder lhe qualificará como apta a portar uma insígnia. Elas não representam somente as vitórias de um treinador, representam seu crescimento e superação dos próprios limites, além de mostrar a busca por se qualificar e ter os requisitos fundamentais para um grande treinador - ele segurou a mão da garota com delicadeza e colocou o objeto em sua palma - Hoje você demonstrou esforço, equilíbrio emocional e além disso, a qualidade que mais prezo em um treinador, saber como reagir quando tudo parece perdido e a vida te coloca diante de um obstáculo insuperável. 
                 “Assim como um surfista que se depara com uma onda gigante ou uma tempestade, assim como nós quando perdemos pessoas importantes ou quando saímos de situações onde a fuga mais fácil é simplesmente desistir e partir. Eu espero que daqui pra frente mantenha seu espírito vivo para enfrentar todas as adversidades que estão por vir, pois sei que a força para isso você já possui.”
                 Ela alternou seu olhar entre ele e a insígnia em sua mão. 
    – Além disso, eu usei um pokémon de nível bem maior do que o que deveria para te avaliar. Então considere-se mais do que merecedora, afinal, mais alguns segundos e você derrotou meu Machamp. 
    Finalmente um sorriso se abriu no rosto da garota de Littleroot que pulou de lá para cá comemorando a conquista. Juliana correu até ela e a abraçou enquanto Brendan disse palavras de parabenização, porém carregava um sorriso no rosto. Reina o encarava com um olhar rígido, mas ele podia ver que os mesmos estavam marejados e repletos de orgulho, fazendo as bochechas dele corarem. Onde quer a avó dela e mestra dele estivessem, esperava esse mesmo sentimento fosse compartilhado por ela. 


    “Era uma vez um garoto, jovem demais para ser adulto, velho demais para ser criança, que estava a beira da morte, já havia desistido de si mesmo pois sequer se lembrava de quem era. Mas uma mulher o encontrou, ela o havia procurado por anos e agora estava ali, ela lhe devolvera seu nome e curara seu espírito. Linda Lewis, a ex-elite 4, a bondosa,grande mestre das artes marciais, como era conhecida pelo mundo.
    E o garoto a amou mais do que sua própria vida, pois essa lhe fora devolvida por ela. O garoto cresceu, treinou, aprendeu, e quando estava velho o suficiente para se tornar adulto, se apaixonou pela garota que sempre brava com ele quando eram apenas crianças e percebeu que ela também havia se apaixonado por ele. Aquele que por muito tempo vivera sem amor, agora estava cercado pelo amor das duas mulheres que nunca desistiram dele.

    Um belo dia ao pôr do sol, a mulher decidiu que já era momento de partir e o garoto,já homem feito, prometeu que daquele dia em diante, nunca deixaria que seus ensinamentos fossem esquecidos.”






    { 9 comentários... read them below or Comment }

    1. Pobre Machamp, sentindo a vergonha de ter sido usado para testar treinador de 1 insígnia, ele comete sepuku no fim da batalha...


      Olá Carol, tudo certo?
      Gostei muito deste capítulo em visão do líder, vou roubar a ideia para escrever no cap 100 contra o Roark!

      Forma de canhão =] melhor maneira de descrever essa moeda.

      -o\- fiz o cumprimento do líder usando caracteres, ficou horrível.

      Adorei a mini referência para o Alex, Ju mostrando suas raízes!!

      May com duas medalhas! 25% da jornada completa! Uhuuuuuu
      Bora para o próximo marco e até o próximo capítulo!

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      1. Machamp é a vergonha da profissão, ctz. Imagina ele encarando a Makuhita amanhã kkkk
        Cap 100... Cap 100... Cap 100 mds, a caça às insíginas realmente vai ocorrer atrás das insíginas do 100 ao 200 socorro.
        Eu transcendi nessa forma de canhão, foi brilhante.
        A história de amizade mais triste de toda Neo, espero que um dia esses dois possam se reconciliar.
        Uhuu! Cada dia avançando mais, logo estaremos no 50.
        Obrigada pelo comentário, Anan!

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    2. Oie Carol, tudo certinho? PARABAINS PELOS 25 CAPS, VAMOS COMEMORAR ESSA META, ENTÃO DOBRAREMOS A META

      MDS EU ADOREI ESSE CAP, admito que pelos jogos o Brawly nunca foi um dos meus gym leaders favoritos, não sou mt fã de mons lutadores, mas agora eu adoro ele por causa de você AAAAAAAAAAAAAAAA

      Tão fofinha a descrição do garoto jovem demais pra ser adulto e velho demais pra ser criança, meio relatable isso hauahaushaua, E ELE JUNTO DA REINA É UM AMOR, MT FOFOS.

      É bem interessante que a batalha seja vista pela visão do Brawly e você nem tenha mostrado o treino da May, ficou bem dinâmico e dá pra ver a evolução dela usando os comandos implícitos e estratégias bem elaboradas.

      Shino também provou ter evoluído consideravelmente, gosto de estratégias que usam envenenamento, algo que realmente me surpreendeu foi o estilo de batalha da Theo, ela usar Mist pra sumir no campo e pegar os oponentes de surpresa é mt daora, imagino isso quando ela evoluir e tiver batalhando no mar, UMA BALEIA GIGANTE SALTANDO DO MEIO DA NÉVOA E JORRANDO ÁGUA PRA TUDO QUANTO É LADO.

      E O CARA TROUXE UM FUCKING MACHAMP PRO CAMPO DE BATALHA, NÃO SABE BRINCAR NÃO DESCE PRO PLAY FERA, mas entendo o motivo dele ser recém-evoluído e talz, ainda assim menina May se saiu muitíssimo bem, usar Soak seguido de copycat foi mt inteligente da parte dela, sem contar que a Penélope tankou mt golpe.

      E no final mesmo perdendo ela ganhou, mó bonitinha a cena dela aceitando ter perdido e já querendo marcar outra batalha, ela realmente evoluiu bastante nesses poucos dias.

      No mais é isto, estou ansioso pra ver o que teremos pela frente agora que menina May conquistou sua mais nova insígnia.

      See Ya

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      1. AAAAAEEE confesso que nem eu dava muita importância para o Brawly nos jogos, afinal, colocaram o coitado em uma ilha isolada que você pode simplesmente pular e não mudar absolutamente nada no jogo e até chegar no final e perceber que faltava algo huehue.
        Eu achei que mostrar o treinamento da May a essa altura talvez fosse um pouco cansativo, sei lá, mais um capítulo focado nela pra descrever ela espancando os pobres Makuhitas na caverna talvez não fosse exatamente o que vocês quisessem e também eu queria dar um pouco mais de atenção ao Brawly já que a história dele tinha ficado um pouco superficial. É bom saber que o resultado agradou.
        Shino é uma das criaturinhas mais legais da equipe da May, ele é um pokémon bastante versátil e útil. Nunca fui muito de usar estratégias em jogos, mas estar escrevendo uma fic permite com que pensemos bem nisso e aproveitemos ao máximo as habilidades dos pokémon que temos em mãos. A THEO É MTO OP FODASE VO ESMAGAR ELES SIM.
        PO BRAWLY PRA QUE ISSO FERA. Mas se olharmos por outro lado, ele queria dar um desafio de verdade para a garota, ver o quanto ela havia crescido e como treinadora, isso também é papel de um líder de ginásio.
        Nossa menina May tá a cada dia só que cresce, agora as batalhas serão cada vez mais pesadas e emocionantes. Além disso, vocês verão que outros focos começarão a aparecer. Espero fazer com que vocês adorem esse arco de Slateport.
        Obrigada pelo comentário, Grovy! Até o próximo capítulo!

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    3. Olá Carol!

      Você sabe como eu sou. Sou um garoto que demora muuuito para comentar os capítulos alheios, leio, e quando vou para comentar acabo por me entreter com outras coisas esquecendo de comentar e eu sei que as vezes, pode até ser chato para os autores e por mais que não seja uma “obrigação” minha, eu sinto que deveria comentar muito mais os seus capítulos por mais pequenos que os comentário fossem e vou tentar fazer isso, por que, por mais que não diga com frequência, eu acho os seus capítulos fantásticos, principalmente neste último arco.

      Todo este arco, você melhorou bastante. Vi uma melhoria incrível em você como escritora, não só em questão de escrita, mas como em desenvolvimento de personagens e a construção dos mesmos, dando foco para personagens que eu jamais pensaria em dar ( O senhor do Peeko por exemplo quando sabemos sobre o seu passado e até mesmo o líder de ginásio Brawley ).

      Acho que isso só agrega a história e acaba por torna-la não só mais uma fanfication de Pokémon, onde personagens são rasos e servem apenas para fazer shipps etc, mas sim contar uma história sobre esses personagens que acabam por ganhar uma aprofundação sua e tornam-se praticamente originais.

      O arco todo foi excelente, May evoluiu muuito e se tornou uma protagonista ainda melhor sem contar que você me despertou mais curiosidade a Brendan e como ele também irá evoluir, Ju já teve o deu desenvolvimento, May teve agora ( o melhor até agora ) e agora gostaria de ver a respeito dele também, adoro o personagem e quero vê-lo brilhando também, o fato de Brawley ter citado uma semelhança com ele, foi o que me fez escrever agora um pouco sobre ele.

      Preciso nem falar da Ju né? Foi também uma ótima personagem neste arco, sendo que nos últimos serviu mais como apoio e mostrando ainda mais a sua personalidade “materna” (poderia dizer assim?) ao se preocupar com os seus amigos.

      Steven também só agregou. A adição dele foi muito bem escolhida e mostra que ele está realmente criado um elo com a May, sendo não só um amigo, mas um conselheiro e quase um “mestre” para a nossa Maysa servindo como um ouvinte.

      Outra coisa que notei foi adição de alguns pontos de Omega Ruby e Alpha Sapphire, estou adorando essa mescla de não ser uma fic que segue a risca os jogos originais ( Ruby, Sapphire e Emerald ), sempre foi daqueles que te dizia sempre pra jogar o jogos Remakes, mas era só uma brincadeira, sempre fui satisfeito com a história como é e gosto da maneira como ela está indo, se você não foi adicionar, fique sabendo que não pararei de ler por causa disso nem que ficarei desiludido ou coisa parecida, OK? <3 Comentei sobre este fato porque achei interessante a saber “debatido”.

      O Team da May também está ficando incrível e cada vez maior, só imagino quando todos estivarem em sua formas finais. Alias, todos estão fazendo um ótimo papel e com boas personalidades e Moveset.

      Para terminar, queria falar sobre a batalha, que foi muito empolgante e tri interessante, o fato do nosso Líder “Apelar” trazendo um pokémon de nível acima só mostra o quanto a May tem chances de se tornar uma incrível treinadora pokémon e se as batalhas já estão nesse nível no segundo ginásio, imagina no último! Vai ser incrível! Adorei o fato de ter terminado assim e foi algo bem coerente da sua parte.

      Enfim, acho que o comentário ficou um BOCADINHO grande demais, mas achei necessário, devo-lhe um comentário a décadas já que você sempre se mostrou presente na minha história e me deu apoio em tudo, sempre que via mais um capítulo seu e não podia comentar e deixava um pouco triste por parecer que não estou lendo ou coisa parecida. Fique sabendo que capítulos como este me inspiram muito a escrever mais!


      Um ótimo trabalho, Carolina!
      Até a próxima!
      Welfie

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      1. PS: Desculpa se tiver algum errinho ao longo do comentário KKKK

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      2. Oii Welfieee. Bem antes tarde do que nunca, você sabe que adoro receber seus comentários, mas mesmo sem, fico feliz por saber que você está lendo e gostando da história.
        Eu coloquei muito carinho para escrever esse arco, não que nos outros não tivesse colocado, mas nesse me esforcei para representar meus personagens da melhor forma possível. Espero continuar mantendo essa evolução nos próximos.
        Sempre achei que personagens não pode ser aleatórios, pelo menos não a maioria deles e gosto de dar profundidade porque as vezes vimos o que está apenas na superfície, sem nos importar muito com que eles são ou de onde vem. Quando olhava para o Briney, sempre vi um personagem muito interessante por isso achei que ele merecia ter seu destaque particular.
        Sendo um arco voltado para o ginásio, acho que o foco principal acabaria sendo dela, mas os outros tbm tiveram um pouco do seu momento. Acredite, ainda temos muito da Ju e do Brendan pra mostrar e ser desenvolvido, principalmente nesse último arco da temporada, tem muita coisa legal para acontecer nele. Ju rainha, ela é um amorzinho, sinto que tenho de dar mais espaço para ela, ainda bem que o próximo arco é a chance dela de brilhar, já que haverá o último contest da temporada.
        Steven é mto querido e amorzinho por mim, já que ele aparece no game, não podia deixar de aproveitar a chance de colocá-lo novamente e ainda, para a felicidade de todos que amam o Beldum, trouxe mais um poke para nossa equipe.
        A fic ainda é baseada nos jogos do Emerald, mas incorporar elementos dos remakes vem sido uma proposta interessante a seguir. Não vai ser tudo, nem extremamente fiel, mas estou conseguindo incorporar algumas coisas no roteiro e deixar ese universo ainda mais rico e complexo para vocês. Aguarde, vai ter bastante coisa pra você curtir.
        A ideia do Brawly "apelar" foi pensada e repensada, mas eu gostei de deixar dessa forma. Sempre fico imaginando que os líderes de ginásio estão lá para avaliar os treinadores em diversos aspectos, não só pelo nível de seus pokémons, mas por outras características que eles considerem importantes.
        Muito obrigada pelo comentário, Welfie. Nem ligo que ele tenha sido grande porque é ótimo receber comentários assim. Espero que continue a gostar do que estar por vir em Neo Hoenn, pois estou planejando tudo com o maior carinho possível para vocês!
        Abraços! Até a próxima!

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    4. Oiiii Carol

      É sempre bom ver os autores darem um passado interessante para os líderes.
      "Jovem demais pra ser adulto e velho de mais pra ser criança" Este sou no momento que escrevo este comentário.
      Você fez uma ótimo trabalho com o passado e construção do Brawly. Ficou muito bom, sério. Não sei se ele vai aparecer de novo ou ter importância ainda, mas vc fez questão de fazer algo pro líder, o que eu menos gostava de Hoenn, mas agora não sei bem.

      A batalha foi muito interessante também. Não lembro bem como você trabalha com níveis, mas pra mim ficou claro a força superior da Theo, batendo de frente com um Machamp. O resto do time vão ter que treinar pra chegar nessa força.

      Ótimo capítulo e até mais, Carol!

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    5. Yooo Carol

      Eu admito que aprendo demais com suas batalhas de ginásio, elas são criativas e realmente fazem jus aos golpes usados, você utiliza demais das propriedades deles e sabe aplicar para tornar a batalha viva. Eu lembro de sofrer muito com o Meditite e o Makuhita do Brawly e perder pelo menos uma vez pra ele em Hoenn, então entendo a frustração da menina May hausuashua

      Outro ponto muito bom foi esse ponto de visão do Brawly na batalha, é a primeira vez que vejo isso se me recordo bem, e isso trás tanta humanização pra um personagem que a gente geralmente só vê como um cara que tá esperando a gente pra brigar e nos dar um broche aleatório hasuahshuas
      Gostei principalmente dos trechinhos da história dele no começo e no final, toda essa parte filosófica que faz a gente querer abraçar o Brawly e não soltar mais haushahusauhs

      Parabéns pra fofa da May <3 E que venha o próximo ginásio <3

      see ya

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